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Guerra no Oriente Médio

Irã: nenhuma embaixada de ‘Israel’ está segura agora

Após o atentato terrorista de “Israel” contra o consulado do Irã, os principais generais se pronunciam, a resposta será uma surpresa e os israelenses estão aterrorizados

Guerra no Oriente Médio

Irã: nenhuma embaixada de ‘Israel’ está segura agora

Após o atentato terrorista de “Israel” contra o consulado do Irã, os principais generais se pronunciam, a resposta será uma surpresa e os israelenses estão aterrorizados

Na segunda-feira (1), o Estado de “Israel” bombardeou o Consulado do Irã, anexo da embaixada, em Damasco, na Síria. Foram assassinados 7 iranianos, incluindo dois generais, um deles um comandante da Força Quds, a mesma que era liderada por Qassem Soleimani até o seu assassinato. Foi um ataque direto ao solo iraniano, visto que a legislação internacional define que as embaixadas são de jurisdição do país que elas representam. E, portanto, uma escalada na guerra. O Irã ainda não agiu, mas promete respostas.

Durante o velório do General Mohamad Reza Zahedi, um dos assassinados no consulado, que aconteceu em Teerã durante a gigantesca manifestação do dia de al-Quds (Jerusalém), o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, Major General Mohammad Baqeri se pronunciou. Ele afirmou: “O recente ataque de mísseis ao prédio do consulado iraniano em Damasco, como uma sede com imunidade internacional, é uma espécie de loucura e sinaliza o suicídio do regime sionista”.

E prosseguiu: “puniremos o inimigo com a ajuda de nossos homens valorosos e certamente nos vingaremos. Aprendemos com nossos grandes comandantes a determinar o momento, tipo e plano de operações por nós mesmos, e isso será feito no momento certo e com o máximo dano ao inimigo”. Aqui o general expôs a estratégia política e militar dos iranianos, que são, tal qual os russos, mestres do xadrez. Na realidade eles são os próprios fundadores do jogo e deram o xeque-mate literalmente no ano de 1979 quando derrubaram o Xá. Os russos, evidentemente, deram o “czar-mate” 60 anos antes dos iranianos.

Já no domingo (7), o Major General Iahia Rahim Safavi, outro oficial importante, relembrou o comentário do aiatolá Khamenei, chefe de Estado do Irã, que afirmou que o Estado de “Israel” levará um tapa na cara por suas últimas ações. E ele ainda comentou “Temos que esperar para ver o que acontecerá. Nenhuma das embaixadas do regime sionista está segura mais e, portanto, até agora ele fechou 28 de suas embaixadas por medo”.

Além disso, comentou sobre os colonos israelenses. Afirmou que estão vivendo com medo devido ao ataque imprudente ao consulado do Irã. E também que “eles têm pesadelos em morrer todas as noites e são as criaturas mais temerosas”. Os colonos israelenses são os que vivem na região de maioria palestina, seja na Cisjordânia ou dentre da Palestina ocupada em 1948. Eles estão no foco da crise, pois com o levante do povo palestino são os primeiros que perderão suas casas e terra, quando elas forem retomadas pelos palestinos. Foi o que aconteceu em Gaza em 2005

O Hesbolá ameaça “Israel”

Além das colocações iranianas, o secretário-geral do Hesbolá, Hassan Nasseralá, também se pronunciou sobre a escalada entre Irã e “Israel”. O Hesbolá é o maior partido do Líbano e seu braço armado é mais forte que o próprio exército, é a força não estatal mais poderosa do mundo. Ele está em guerra com “Israel” desde o dia 8 de outubro, principalmente na região da fronteira, onde acontece o que é chamado nos meios militares de guerra de atrito, isto é, troca de bombardeios e disparos, mas sem nenhuma invasão.

Em seu discurso do dia de al-Quds Nasseralá afirmou: “O martírio desses queridos é uma grande questão para nós, especialmente o Brigadeiro General Zahedi por suas grandes contribuições para a Resistência no Líbano ao longo de muitos anos. Este incidente é um ponto de virada”. E continuou: “a declaração enfátida do Imã Khomeini de apoio à causa palestina, foi uma das principais razões para os ataques às quais o Irã foi submetido ao longo da história”.

Sobre a intervenção dos EUA na guerra com o Irã, ele colocou: “Os norte-americanos desejam intensamente negociações diretas com os iranianos, mas o Irã até agora recusou negociações diretas”. Isso porque “o Irã não negocia questões regionais com os americanos. Ouvimos o absurdo de que tudo o que está acontecendo na região é um jogo entre norte-americanos e iranianos”. Mas isso é uma farsa, que surge, pois muitos “não conseguem aceitar que ‘Israel’ está sendo derrotado na região, muitos não conseguem entender isso”.

Então, o secretário-geral do Hesbolá exaltou a posição do Irã: “o Irã está oferecendo seus líderes de alto escalão como mártires, e a posição de Teerã é decisiva e está sendo cimentada com o sangue de seus mártires. O Irã tem sido um apoiador de todos que resistem a esta entidade [sionista] desde 1979, e seu apoio mudou muitas equações. Se o Irã quisesse mudar sua posição, teria feito isso décadas atrás. Todos os combatentes da resistência que contam com o Irã devem ter confiança de que o Irã não abandonará os oprimidos nem seus aliados”.

Nasseralá também considerou que até o momento a resistência está sendo vitoriosa: “não há dúvida de que [a Operação] al-Aqsa é um momento histórico em nossa região e mudou drasticamente o status quo regional, seja para aliados ou inimigos. Estamos diante de um evento que ameaçou a sobrevivência de ‘Israel’ e expôs sua fragilidade”.

O Hesbolá é um dos principais e mais antigos aliados do Irã, o mesmo vale para a resistência palestina. Ele é uma das forças mais capazes de infligir derrotas ao Estado de “Israel”. Como dito acima, o Irã sabe travar a luta política com paciência. E isso é possível, pois no terreno político a resistência está na vantagem, é “Israel” quem tem pressa para mudar a conjuntura. Apesar do morticínio em Gaza, cada dia que passa em que as tropas sionistas estão no território realizando o genocídio é mais uma desmoralização do sionismo, que caminha a passos largos para sua destruição.

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