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São Paulo

Lucros da ENEL são um assalto contra o povo paulistano

Na maior cidade do País e região metropolitana, foram registradas 339.993 quedas de energia não programadas durante o ano passado

A empresa privatizada de distribuição de energia ENEL já deixou quase 40 mil pessoas no escuro em São Paulo. O problema começou na segunda (18), quando 35 mil consumidores chegaram a ficar sem eletricidade por mais de dez horas. A segunda queda de luz ocorreu no início da tarde desta quarta (20) e atingiu os consumidores de Higienópolis, Santa Cecilia, Consolação, Campos Elísios, Vila Buarque e Cerqueira Cesar. Nesses mesmos bairros, alguns moradores já estavam no escuro desde o apagão da segunda.

Casas, comércios e três hospitais ficaram no escuro. Além da Santa Casa de Misericórdia, na Santa Cecília, o Hospital Santa Isabel e o Instituto do Câncer Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho mantiveram as atividades essenciais à base de geradores. Conforme a concessionária, cerca de mil clientes são supridos por geradores até que sejam concluídos os reparos e conectados à rede da distribuidora. 

Desde o início da semana o funcionamento da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na rua General Jardim, na Vila Buarque, está comprometido. Já foram três dias seguidos sem aulas presenciais na instituição. Na tarde desta quarta-feira (20), apesar da Enel afirmar que já havia reestabelecido o serviço, moradores e comerciantes afirmaram que continuavam sem energia.

As primeiras denúncias de falta de energia começaram ainda na sexta-feira (15). O aeroporto de Congonhas interrompeu suas operações. Já no sábado (16), a falta de energia foi relatada na Rua 25 de março durante a manhã, conforme informações da Agência Brasil. Conforme o Poder 360, na manhã desta quinta-feira (21) ainda havia nas redes sociais relatos de falta de luz em algumas áreas do centro paulistano. 

O órgão carioca O Globo informa que em São Paulo e região metropolitana, foram registradas 339.993 quedas de energia não programadas durante o ano passado. “O número supera em 37% a média dos anos anteriores (de 248 mil ocorrências entre 2018 e 2022) e equivale a uma interrupção a cada um minuto e 32 segundos na área de atuação da empresa, que apontou ‘vento’ e ‘árvore ou vegetação’ como os principais causadores das falhas”, aponta o jornal. 

A ENEL atende, em São Paulo, uma população de aproximadamente 23 milhões de pessoas, o que equivale a 10,3% de toda a energia consumida no Brasil. A empresa também atua no Rio de Janeiro e no Ceará, onde as reclamações são as mesmas: falta de energia inesperadamente e demora para atender ou para religar. Hoje a empresa opera em 30 países nas Américas e na Europa. Desde que passou a operar no Estado de São Paulo a ENEL obteve um lucro líquido de R$ 4 bilhões. 

Em 3 de novembro de 2023, ocorreu o apagão mais grave da capital paulista, que deixou 2,1 milhão de pessoas sem energia elétrica. Houve relatos de residências e estabelecimentos comerciais que ficaram sem luz por dias, passando até mesmo mais de uma semana. Em razão dos péssimos serviços a empresa foi multada em mais de R$165 milhões, totalizando um valor irrisório de R$78,57 por cidadão que ficou sem o serviço. 

Essa é claramente a política de privatização, lucros exorbitantes para empresas e especuladores e a população sem luz e pagando altas taxas mensais. Nesse apagão de novembro a população chegou a trancar certas ruas e avenidas pedindo uma saída para a crise. Logo, a polícia do Estado foi acionada e a população, que estava há dias sem luz, ainda tomou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para que parassem com o protesto.  

No Chile a situação foi outra. A população, já mobilizada contra o governo, decidiu também colocar fogo no prédio da ENEL, na capital, Santiago. Em São Paulo, as reclamações são diárias e aos milhares, levando a crer que uma hora a população perderá a boa. É importante também lembrar que no último ano de governo Bolsonaro, eles privatizaram a Eletrobrás, a maior companhia de energia da América Latina. É óbvio que essa política de privatização privilegia alguns grandes banqueiros e empresários e deixa toda uma população à mercê da ganância capitalista. 

Vender companhias de energia como fez Bolsonaro com a Eletrobrás, Márcio França com a Eletropaulo e Ratinho Jr. com a Copel no Paraná, entre outras empresas do setor energético brasileiro vendido pela direita, é um crime contra o povo e um ataque direto à soberania nacional. 

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