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Rui Pimenta no Arte da Guerra

Hamas não aceitará acordo contrário aos interesses palestinos

Pimenta observou que entre os palestinos com quem conversou no Catar, o espírito é o de que não há negociação com “Israel”. Apenas com o uso da força o problema será resolvido

Nesta quinta-feira (29), Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária, participou de live do canal Arte da Guerra, do Comandante Robinson Farinazzo, capitão da Marinha do Brasil, militar nacionalista.

Pimenta e Farinazzo participam do programa Análise Internacional, do canal Diário Causa Operária, todas as segundas-feiras, ao 12h30, expondo e esclarecendo os principais temas da política internacional que ocorreram durante essa semana.

Contudo, nessa ocasião, Pimenta foi convidado especialmente ao Arte da Guerra para falar sobre sua ida ao Catar e sua reunião com as lideranças do Hamas, especialmente Ismail Hanié, presidente do birô político do partido palestino.

No encontro, Rui esclareceu que a viagem que fez ao Catar tinha como um dos objetivos “trazer o lado ‘B’ do conflito na Palestina”, isto é, contar o que o Hamas e os palestinos na Catar têm a dizer. Afinal, “A imprensa fala muito defendendo ‘Israel’, e o Hamas parece uma força demoníaca”.

Um trabalho não apenas político, mas verdadeiramente jornalístico, o que não é feito pela imprensa burguesa, que desde o início do 7 de outubro da primariza às mentiras de “Israel”.

Ao ser questionado como esse encontro foi possível, Pimenta explicou que “Essa visita foi articulada no Brasil com pessoas que têm contato lá [no Catar]. Nós soubemos através de palestinos que vivem no Brasil que havia a possibilidade de uma conversa com o Hamas, que eles teriam ficado interessados, porque nós fizemos uma campanha defendendo o Hamas das acusações que foram lançadas contra eles”.

Aqui fica clara a importância da campanha que o Partido da Causa Operária fez e vem fazendo em defesa do povo palestino, uma campanha consequente que inclui desmacarar as mentiras do sionismo contra o Hamas e a defesa da resistência armada palestinas, em especial de sua principal organização, as Brigadas al-Qassam (braço armado do Hamas). Foi o sucesso dessa campanha revolucionária em defesa do povo mais martirizado do planeta que possibilitou o encontro de Rui Pimenta com Ismail Hanié e o birô político do Hamas, um encontro que faz avançar a luta em defesa do povo palestino, especialmente no Brasil.

Expondo em parte como foi seu encontro com as lideranças do Hamas, Pimenta disse:

“Não conversamos apenas com Ismail Hanié, que é a pessoa mais importante do Hamas, conversamos com várias outras lideranças, e fizemos importantes entrevistas que divulgaremos. Nós fizemos as perguntas pensando naquilo que o público brasileiros está recebendo como informação. Por exemplo, perguntei para eles diretamente: ‘O Hamas permite, é conivente com o estrupo, tal como ele foi acusado?’. Fiz várias perguntas assim, que dariam a impressão de uma entrevista hostil, mas expliquei para eles que nosso objetivo era expor o lado deles. “

O presidente do PCO, então, contou sobre sua reunião com o representante das relações exteriores do Hamas. Nela, foi feita uma entrevista em que o dirigente do Hamas demonstrou interesse em esclarecer o que é o partido e o que aconteceu no dia 7 de outubro. Demonstrar o interesse do Hamas na diplomacia e em expor para o mundo a realidade do que está acontecendo.

“Fizemos uma longa entrevista com o responsável pelas relações exteriores do Hamas. Quem realiza as negociações diplomáticas em nome do Hamas. Inclusive fizemos uma reunião com ele em separado, porque nós tínhamos uma reunião marcada para o dia 17/2 com o birô político do Hamas, mas ele não estaria presente, pois estaria no Egito, na reunião [referente às tratativas em torno do cessar-fogo] que ocorreu no Egito. Então ele nos pediu para fazer uma reunião antes, pois, como ele é das relações exteriores, ele tinha um interesse especial no relacionamento conosco, pois nós somos do Brasil”.

