O Estado sionista e criminoso de “Israel” vem promovendo uma migração de trabalhadores indianos para substituir os palestinos, que estão sendo impedidos de entrar e permanecer na sua terra. Quando não estão sendo massacrados pelo exército sionista. Já são cerca de 6 mil trabalhadores da construção civil indiana programados para chegar em “Israel” em maio. Segundo as autoridades israelenses, essa é a chegada “do maior número de trabalhadores estrangeiros a Israel para o setor da construção num curto espaço de tempo”.
Essa mais nova ação de exploração da classe trabalhadora em “Israel” tem a aprovação do Ministério das Finanças, de Benjamin Netanyahu e do Ministério e da Construção e Habitação. Segundo os meios de comunicação da Índia, os trabalhadores estão se mudando do país como parte de um acordo entre governos. Foi informado também que cerca de 900 trabalhadores indianos já viajaram para “Israel” nos últimos meses.
Para estimular a transferência desses trabalhadores para uma área em conflito, foi difundido que os salários são um grande atrativo. Poderão ganhão US$1.600 por mês. Na terra natal, eles estavam ganhando entre US$150 e US$ 300.
Um dos motivos para essa grande transferência de cidadãos indianos é a crise da indústria e construção civil de “Israel”, que enfrenta carência de mão de obra, sobretudo depois da ação corajoso dos palestinos no dia 7 de outubro de 2023.
Um dos primeiros líderes mundiais a condenar o ataque do Hamas, Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, considerou aquela ação um ato de terrorismo, mas apoia a criação de dois estados na região, a fim de se resolver o conflito. A sede do governo sionista, Telavive, vem pressionando os indianos a considerar o Hamas, principal organização a lutar incisivamente pela libertação nacional dos palestinos, como “terrorista”, mas está cada dia mais visível quem são os verdadeiros terroristas há meio século: os sionistas. São eles, finalmente, que usam o povo judeu para atender os interesses do imperialismo americano em um projeto colonialista e genocida na região.
No dia 7 de março, a imprensa israelense, Yedioth Ahronoth, relatou que “os empreiteiros de infraestrutura temem colapsos e atrasos no desenvolvimento da infraestrutura nacional, incluindo em bairros residenciais”. São cerca de 90 mil trabalhadores palestinos impedidos de trabalhar depois do início da guerra e do genocídio praticado por “Israel”. Essa crise atinge também outros setores da economia, como o de transportes, que precisa também de mão de obra.
Segundo uma diretora de escavadora, Even Ami:
“Nossa crise é mais dramática do que a crise no setor da construção, porque a força de trabalho do setor de infraestrutura é composta por cerca de 80% de palestinos, enquanto a construção depende de menos. Estamos operando com 20% da capacidade. Os empreiteiros de construção podem usar trabalhadores estrangeiros; nós atualmente não fazemos isso. Eles nos deixaram de fora”.
Para entendermos melhor essa ação de importação de trabalhadores indianos para serem explorados na Palestina, em janeiro deste ano, o ministro das Finanças de “Israel”, Bezalel Smotrich, defendeu abertamente a limpeza étnica do povo palestino, expulsando-os de suas terras, roubando suas propriedades e extinguindo sua memória e identidade nacionais:
“Se houver 100 mil ou 200 mil árabes (em Gaza), em vez de dois milhões, tudo seria diferente (na relação entre Israel e o território palestino). […] para controlar militarmente o território ao longo do tempo, também é necessário ter uma presença civil. A maior parte da sociedade israelense dirá: ‘por que não? É um lugar lindo, vamos fazer o deserto florescer”. (https://causaoperaria.org.br/2024/ministros-de-israel-defendem-abertamente-expulsao-de-palestinos/)
Essa é mais uma crise que o estado sionista de “Israel” enfrentará, pois a Resistência Palestina, a despeito de todos os ataques e crimes de guerra praticados por Netanyahu, só tem a crescer e desestabilizar mais ainda o regime criminoso do estado mais artificial, racista e colonialista do globo.