Os docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizaram um plebiscito onde 1.820 dos 2.396 votaram favoráveis a greve, a consulta registrou 62,52% de votos favoráveis e 34,06% contrários e 3,40% de abstenções.
A greve será iniciada a partir do dia 22 de abril, uma paralisação da Universidade após vinte anos sem greve, teve algumas paralisações pontuais de um dia ou 1 semana em 2016.
A movimentação traz como eixo algumas reivindicações: o reajuste salarial dos próximos três anos e a reestruturação da carreira docente.
A UFRN junta-se a paralisação de mais de 50 universidades por todo o país e 80 institutos federais que já estavam em greve na semana passada, reivindicando recomposição das perdas salariais, reestruturação de carreira e revogação de normas contra o funcionalismo aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. Contra o “congelamento”
Apesar das dimensões continentais, a greve já representa uma parte expressiva da comunidade docente, a greve já ocorre de Norte a Sul do País.
A mobilização enfrenta a política de arrocho salarial da direita, que manteve os salários dos servidores congelados por vários anos e, agora, pressiona o governo Lula para não conceder reajustes, em nome de chegar a um “déficit zero” nas contas públicas.
O governo anunciou que garantiria ao menos 4,5% de reajuste para 2025 e 4,5% de reajuste em 2026, deixando os servidores “a ver navios” em 2024. Um absurdo, a negação do reajuste em 2024 é uma afronta contra os servidores, diante da inflação acumulada desde 2017.
O governo precisa considerar é que é preciso manter sua base apoio do seu lado, até porque o momento é de crise e emparedamento do atual governo, sendo necessário atender as demandas do funcionalismo.
É hora de unificar na luta todo o funcionalismo federal, junto aos servidores das universidades, contra a política de congelamento que a direita tenta impor.