Imad Aquel é um ícone da resistência palestina, juntou-se ao movimento ainda adolescente durante a primeira intifada em 1987, período em que surgiu o Hamas, ao qual se filiou e passou a integrar as brigadas Al – Qassam em 1988. Aquel foi martirizado no ano de 1993 e teve uma trajetória de luta muito intensa, tornando-se referência no combate a curta distância.
Nascido em 1971 no campo de refugiados de Jabalia, iniciou sua militância ainda enquanto estudante do ensino médio em 1987, o garoto escrevia nas paredes frases contra a ocupação e incentivava outros jovens a participarem da resistência.
Por sua participação na Intifada e sua filiação ao Hamas, foi preso em setembro de 1988, libertado quase dois anos depois, em março de 1990,juntou-se às brigadas Al – Qassam e no ano seguinte foi eleito oficial do chamado “grupos dos mártires”.
Seu grupo realizava operações contra os sionistas em distância zero, onde o soldado da resistência ficava cara a cara com o inimigo na finalidade de eliminá-los e apreenderem suas armas.
No fim do ano de 1991, Imad passou a ser o principal alvo da inteligência israelense, que havia prendido dois membros do seu grupo e os torturado. O oficial tornou- se mestre dos disfarces e vivia em Jerusalém. Imad conseguiu ir de Gaza à Cisjordânia, onde formou novos grupos da brigada Al – Qassam.
Em outubro de 1992, participou de um ataque contra um veículo militar sionista em Hebron, ferindo um oficial israelense e três soldados. Quatro dias depois liderou uma operação contra a guarda militar de “Israel”, matando um soldado e ferindo outro.
Ainda em 1992, em dezembro, Imad Aquel liderou uma emboscada em Beit Lahia-Shuja’iya, matando um oficial e dois soldados sionistas. Em 1993, no dia 20 de março, junto a mais dois combatentes, o palestino emboscou dois veículos militares a leste de Jabalia, resultando em três soldados mortos e um ferido.
Em 12 de setembro de 1993, Aquel e outro combatente, participaram da primeira operação das brigadas Al – Qassam documentada através de filmagem, afinal os sionistas mentem a respeito de suas perdas e o Hamas pretendia desmascarar a farsa.
Nesta ocasião, os combatentes dispararam de uma distância de dois metros e Aquel saltou dentro do Jipe emboscado, disparando contra três soldados e apreendendo dois rifles M16. Imad Aquel participou de mais de quarenta operações contra forças sionistas.
Sua notoriedade na resistência, aliada à incapacidade das agências sionistas em capturá-lo, levou o então primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin a contatar sua família e oferecer a opção de fuga para o Egito ou Jordânia, podendo retornar em três anos sem julgamento. Diante do ocorrido, Imad declarou: “Rabin não pode impedir um jovem que decidiu morrer”.
Após dois anos de operações, perseguições e fuga, Imad Aquel e vários de seus companheiros foram sitiados por sessenta veículos blindados das forças sionistas. Os combatentes não se renderam e trocaram tiros até a morte de todos eles. Foram atingidos por um projétil anti – blindagem e sua morte foi comemorada pelos sionistas.
Imad Aquel é um exemplo da determinação dos soldados da resistência das brigadas Al – Qassam e sua trajetória é motivo de orgulho para o povo palestino. Seus pertences e sua memória são preservados pelo grupo.