Palestina

Hamas convoca o mundo a se mobilizar contra ‘Israel’

Às vésperas da primeira sexta-feira do Ramadã, o Hamas convocou palestinos e oprimidos de todo mundo a lutar contra "Israel" até o fim do genocídio e da ocupação

A sexta-feira é um dia especial para o Islã, pois neste dia da semana, os muçulmanos realizam Ṣalāh al-Jumuʿa, ou seja, a oração congregacional, no lugar da oração Zuhr, uma das cinco orações realizadas diariamente. Durante o Ramadã, a oração congregacional tem um significado ainda maior. A primeira sexta-feira deste mês sagrado é hoje, 15 de março.

Às vésperas, nessa quinta-feira (14), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) publicou uma declaração e um chamado para a luta, convocando o povo árabe e muçulmano de todo o mundo a fazer deste Ramadã um mês de luta contra a ocupação sionista, em apoio à luta abnegada que o povo palestino trava diariamente em Gaza contra o Estado nazista de “Israel”, até que a agressão cesse:

“Que nossa nação árabe e islâmica, com suas massas, instituições e organizações, torne esta sexta-feira abençoada, e todos os dias e sextas-feiras deste mês sagrado, um campo e um movimento de escalada generalizada e contínua, nas praças e arenas, em vitória e apoio à firmeza de nosso povo na Faixa de Gaza, seus sacrifícios, sua resistência, e por pressão contínua, até que a agressão cesse, as passagens sejam abertas e a ajuda humanitária seja introduzida.”

Além disso, convocou os palestinos da Cisjordânia, de Jerusalém e de todos os territórios ocupados pelos sionistas a marchar em direção à Mesquita de al-Aqsa, para romper o cerco parcial que o Estado de nazista de “Israel” realiza em torno do templo sagrado, e, igualmente, para prevenir que o sionistas façam atentados contra ela durante esse Ramadã:

“Que as massas de nosso povo palestino em toda a Cisjordânia, Al-Quds e o interior ocupado se mobilizem e se dirijam para a abençoada Mesquita de Al-Aqsa para permanecer e estacionar nela, e para impedir todas as tentativas da ocupação de profaná-la e impor seus planos agressivos.”

O Hamas jamais se esqueceria da juventude palestina, afinal, foram os jovens que fizeram os quadros do partido e das Brigadas al-Qassam ao longo dos anos, assim como das demais organizações da resistência. Assim, ao chamá-la à luta, referiu-se aos jovens como “nossa juventude revolucionária”, chamando-os a saírem “em multidões” para abalarem “o solo sob os pés dos invasores sionistas e suas manadas de colonos“.

O chamado do Hamas acontece em um momento em que “Israel” aumenta a repressão em toda a Palestina. Conforme noticiado recentemente por este Diário, o Estado sionista enviou para a Cisjordânia 15 mil tropas de seu aparato repressivo, sendo “5.000 reservistas, 24 batalhões e 20 esquadrões da polícia de fronteira, além de duas unidades de forças especiais”.

Uma clara tentativa de conter a Revolução Palestina, cujo avanço diário se expressa no fato de que cada vez mais palestinos pegam em armas para lutar contra as forças israelenses de ocupação. Novas brigadas da resistência surgem diariamente, de forma que sequer é possível saber todas elas.

E a expressão máxima do avanço da resistência palestina é o próprio Hamas, um partido de massas que vem liderando as demais organizações ao menos desde a Operação Dilúvio de al-Aqsa, em 7 de outubro.

Foi graças à liderança do Hamas durante esses cinco meses de luta abnegada contra o Estado nazista de “Israel” que os combatentes da resistência palestina impuseram incontáveis baixas às fileiras das forças de ocupação, forçando “Israel” a se sentar na mesa de negociações mais de uma vez.

Para além do cessar-fogo que se avizinha, recentemente, o Hamas e a resistência conseguiram fazer o governo de Benjamin Netaniahu recuar em sua tentativa de proibir completamente o acesso dos palestinos à Mesquita de al-Aqsa, durante o Ramadã. 

Apesar disto, restrições parciais ainda estão sendo impostas, impedindo palestinos de rezar no terceiro local mais sagrado do Islã (al-Aqsa) e durante o mês sagrado do Ramadã. E tais restrições estão sendo acompanhadas da violência mais fascista contra os palestinos da Cisjordânia. Foi o caso do menino Rami al-Halhouli, de apenas 12 anos, assassinado por um franco-atirador sionista na última quinta-feira (7), quando soltava fogos de artifícios contra as forças de ocupação. Da mesma forma, fiéis, inclusive mulheres, foram agredidos com bastões no domingo, para que não entrassem na mesquita.

Paralelamente a isto, o genocídio em Gaza continua. “Israel” já matou de fome mais de 28 crianças palestinas. Segue bombardeando residências e locais de ajuda humanitária. Como vem ocorrendo desde o início do genocídio, seus ataques são direcionados contra civis apenas.

Mas, conforme dito acima, a resistência avança a cada dia. Não só as brigadas do Hamas, Jiade Islâmica e demais promovem pesadas baixas às tropas sionistas, como o povo todo se levanta em armas. Ao norte, o Hesbolá segue seus ataques contra “Israel”, contribuindo para desagregar internamente o Estado sionista. Com isto, as forças israelenses de ocupação estão cada vez mais fracas. Porém, mais desesperadas, tornando a situação cada vez mais radicalizada, mais revolucionária.

É diante desse cenário que o Hamas faz o chamado:

“Que a primeira sexta-feira do Ramadã seja um dia de escalada em todos os campos em apoio a Gaza, Al-Quds e Al-Aqsa, e em solidariedade com a firmeza de nosso povo e sua resistência contra a agressão.”

Novamente, o Movimento de Resistência Islâmica se mostra como a vanguarda do povo palestino na luta contra “Israel”, o principal representante dessa luta.

Assim, exortou também a todos os povos oprimidos do mundo a continuarem suas mobilizações de massa contra “Israel” e em defesa do povo palestino:

“Que os povos livres do mundo e aqueles com consciências vivas que apoiam nossa causa justa em todos os lugares, continuem seu movimento massivo ativo e suas marchas de solidariedade indignadas, e intensifiquem todas as formas de mobilização, apoio e participação na exposição dos crimes da ocupação e seus massacres horríveis contra nosso povo na Faixa de Gaza.”

Algo que o Partido da Causa Operária (PCO) vem fazendo diariamente desde o 7 de outubro, distribuindo panfletos, vendendo jornais e fazendo colagem de cartazes, denunciando o genocídio e expondo as mentiras do sionismo contra o Hamas e o povo palestino. E continuará fazendo, com ainda maior intensidade, até que o Hamas lidere o povo palestino ao triunfo da Revolução Palestina e ao fim do Estado nazista de “Israel”.

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