Cães foram e estão sendo treinados e usados pelo exército fascista de “Israel” para estuprar prisioneiros palestinos nos campos de concentração da Palestina ocupada. Alegações recentes trouxeram à tona os métodos de interrogatório e tratamento de prisioneiros palestinos em centros de detenção israelenses.
O doutor Muneer Al Barsh, diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza, revelou detalhes perturbadores sobre as técnicas de tortura relatadas pelos detidos. Segundo ele, os métodos incluem choques elétricos, suspensão, estiramento e arrancamento de unhas, mas o aspecto mais chocante das denúncias envolve justamente os cães treinados, usados para realizar atos sexuais forçados com os detentos. Estas alegações foram confirmadas por múltiplos testemunhos de prisioneiros tratados em hospitais após serem libertos ou durante internações médicas.
Confira a fala completa do Dr. Muneer Al Barsh, traduzida para o português por este Diário, sobre o caso de outro médico, o Dr. Iyad, assassinado pela ocupação sionista:
“Dr. Iyad continuou nas prisões da ocupação por um bom período sob tortura e, como constatado por seus colegas, na sala de interrogatório, ele se queixou de fortes dores no peito durante o interrogatório e falava para o interrogador que estava tendo dores severas no peito. Depois disso, ele encontrou seu destino como um mártir. Na realidade, o que nós ouvimos dos prisioneiros foi: há tortura com eletricidade, assim como suspensão e alongamento, e há também arrancamento das unhas, mas a maior aflição que nós ouvimos algumas vezes, e foi repetido por muito mais de uma pessoa, é que a ocupação os torturou de uma forma muito sádica e bizarra, que nunca foi vista antes na história da humanidade. Neste método, eles [os interrogadores sionistas] traziam cães treinados e faziam estes cachorros realizarem atos vis contra os detidos e essa prática nazista e sádica que a ocupação [israelense] usou contra os detidos não foi relatada apenas por um único preso. Não foi um e há muitas testemunhas, muitas declarações já gravadas, de que a ocupação utilizou este método contra eles, nas pessoas. Algumas testemunhas foram mencionadas pelos detidos quando estavam no hospital buscando tratamento. Eles [‘Israel’] falam que são uma ocupação moralmente correta, mas eles estão extremamente distantes de qualquer nível de moralidade.”
Os centros de detenção israelenses, utilizados como campos de concentração aos moldes nazistas, têm sido frequentemente denunciados por suas condições e métodos de interrogatório. Relatórios anteriores de organizações de direitos humanos já destacaram a utilização de técnicas de tortura e tratamento desumano. No entanto, as novas alegações trazem um nível de barbaridade que exige uma resposta mais forte. Sob o direito internacional, a tortura e o tratamento cruel, desumano ou degradante são estritamente proibidos, estando registrado exatamente desta forma na Convenção das Nações Unidas contra a Tortura, da qual “Israel” é signatário. A mesma convenção obriga os Estados a prevenir atos de tortura em qualquer território sob sua jurisdição. As práticas descritas nas denúncias violam claramente esses princípios.
O estupro com cães foram cometidos nos centros de detenção, os quais, de acordo com a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, possuem 9.300 palestinos sequestrados e mantidos em cárcere privado. Destes, 2.056 foram condenados – em sua grande maioria por compor a resistência -, 3.794 estão “apenas” detidos e 3.450 estão em “detenção administrativa”, isto é, sem acusação ou julgamento, assemelhando-se ao sequestro convencional. Deste total, 9.021 palestinos são da Cisjordânia ocupada, 194 da Faixa de Gaza (que são conhecidos do grupo de direitos humanos) e 85 de “Israel” propriamente dito. Os relatos divulgados foram de palestinos detidos.