O nome dessa liderança do Hamas é Mousa Mohammed Abu Marzuk, e foi descrita por Rui Pimenta como uma pessoa extremamente cordial e solícita, o que serve para demonstrar que o Hamas não é composto de monstros, mas de pessoas civilizadas, ao contrário da propaganda imperialista e sionista:

“Nos recebeu muito cordialmente, almoçamos duas vezes com ele no escritório dele, isto, das relações exteriores do Hamas […] Me pareceu uma pessoa extraordinária, muito humana, acessível, muito cordial”.

Da mesma forma, disse que foram muito bem recebidos pelo birô político do Hamas e Ismail Hanié, que os agradeceram pela campanha que o PCO vem fazendo em defesa da Palestina e do Hamas. Inclusive, Pimenta mencionou que Hanié, que por questão tempo não concede entrevistas para nenhum órgão de imprensa, concordou em dar uma declaração ao povo brasileiro, que será traduzida e publicada logo menos, neste Diário.

No programa, o Cmd. Robinson teve como convidado também Ricardo Cabral, do canal História Militar em Debate, o qual fez a primeira pergunta a Rui Pimenta: “qual era o objetivo político do 7 de outubro?”, segundo o Hamas

A resposta do dirigente do PCO consistiu em um esclarecedor panorama sobre a conjuntura política do conflito entre palestinos e “Israel”, que foi dado pelos dirigentes do Hamas, e que também havia coincidido com a análise que o partido vinha fazendo:

“A situação dos palestinos estava se tornando uma situação insustentável. A penetração dos chamados colonos nas terras palestinas da Cisjordânia era cada vez maior. Temos lá 800 mil colonos, uma quantidade gigantesca. Eles estavam tomando as terras dos palestinos. O governo Netaniahu é um governo da ala direita do sionismo, que já é um movimento de direita. Aliás, a descrição apropriada é de que se trata de um governo fascista. Netaniahu é do Likud, partido herdeiro de um movimento tradicional fascista judaico, o Betar, uma organização fascista tradicional, que usava camisa marrom, fazia saudação romana, que tinha admiração pelo Mussolini e pelo Hitler, por incrível que pareça. Então, a política dele é expulsar os palestinos. A situação [na Cisjordânia] tinha chegado a um limite. A situação em Gaza, por sua vez, já era insustentável. E houve iniciativa dos norte-americanos de legalizar essa situação com os países árabes (Arábia Saudita e outros), que iriam assinar acordos com ‘Israel’, deixando a situação dos palestinos ainda mais periclitantes. Então eles lançaram essa ofensiva, que foi preparada durante um longo tempo, como uma maneira de quebrar todo esse conjunto de fatores que estavam se agrupando contra os palestinos. Eles sabiam que a reação iria ser dura, mas eu digo com toda a clareza que a maioria dos palestinos sabia que a situação era insustentável, não tinha outro jeito.”

Ao ser perguntado especificamente sobre o objetivo político que o Hamas teve ao realizar a Operação Dilúvio de al-Aqsa, Pimenta disse que “o que eles falaram em todas as conversas é o seguinte: a posição do Hamas é a constituição de um Estado Palestino em toda a região da Palestina.” Nas entrevistas feitas no Catar, Rui esclareceu que perguntaram aos dirigentes do Hamas se queriam exterminar a população judia, ou expusá-la do território, caso conseguissem constituir esse Estado Palestino. Eles disseram que não, e que “têm a disposição de conviver com os judeus, que não são antissemitas, que são contra o sionismo, e que gostariam de ter um Estado democrático em toda a Palestina”. E, conforme constatado por Pimenta, esse objetivo “implicaria, logicamente, na liquidação do atual Estado israelene. Na minha opinião, isto só pode acontecer por uma revolução. Eles estão buscando esse objetivo”.

