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Guerra na Palestina

Hamas: invasão de ‘Israel’ em Rafá será um fracasso

O regime de ocupação sairá mais derrotado e humilhado da Batalha de Rafah do que o que aconteceu com ele no centro-norte da Faixa de Gaza

No dia 19 de fevereiro, Osama Hamdan, porta-voz do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) concedeu uma entrevista à Press TV no programa Face to Face (Cara a Cara).

Desde a Operação Dilúvio al-Aqsa, coordenada pelo Hamas no dia 7 de outubro, o movimento de resistência palestina vem enfrentando firmemente as forças de ocupação israelenses. Hamdan afirmou que a reação sionista era esperada e que é da natureza da ocupação: “ela nos mata, rouba nossas terras, nos prende e nos aprisiona”. Ele disse ainda que:

“Sob esta ocupação há 75 anos, temos duas opções: ou não fazemos nada e o inimigo continua a nos matar, capturar e a apoderar-se das nossas terras; ou resistimos e o inimigo continuará a agressão (…). Mas será transmitida a mensagem de que o povo palestiniano continua a aderir ao direito de resistir, que o inimigo está a pagar um preço pela ocupação e que, no final, este inimigo será obrigado a abandonar a nossa terra”.

Invasão em Rafá

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou, na semana passada, que as forças de ocupação israelenses evacuassem os civis da cidade de Rafá antes de uma ofensiva terrestre. O primeiro-ministro genocida ignora o fato de a cidade estar agora ocupada por 1,5 milhão de refugiados palestinos advindos dos ataques sionistas. Quando questionado sobre os objetivos de Netanyahu quanto à invasão em Rafá, Hamdan esclarece que o primeiro-ministro têm dois objetivos: 1°) pressionar a resistência palestina a desistir de algumas exigências nas negociações; 2°) pressionar os mediadores.

Isto ocorre após as negociações ocorridas em Cairo e após a reunião de Paris, em que as partes sionistas se retiraram do acordo mesmo após manifestarem aprovação quanto a proposta. ‘Israel’ recuou quanto a proposta no cessar-fogo e agora parte em ataque à Rafá na esperança de conseguir alguma vitória – ou imagem de uma –, pois, como declarou Hamdam:

“Não há dúvida de que ‘Israel’ está tentando promover a ideia de que conseguiu eliminar a resistência no Norte e Centro da Faixa de Gaza. Mas os fatos revelam diariamente esta mentira. Por exemplo, a dois dias, foguetes foram lançados do Norte e Centro de Gaza, atingindo cidades nos territórios palestinos ocupados em 1948. O próprio ‘Israel’ anunciou que teve mortes de seus exércitos nas áreas do Norte e Centro, assim como no Sul”.

O regime nazista israelense não consegue derrotar a resistência palestina. O porta-voz do Hamas afirma que qualquer avanço sobre Rafá acabará em derrota e que se as forças de ocupação invadirem a região terão “apenas uma história de dor, sofrimento e perda” e o regime sairá “mais derrotado e humilhado da Batalha de Rafá do que no Centro-Norte da Faixa de Gaza”.

Estados Unidos e ‘Israel’

Não é segredo o conluio norte-americano e israelense no genocídio do povo palestino. O apoio “politico” dos norte-americanos é na verdade uma cumplicidade à morte, desaparecimento e ferimento de mais de 100.000 palestinos. Fornecendo “munição, equipamentos e armas à entidade sionista”, além de empregar tecnologias na descoberta de túneis, os Estados Unidos atuam como um “pilar do sionismo”. Segundo Hamdan ‘Israel’ vê nos Estados Unidos “um parceiro no crime, um parceiro no genocídio”.

O levante do mundo árabe

O levante da resistência no Sul do Líbano, no Iêmen e no Iraque pela resistência palestina contra as forças sionistas teve um papel primordial. Este levante passou “uma mensagem de que o [eixo] da resistência na região está unido e trabalha de sua própria maneira, e não de acordo com o que os outros querem. Seu método é eficaz”, disse Hamdan. Adicionou ainda que:

“Esse eixo tem uma posição firme de princípios e está usando suas capacidades de maneira inteligente e sábia e é capaz de obter resultados. Isso significa que o futuro da região não será de acordo com o que os Estados Unidos da América ou a entidade sionista desejam. Em vez disso, estamos nos aproximando de um estágio em que o futuro da região será de acordo com o que o povo da região deseja”.

A pressão exercida por estes grupos sobre os EUA fez com que estes repensassem sua estratégia, pois não querem que o confronto se expanda na região, já que uma expansão do conflito significaria a perda do controle norte-americano na região, “e a região seguirá caminhos que não serão necessariamente do interesse dos norte-americanos, mas sim do interesse dos povos da região. (…) creio que esse é o segredo da insistência americana em chegar a uma solução que leve a um cessar-fogo”, afirmou o porta-voz do Hamas.

“Não lutamos contra os ‘israelenses’ porque eles são ‘judeus’”

Osama Hamdan disse que o Hamas não luta contra os israelenses porque são “judeus”, mas porque “são ocupantes de nossa terra, ou seja, se deixarem nossa terra, não os perseguiremos e não lutaremos contra eles. Nossa batalha tem uma dimensão política que não tem nada a ver com o fato de eles serem judeus e acreditarem no judaísmo e não tem nada a ver com o fato de terem vindo para a Palestina ou estarem presentes em outros lugares. O verdadeiro problema é que eles ocuparam nossa terra”.

Hamdan acrescenta ainda o fato de existirem cristãos e mulçumanos coexistindo pacificamente na Palestina, coexistindo como uma única nação. Reforçando sua fala de que a questão não é religiosa, mas política.

A resistência cresce e crescerá!

Por fim, o porta-voz do Hamas colocou que quem elege e escolhe as suas lideranças é o povo palestino e que os EUA não podem alterar este fato nem interferir nos assuntos internos palestinos.

Afirmou ainda que antes da operação Al-Aqsa, “a popularidade do Hamas variava entre 40 e 45%. Depois da operação, a sua popularidade aumentou. O povo palestino viu que o movimento de resistência estava a lutar contra este exército há dias, um exército que se gabava da sua invencibilidade. As pessoas começaram a sentir que as hipóteses de libertação eram maiores do que nunca. Assim, a popularidade do Hamas aumentou”.

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