Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Líbano

Hesbolá derrota dois ataques militares israelenses

O Estado de “Israel” ensaia invadir o território libanês, mas o Hesbolá nem mesmo permite que as operações adentrem o país

Na madrugada do dia 4 de março, o Hesbolá conseguiu impedir com sucesso dois ataques militares israelenses no sul do Líbano. O partido mais popular do Líbano possui uma força armada poderosa na região da fronteira com “Israel”. Ele está em guerra com o sionismo desde o dia 8 de outubro como forma de apoio à luta do povo palestino. No entanto, até o momento, não houve invasões terrestres de nenhum dos dois lados. Mas as discussões sobre invasão existem apenas do lado israelense.

O Hesbolá publicou em suas redes sociais: “durante uma tentativa de uma força hostil israelense da Brigada Golani de se infiltrar no território libanês a partir da direção de Khirbet Zarit, oposta à cidade libanesa de Ramia, os mujaidim [combatentes] da Resistência Islâmica detonaram um grande dispositivo explosivo perto da força infiltrada às 00:15 do dia 4/3/2024 e, em seguida, a atingiram com uma série de projéteis de artilharia, conseguindo acertos diretos“. Pouco antes disso, o Hesbolá havia anunciado que tinha como alvo “uma força hostil israelense se infiltrando no território libanês no Vale de Qatmoun, oposto a Rmeish” e que teve “acertos diretos”. Não houve comentários do governo de “Israel”.

O Hesbolá realizou várias outras operações contra alvos israelenses no início de 3 de março, incluindo um ataque às tropas no Monte Nader e um ataque a uma força israelense diante da vila de al-Wazzani. Este “levou os soldados inimigos a disparar bombas de fumaça para cobrir o processo de retirada de soldados mortos e feridos por helicóptero” afirmou o partido libanês.

“Israel” vai invadir o Líbano?

No final de fevereiro, a emissora imperialista CNN divulgou que oficias dos EUA tinham informações de que o exército israelense estava planejando uma invasão terrestre do sul do Líbano nos próximos meses. Outros portais da imprensa também afirmaram isso em dezembro. A política de “Israel” seria empurrar o Hesbolá para o norte do Rio Litani, ou seja, deixar o sul do Líbano completamente desprotegido. Isso seria o necessário para que centenas de milhares de colonos que saíram do norte de “Israel”, com medo do Hesbolá, pudessem retornar para suas casas.

Ao mesmo tempo, os governos dos EUA e a França, tradicional força imperialista que oprime o Líbano, tentam pressionar o Hesbolá para pelo menos se retirarem da área de fronteira. A proposta foi feita ao próprio governo, que, no entanto, recusou. O Hesbolá pode não ter mais da metade dos votos no Líbano, mas se tem algo que quase a totalidade da população concorda é que ele deve existir e se manter armado, pois, ao sul do país, há uma gangue de nazistas genocidas. “Israel” invadiu e ocupou o Líbano por 22 anos, até finalmente ser expulso pelo Hesbolá.

A informação da CNN indicava que o governo de “Israel” possuia duas alas. Uma que de fato defende a invasão do Líbano e que quer uma guerra aberta com o Hesbolá. Outra que usa essas ameaças apenas como uma pressão política contra a organização. O Hesbolá é capaz de derrotar os israelenses, isso já aconteceu em 2006 quando outra invasão foi derrotada, mas não é algo que aconteceria sem um grande desgaste. Pelas poucas informações divulgadas, não é possível saber qual a posição do governo Netaniahu sobre a invasão do Líbano, isto é, qual foi o objetivo de duas tentativas de invasão do Líbano.

A escalada da guerra

A guerra entre o Hesbolá e o Estado de “Israel” começou no dia 8 de outubro de 2023. Passados quase cinco meses, a situação escalou muito. De início, apenas uma guerra de atrito, no fim de 2023 e início de 2024 “Israel” começou a assassinar lideranças do Hamas e do próprio Hesbolá. Mas a situação piorou muito no mês de fevereiro. Os sionistas passaram a bombardear cada vez mais o próprio território libanês e atingir todo tipo de alvo.

Na segunda-feira (4), por exemplo, “Israel” bombardeou uma unidade de saúde e assassinou três paramédicos. Durante o mês de fevereiro, foram assassinados outros trabalhadores da saúde, crianças e também membros importantes do Hesbolá. O Hesbolá revida atacando mais os alvos militares sionistas. Ele também permitiu que o Hamas realizasse um grande ataque de foguetes partindo sul do Líbano. Mas a iniciativa de tentar escalar a guerra está claramente com o Estado de “Israel”.

O que ainda não se sabe é qual será a política do Hesbolá. Até o momento, Nasseralá, secretário-geral do partido, deixou claro que quem quer a guerra total é “Israel”. Na atual configuração da guerra, apesar do genocídio em Gaza, quem está sendo derrotado é o sionismo. Com uma grande mudança, que seria a guerra no Líbano, essas circunstâncias poderiam se alterar, os EUA poderiam intervir diretamente, por exemplo.

A política do Hesbolá, portanto, é de responder na mesma medida que “Israel”. Mas o sionismo, acuado e derrotado, pode muito bem cruzar uma linha que obrigará o Partido de Deus a responder com toda sua força.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.