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Oriente Próximo

Irã colocou ‘Israel’ nas cordas

Imperialismo é um regime de crise, uma época de transição, de guerras e revoluções, de declínio do capitalismo.

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Na madrugada do dia 14 de abril, a República Islâmica do Irã, em resposta a ação criminosa do sionismo contra o consulado iraniano na capital Síria, Damasco, no dia 1º do mesmo mês, executou uma operação militar muito bem sucedida contra bases militares israelenses, ocasião onde foram disparados cerca de 300 drones e alguns mísseis balísticos, para permitir que os mísseis supersônicos atingisse duas bases militares.

Imediatamente, a imprensa capitalista pró-sionista tentou minimizar os efeitos do ataque, sugerindo a ideia de que o ataque foi ineficiente e não teria causado maiores prejuízos às instalações israelenses.

Passada uma semana do ataque iraniano, está comprovado e reconhecido pela mesma imprensa que o ataque foi sim, bem sucedido. A destruição só não foi maior porque o Irã assim não desejou. A própria  imprensa sionista enfatizou que, mais uma vez, o governo israelense não revelou a extensão e os efeitos do ataque, buscando ocultar o caráter bem sucedido da ação militar iraniana e o impacto causado.

A primeira constatação é que a ação do Irã pode e deve ser caracterizada como algo inédito, até porque os ataques contra Israel ao longo da história são muito poucos. Pela primeira vez vemos uma ação bem coordenada, evidenciando a vulnerabilidade do Estado de Israel e suas forças armadas, onde os israelenses atacam todo mundo e ninguém pode atacar “Israel”. Neste sentido, a ação iraniana foi uma espécie de mensagem dos países oprimidos pelo sionismo, significando que “Israel” será atingido, será um alvo daqui para frente. Trata-se de uma mudança muito radical na região. Em um certo sentido, é uma liquidação do papel do sionismo em relação ao imperialismo.

Um dado relevante e de grande importância é que os mísseis iranianos foram interceptados não pelas “Forças de Defesa Israelenses”, mas em razão da participação de dez outros países que foram em socorro de Israel, o que custou nada menos do que 1,3 bilhões de dólares. Já o Irã desembolsou 1,5 milhões de dólares, mil vezes menos do que foi gasto pelos aliados do sionismo. Isso por si só demonstra o fracasso da tentativa de fazer da operação persa um malogro. O ataque colocou todo o imperialismo em estado pleno de alerta.

Nesse momento, a principal preocupação do imperialismo é que as pessoas não tomem consciência do que verdadeiramente está acontecendo na região. As forças políticas e os governos, no entanto, sabem perfeitamente bem o que aconteceu e a repercussão do ataque para o desenvolvimento dos acontecimentos na região.

Para entendermos o que está acontecendo é necessário compreender o que quer o imperialismo. Por que eles montaram essa operação complexa? A questão é que a maioria dos países da região são, esmagadoramente, árabes (Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita, Egito, Catar, Iraque e outros). 

Trata-se de uma importância vital para o imperialismo controlar essa situação. Para o imperialismo é vital dividir toda a região, neutralizando a tendência da formação de um só país, uma espécie de “República Árabe Unida”, pois todos têm a mesma religião, a mesma língua e cultura.

Dessa forma, o Estado de “Israel” foi criado para cumprir esse objetivo, dividir os países árabes. Obviamente que há outras iniciativas de divisão articuladas pelo imperialismo, mas a peça fundamental dessa operação divisionista é o Estado militarizado israelense, criado artificialmente para controlar militarmente, pela força, qualquer tentativa de unificação dos povos árabes da região.

A existência de Israel não cumpre outra função a não ser impedir a mobilização dos povos da região em direção à sua emancipação, contra o imperialismo. No entanto, a máquina de guerra sionista está fragmentada, foi desafiada pelo Irã e continuará sendo por outros países da região, daí um fato político de enorme alcance, transcendental, colocando a situação do sionismo em queda livre. “Israel”, depois da operação bem sucedida dos persas, já não pode agir impunemente. A ação iraniana abre uma nova etapa na luta de classes envolvendo os povos árabes. A posição do Irã é produto da revolução no país persa, ocorrida em 1979 e isso irá irradiar por demais áreas do Oriente Médio e Próximo, atingindo vários países que são hostis à presença do imperialismo na região.

É necessário ter consciência desse fato, pois isso irá levar a um colapso catastrófico no que diz respeito à dominação do imperialismo naquela região. A questão chave da luta de classes é a derrubada do imperialismo, que é o capitalismo dos dias atuais. Os povos do mundo também lutam contra isso, contra a dominação imperialista, que é um regime de crise, uma época de transição, de guerras e revoluções, de declínio do capitalismo.

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