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Faixa de Gaza

Em três dias, ‘Israel’ mata de fome quinze crianças palestinas

Segundo o Programa Alimentar Mundial, 90% das crianças com menos de dois anos e 95% das mulheres grávidas e lactantes enfrentam pobreza alimentar grave

Nesse domingo (3), 15 crianças palestinas que estavam internadas no Hospital Aduan (norte de Gaza) morreram de fome, segundo informações de Ashraf Al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza.

Mostrando que o perigo de morte por inanição se generaliza entre as crianças de Gaza, nessa segunda-feira (4), outra criança morreu de fome. Yazan Al-Kafarna estava internado no Hospital Abu Youssef Al-Najjar, em Rafá, cidade localizada no sul de Gaza, e que faz fronteira com o Egito.

É um número que só tende a crescer, afinal, segundo informou Al-Qudra, no Hospital Aduan, há outras seis crianças na UTI, em perigo iminente de morrer de fome. Isto enquanto “Israel” mobiliza todas suas forças (inclusive os colonos sionistas) para barrar a entrada de ajuda humanitária em Gaza. E, quando alguma ajuda consegue furar o bloqueio, as forças de ocupação fuzilam e atropelam palestinos que esperam em fila por comida, como ocorreu no Massacre da Farinha.

De forma que a situação de fome e desnutrição entre as crianças palestinas se generaliza rapidamente. 

Recentemente, o Global Nutrition Cluster publicou o relatório “Vulnerabilidade Nutricional e Análise da Situação – Gaza”, através do qual foi constatado que um em cada seis crianças com menos de dois anos de idade em Gaza sofrem de desnutrição aguda. Desse total, cerca de 3% já sofrem de emaciação, a forma mais severa de desnutrição, uma situação em que a criança está a um passo da morte. 

Conforme reportagem da emissora catarense Al Jazeera, o menino Al-Kafarna estava sofrendo de emaciação quando faleceu.

Mas estes são apenas os casos dos últimos três dias.

Em 25 de fevereiro, foi noticiado pela agência de notícias Shehab a morte de um bebê de apenas dois meses. Esse assassinato perpetrado pelo sionismo se deu no Hospital de Al-Shifa, na Cidade de Gaza, norte do enclave.

Um dos paramédicos que levou o bebê ao hospital declarou que “vimos uma mulher carregando seu bebê, gritando por socorro. Seu bebê pálido parecia estar dando o último suspiro […] A equipe médica o levou às pressas para a UTI”, mas o bebê palestino não sobreviveu.

Ainda segundo relatos do paramédico, há um aumento acentuado nos casos de desnutrição entre crianças, especialmente recém-nascidos. O que se deve tanto pelo fato de a própria mãe já estar desnutrida, quanto pela falta de leite e fórmulas infantis nos hospitais de Gaza.

O Programa Alimentar Mundial (World Food Programme), maior agência humanitária do mundo, vinculada à ONU, noticiou em seu portal dados alarmantes sobre o genocídio de Gaza:

“90% das crianças com menos de dois anos e 95% das mulheres grávidas e lactantes enfrentam pobreza alimentar grave – o que significa que consumiram dois ou menos grupos de alimentos no dia anterior – e os alimentos a que têm acesso são dos mais baixos valor nutricional.”

Essa situação foi bem descrita pela Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, UNRWA (sigla em inglês), que descreveu Gaza como um “inferno na terra“.

Vale lembrar que essa agência, a principal responsável por fornecer ajuda humanitária a Gaza, vem sendo alvo de bloqueio financeiro por parte dos países imperialistas, seja os Estados Unidos, a Inglaterra, países da União Europeia e Japão. Um bloqueio realizado desde o fim do mês de janeiro, que foi desencadeado porque uma dúzia de funcionários da agência teriam, supostamente, participado do 7 de outubro. Ressalta-se que essa “denúncia” foi feita por “Israel”.

Nesse sentido, fica claro que “Israel” está deliberadamente assassinado de fome as crianças palestinas. Até mesmo a ONU, organização imperialista, é forçada a admitir isto. Michael Fakhri, relator especial da ONU sobre o Direito à Alimentação, declarou, no domingo (3), em sua página do X (antigo Twitter), que “Israel” está “impondo intencionalmente desnutrição prolongada e fome” em Gaza:

“É sem precedentes fazer com que uma população civil inteira passe fome de forma tão completa e rápida. Israel está destruindo o sistema alimentar de Gaza. Israel está impondo intencionalmente uma elevada taxa de doenças, desnutrição prolongada, desidratação e fome ao destruir infra-estruturas civis.”

O genocídio perpetrado por “Israel” é tamanho que os palestinos em Gaza já representam 80% de todas as pessoas que estão passando/morrendo de fome em todo o mundo, segundo relatório publicado pela ONU na semana passada.

No mesmo sentido, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) relatou que mais de 600 mil crianças estão presas em Rafá, sem lugar para ir, dado o cerco realizado pelas forças de ocupação. Um verdadeiro campo de concentração.

Algo que serve para mostrar, novamente, que o sionismo é o nazismo do século XXI, e que “Israel” é a equivalente à Alemanha Nazista.

Desde que “Israel” vem retaliando o levante revolucionário do povo palestino, liderado pelo Hamas no dia 7 de outubro, na Operação Dilúvio de al-Aqsa, as forças de ocupação sionistas já assassinaram mais de 12.300 crianças, um número subnotificado em razão da destruição promovida contra a infraestrutura de Faixa de Gaza. Além disto, na Cisjordânia, onde os assassinatos são realizados pelos colonos, mais de 110 crianças palestinas morreram nas mãos desses fascistas.

É por esta, e por outras razões, que há uma revolução em curso na Palestina.

Os palestinos, povo mais martirizado do mundo, estão decididos a acabar com o sionismo e com a ditadura de “Israel” de uma vez por todas. Por isso, as organizações armadas da resistência vão crescendo cada vez mais. E as que já existe, vão se tornando cada vez mais populares. A exemplo do Hamas, o partido político mais popular entre os palestinos, e um verdadeiro representante desse povo.

Somente o triunfo da revolução palestina, através da luta armada do Hamas e de todos os palestinos contra “Israel”, é que fará com que o sionismo pare de matar de fome as crianças palestinas.

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