Uma vez que esse ponto foi esclarecido, o Cmd. Robinson perguntou a Pimenta foi sobre a possibilidade de um cessar-fogo. O presidente do PCO disse acreditar um cessar-fogo é inevitável, pois “Netaniahu esticou a corda ao extremo” e esse cessar-fogo era algo já esperado pelo Hamas, afinal, em mais de cinco meses de conflito, os israelenses não conseguiram nenhum objetivo militar:

“Uma das coisas que eles falaram lá é enfatizar que o exército sionista não conseguiu nada [militarmente], apesar de já se estar aproximando do quinto mês de conflito. Não conseguiu libertar reféns, não conseguiu ocupar terreno […] A situação para os sionistas no terreno é muito difícil. […] Então eles já tinham essa conclusão, de que não seriam derrotados militarmente, e de que o cessar-fogo teria que vir. Acho que é inevitável e está próximo.”.

Algo muito interessante comentando por Pimenta foi a respeito do panorama geral com o qual se deparou, ao se reunir com a liderança do Hamas, a qual estava “muito tranquila com a situação”, no sentido do enfrentamento da resistência contra “Israel”, e que o genocídio que os sionistas estão cometendo contra os palestinos não está os desanimando da luta, muito menos os derrotando:

“Eu não notei da parte deles nenhum tipo de desânimo em relação à situação geral. Logicamente que eles estão sentindo esse morticínio que os israelenses estão provocando na população civil, e temos que considerar que essa população são os parentes do soldado e dos líderes políticos do Hamas. O Ismail Hanié já perdeu – não agora – trinta parentes. Uma das pessoas que nós entrevistamos tinha perdido sete parentes, inclusive a mãe dele [nesses bombardeios]. Quero dizer, eles são conscientes que o povo palestino está pagando um preço alto por esse enfrentamento militar que eles estão fazendo”.

Em determinado momento do programa, Ricardo Cabral fez a colocação de que “Israel” teria destruído a infraestrutura do Hamas. Contudo, Pimenta discordou disto, explicando que o que está sendo destruído nos bombardeios é a infraestrutura civil de Gaza. Afinal, na Faixa de Gaza o Hamas atua através de uma rede de túneis que se estende por mais de 500 quilômetros.

O dirigente do PCO aproveitou então para condenar os criminosos bombardeios e ataques terrestres contra a população civil, como uma tática covarde dos sionistas para tentar subjugar os palestinos: “É uma tática terrorista do Estado de ‘Israel’ para ver se dobra a população palestina”. Contudo, Pimenta deixou claro que morticínio é “uma selvageria inútil do ponto de vista militar”, pois as perdas de combatentes das Brigadas al-Qassam são muitos menores que as das tropas das forças israelenses do ocupação. Assim, se nos países em que predominam a versão dos fatos contada pela imprensa imperialista, “essas mortes acabam encobrindo a realidade”, o que o presidente do PCO viu em todos os palestinos que encontrou e com quem conversou quando esteve no Catar foi um otimismo muito grande:

“Eles estão sentido que abriram uma nova etapa, que pode ser decisiva para os acontecimentos”.

Pimenta também aproveitou a oportunidade para desmistificar a questão da luta armada palestina e das acusações de terrorismo que cercam o Hamas, deixando claro que o partido não está sozinho nessa luta, e é algo presente em todo o povo palestino:

O Hamas não está sozinho, são mais de uma dúzia de grupos. São partidos políticos que têm o seu braço armado. Todos os partidos palestinos têm um braço armado. A luta armada na Palestina é uma realidade para todo mundo […] Ninguém acredita que eles vão conseguir negociar pacificamente com os israelesnes”, acrescentando que o Hamas é o principal partido, os mais popular entre o povo palestinos, com atuação não só em Gaza, mas também na Cisjordânia.

Conforme exposto acima, durante vários momentos do programa, Rui Pimenta falou sobre o estado de espírito do povo palestinos com quem se encontrou no Catar, fossem eles líderes do Hamas ou não. O dirigente então afirmou que esse estado de espírito “é um fato revolucionário”, explicando que uma revolução, “Do ponto de vista subjetivo, do que as pessoas pensam e sentem, é quando o conjunto ou a maioria da população toma a consciência de que aquilo é a única saída e de que é possível vencer, ingressando nesse caminho com uma determinação muito grande”.

“Eu vi isso no Catar, ao conversar com pessoas que não eram do Hamas”.

