Na noite da última quinta-feira (7), a forças de ocupação israelenses assassinaram mais uma criança palestina. Desta vez, o crime foi cometido no campo de refugiados de Chuafate, no norte de Jerusalém. A vítima, o menino Rami al-Halhouli, de apenas 12 anos, foi assassinado por um franco-atirador sionista enquanto atirava para o alto fogos de artifício, contra as forças invasoras. Veja abaixo o vídeo do momento do assassinato:
The moment when an Israeli sniper shot and killed a Palestinian child near Shu'fat military checkpoint in the occupied Jerusalem. pic.twitter.com/Wuf7U69EnF
— AlQastal News (@QastalNewsEn) March 12, 2024
Itamar Ben-Gvir, o ministro da polícia de “Israel”, elogiou o franco-atirador que assassinou o garoto palestino, declarando que “é exatamente assim que se deve agir contra os terroristas – com determinação e precisão”. Um verdadeiro nazista.
Recentemente, este Diário noticiou que crianças palestinas já estão sendo mortas de fome pelo Estado sionista com seu bloqueio criminoso, que impede a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Até o fechamento desta edição, o número de crianças mortas por fome extrema é de pelo menos 28.
Já o número total de crianças assassinadas por “Israel”, desde o 7 de outubro, é de pelo menos 12.415 (isto sem contabilizar as crianças desaparecidas debaixo dos escombros).
Assim, desde que “Israel” desatou seu mais recente genocídio contra a Palestina, há cinco meses, o número de crianças mortas é maior do que em quatro anos de guerras no mundo inteiro.
O levantamento foi feito pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), e a informação foi publicada na página do X (antigo Twitter) de Philippe Lazzarin, secretário-geral da organização:
Staggering. The number of children reported killed in just over 4 months in #Gaza is higher than the number of children killed in 4 years of wars around the world combined.
This war is a war on children. It is a war on their childhood and their future.#ceasefireNow for the… pic.twitter.com/tYwSNHecpy
— Philippe Lazzarini (@UNLazzarini) March 12, 2024
Conforme se constata na publicação, de 2019 a 2022, em todas as guerras que estavam ocorrendo no mundo, foram mortas 12.193 crianças, número menor que o de Gaza, sem considerar a Cisjordânia e, novamente, sem considerar os desaparecidos.
“Esta guerra é uma guerra contra as crianças. É uma guerra contra a sua infância e o seu futuro”, declarou Lazzarini, finalizando sua publicação com o pedido de cessar-fogo.
Dada essa denúncia, as demais que vêm sendo feitas pela UNRWA e o trabalho humanitário da organização em prol dos palestinos, a campanha do imperialismo e do sionismo para retirar o financiamento da organização, sob o pretexto que seus funcionários seriam combatentes ou militantes do Hamas, não é nenhuma coincidência.
Ressalta-se que o secretário-geral publicou os dados citados acima no dia 12 (terça-feira).
Há alguns dias, “Israel” havia matado de fome mais três crianças palestinas, conforme noticiado pela emissora Al Jazeera, sediada no Catar. As crianças estavam internadas no hospital al-Shifa, da Cidade de Gaza, o mesmo hospital que foi cercado e invadido entre os dias 11 e 15 de novembro de 2023 pelas forças de ocupação.
E a tendência é que esse número siga aumentando a passos largos, pois, nesse dia 13, as forças de ocupação direcionaram seus ataques contra um veículo com ajuda humanitária em frente ao portão de distribuição de ajuda da UNRWA, num momento em que dezenas de palestinos estavam lotados lá.
Uma situação que demonstra que a única forma de os palestinos salvarem suas crianças é através da luta armada, travada pelas organizações da resistência, cuja principal é o Hamas e suas Brigadas al-Qassam.





