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Conflito 'Israel'-Palestina

Imprensa burguesa se escandaliza com campanha em defesa do Hamas

Em defesa do genocídio na Palestina, jornais burgueses se espantam com a defesa daqueles que não esperam a morte chegar

A humaníssima imprensa burguesa que defende o apartheid, o bombardeio contra mulheres e crianças, a decapitação de bebês, os massacres contra aqueles que buscavam comida, os bloqueios que impedem a entrada de alimentos, combustíveis e medicamentos, a destruição de hospitais, a criação de campos de concentração, o estupro de mulheres e crianças, a venda de órgãos dos assassinados e todos os outros milhares de crimes de “Israel” contra a população palestina; se mostrou chocada com a defesa que o Partido da Causa Operária (PCO) faz do Hamas e dos demais partidos palestinos que combatem todos os crimes ditos acima.

É o que demonstram as publicações feitas pelos portais Metrópoles, Revista Oeste, Pleno.news e Mais Goiás, numa clara tentativa de constrangimento do partido, assim como a imprensa burguesa já fez outras inúmeras vezes, como quando, por exemplo, o Partido defendia a liberdade de Lula, o Fora Bolsonaro, a expulsão do imperialismo do Afeganistão por parte do Talibã e mais.

Em comum, todos os portais disseram que se trata de uma defesa do grupo “terrorista” do Hamas e questionavam o direito de que o partido palestino em questão pudesse apresentar seu “lado da história”. Finalmente, para essa imprensa aliada do sionismo, os palestinos não são seres humanos, não tendo direito a um lado da história. Ademais, caso se mobilizem, merecem todos, inclusive aqueles que não têm idade nem mesmo para falar, a morte mais horrível possível.

No entanto, a história contada por pessoas como Netaniahu e Biden, seres humanos por excelência, merece ser a única possível de ser escutada pela população brasileira, como aparece na matéria do Metrópoles:

“Durante a incursão terrorista do Hamas em território israelense, em 7 de outubro de 2023, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas. Além disso, centenas foram feitas de reféns e levadas para o território palestino, o que acabou desencadeando uma reação de Israel que já deixou mais de 37 mil palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.”

Segundo o periódico, o assassinato de 37 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, seria apenas uma reação às “centenas de pessoas sequestradas” e à morte de 1.200 pessoas durante a Operação Dilúvio de Al-Aqsa. É claro que o jornal ignora o fato de que o território em questão foi inicialmente invadido pelos israelenses e não os pertence; que as centenas de pessoas são, na verdade, soldados; e que “Israel” impede investigações independentes para averiguar o que de fato aconteceu em 7 de outubro. Também escondem as inúmeras denúncias que dão conta de que a maioria dos mortos nesse dia são vítimas de “Israel”, que atirou contra a própria população.

Já a Revista Oeste vai um pouco além, dando a entender que alguns jornalistas do periódico estavam no 7 de outubro em “Israel” e puderam testemunhar o que aconteceu, sem a necessidade de provas, investigações e declarações dos envolvidos: “Na ocasião, membros do movimento (Hamas) invadiram o sul de Israel, sequestraram, estupraram e assassinaram centenas de pessoas” diz o jornal.

Já o Pleno.news, mantendo amizade com os assassinos de criança em “Israel”, afirma que o assassinato em massa se trata de “um contra-ataque”, e que o PCO “mantém amizade com os terroristas e lança materiais em defesa do grupo radical palestino”.

Trata-se de uma política já conhecida da imprensa burguesa, a de atacar quem se mobiliza contra os interesses do imperialismo. Os leitores devem se lembrar que, durante o governo Dilma, os jornais burgueses a atacavam afirmando que sua atuação durante a ditadura era “terrorismo”. O mesmo aconteceu com o movimento 26 de Julho, que fez a revolução em Cuba, os bolcheviques, os guerrilheiros chineses e todos aqueles que se levantaram contra a opressão. É uma maneira de tentar criar um monstro imaginário para a população, enquanto os verdadeiros monstros, como Netaniahu, são tratados como seres humanos democráticos.

Se esses portais estão certos, qual o medo de que o outro lado conte sua história? Pois, o PCO não tem esse medo. Que os sionistas continuem espalhando suas mentiras! A verdade, quando apresentada, permite que a comparação entre as duas histórias por parte de quem se informe venha à tona.

É por isso que o PCO, seguindo o princípio de que toda a história possui pelo menos dois lados que devem ser divulgados, foi até o Catar conversar com a direção política do Hamas que, ao contrário do que pregam os jornais burgueses, não é considerado uma organização terrorista nem mesmo pela ONU, muito menos pelo Brasil.

Porém, ao contrário da imprensa burguesa, assustada com a crise do imperialismo que estamos vivendo, a imprensa de países oprimidos não viu com maus olhos a mobilização do PCO e, pelo contrário, enalteceu o feito, como podemos ver aqui e aqui.

Por final, o trabalho da delegação do PCO enviada ao Catar resultou em diversos materiais inéditos que mostram, de fato, quão legítima é a ação do Hamas e como é mentirosa a versão de “Israel”. Estes materiais podem ser vistos por meio deste link.

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