Dentre essas pessoas estava até mesmo um empresário palestino, que chamou os soldados do Hamas de “nossos soldados”. Ou seja “ele olha essa luta como sendo uma luta nacional de todo o povo palestino”, expôs Rui Pimenta.

Ademais disto, o presidente do PCO acrescentou ainda que esse espírito de otimismo, de determinação, estava presente até mesmo entre os feridos trazidos de Gaza. Citou o caso de um menino de dez anos que perdeu uma perna, a mãe e três irmãs, sendo que os israelenses ainda sequer deixaram o pai dele sair de Gaza, para acompanhá-lo ao hospital.

E, ainda assim, esse menino disse “muito tranquilamente” que queria se “vingar pelo que fizeram com minha mãe e minhas irmãs”. “Falou com a maior tranquilidade, não falou chorando, não falou emocionado nem nada. Falou com a maior tranquilidade, mesmo tendo perdido uma perna. Não falou da perna dele. É como senão tivesse acontecido nada com ele. Falou da mãe e das irmãs”, segundo Pimenta. “Esse estado de espírito que eu vi nesse menino, eu vi em todos” acrescentou o dirigente. Rui ainda disse que era muito comum as pessoas falarem entre si que iriam se encontrar novamente em Gaza, e que isto não era algo artificial.

Ante esse esclarecimento, o presidente do PCO alertou então para a necessidade de considerar com muito cuidado as informações veiculadas pela imprensa burguesa nacional e estrangeira (imperialista), pois “eles não refletem a realidade, não dão notícias dos combates, apresentam os bombardeios como uma derrota, sendo que isto não é verdade”. Contrariando a versão apresentada pelo imperialismo, Rui diz que as declarações e toda sua experiência no Catar não dão a ideia de que o Hamas está derrotado.

Foi também exposta a situação monstruosa a respeito dos feridos pelos bombardeios genocidas de “Israel”. Rui Pimenta informou que “Os israelenses só autorizaram a saída de 4 mil pessoas”. De forma que ainda “há ainda 80 mil pessoas feridas na Faixa de Gaza. E eles só autorizaram a saída de feridos que não era grave, no sentido de pessoas que não estavam morrendo. Os que estão morrendo, eles não deixam sair”.

Pimenta explicou que no Catar estavam apenas 250 desses 4 mil. Apesar disto, foi importante para ver um fragmento do que está acontecendo na Faixa de Gaza: “Se aquilo que nós vimos é a realidade é a realidade de 80 mil pessoas, é uma coisa muito monstruosa”.

Então, o dirigente expôs o caso de uma mulher palestina quem ele visitou no hospital, vítima dos bombardeios israelenses:

As histórias são horrorosas. Uma moça com quem conversamos, que é professora de inglês, e a mãe dela é professora universitária – a mãe dela estava lá com ela – falou que estava dormindo e, de repente, acordou no meio da rua, e viu o marido jogado ao seu lado. Ele tinha perdido os dois braços e uma das pernas. Aí ele falava ‘onde está meu braço, onde está minha perna’. E ela, vendo aquela situação, ficou conversando com ele. Ela perdeu uma perna também e o seu bebê de sete meses. Seu marido morreu na hora. As histórias são desse nível, horrorosas. Se alguém acredita que esse bombardeio é para matar o Hamas, está redondamente enganado. É para matar crianças”.

Outro ponto esclarecido pelo presidente do PCO, foi que o Hamas rejeita completamente os Acordos de Oslo, ocasião em que a OLP e o Fatá capitularam perante “Israel”. Pimenta expôs também que o Hamas considera a Autoridade Nacional Palestina como um Estado falso, algo que foi dito por Abu Marzuk, o representante do partido para as relações exteriores:

Qualquer acordo que implique na ausência de soberania dos palestinos, eles [o Hamas] não pretendem aceitar […] Eu acho que sem o direito de retorno de todos os palestinos que foram expulsos da Palestina, e soberania integral, não vai ter acordo Até porque, mesmo se o Hamas decidisse aceitar esse acordo, a população não vai […] Para eles [os palestinos], toda aquela terra é deles”.

Ao ser perguntado por a respeito da Cisjordânia, do avanço dos colonos sobre as terras palestinas, e o fato das lideranças não fazerem nada a respeito disto, Pimenta explicou que o que está sendo feito lá é o mesmo que os sionistas fizeram em toda a Palestina entre 1945 e 1948, antes da fundação do Estado de “Israel”, ou seja, “estão criando focos que acabam desmembrando o território. Isto é para, depois, juntar tudo e ocupar uma parte expressiva da Cisjordânia”.

Em face dessa ofensiva dos colonos sionistas, o presidente do PCO esclareceu que a Autoridade Palestina é omissa porque está sob o controle dos Eua e de “Israel”, deixando claro que não representa o povo palestino, nem mesmo “do ponto de vista jurídico”. Afinal, desde que o Hamas obteve a maioria do parlamento palestino nas eleições de 2006, mas impedido de governar a Palestina, nunca mais foram convocadas novas eleições, pois o Fatá sabia que seria derrotado na Cisjordânia.

Desmascarando a Autoridade Palestina como um agente do imperialismo e do sionismo, Pimenta diz:

“Todos os militantes do Hamas na Cisjordânia, que eles conseguiram identificar, foram presos. Prenderam mais de 7 mil pessoas [desde o 7 de outubro]. A Autoridade Palestina exerce lá uma verdadeira ditadura. É uma polícia palestina para servir os interesses de ‘Israel’. Eles não combatem os colonos, não fazem nada. Estão sob o controle de ‘Israel’, por isto se desmoralizaram completamente”.

E então explicava novamente a respeito a situação revolucionária “Até mesmo os israelenses e os EUA perceberam que não da mais para utilizar Mahmoud Abbas. O homem ficou completamente destruído nesse período. Por isto que o cllima geral também é revolucionário. Quando você tem um governo que tem menos de 10% de aprovação na população, é porque ela evoluiu muito politicamente. É uma revolução”. Nesse sentido, Rui Pimenta disse ter ouvido no Catar que há uma enorme ruptura entre a Fatá, por parte de setores que desejam fazer um governo de unidade nacional com o Hamas. Afinal, pesquisa recente apontou que o índice de popularidade do Movimento de Resistência Islâmica na Cisjordânia é de 80%.

Pimenta então explica que os EUA queriam que na Palestina houvesse um governo controlável, mas que fosse capaz de absorver o Hamas, pois sabem que não conseguirão derrotar a principal organização da resistência palestina, pois o “Hamas é grande demais, tem que matar os palestinos todos para acabar com o Hamas”. Contudo, acredita que “isto é inviável”, pois “seria uma repetição dos Acordos de Olso”.

Próximo ao fim do programa, perguntaram ao presidente do PCO se há alguma possibilidade de solução pacífica para o conflito entre os palestinos, representados pelo Hamas, e “Israel”. Sobre isto, Pimenta observou que não só na liderança do Hamas, mas em toda a população palestina no Catar, o espírito é o de que não há negociação com “Israel”. Apenas com o uso da força o problema será resolvido.

E concluiu comentando sobre a extrema direita israelense, constatando que ela está muito forte.

Sobre isto, falou sobre um depoimento de um palestino, que lhe disse que Netaniahu é um elemento moderado dessa extrema-direita, o que condiz com avaliação que o Partido da Causa Operária vem fazendo a respeito do primeiro-ministro.

Netaniahu, pressionado pelos EUA, pela situação geral e pela extrema-direita, está tendo dificuldade em controlar a extrema-direita sionista. Isto, constatou Pimenta, aumenta o perigo de uma guerra civil em “Israel”. Afinal, segundo relatado por palestinos com quem conversou no Catar, a sociedade israelense é frágil, está toda dividida, sendo grande parte dela artificial, pessoas de fora com dupla nacionalidade (depoimento de palestino).

E, pelo que o presidente do PCO pode captar ao se reunir com as lideranças do Hamas, o partido palestino também está contando com essa debilidade da estrutura social e política da sociedade israelense, em sua luta contra “Israel”.

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