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Educação pública

Greve dos servidores tem uma pequena vitória parcial

Pela luta irrestrita por salários sem corte de ponto ou repressão dos trabalhadores

Em quase 60 dias de greve, os técnicos-administrativos da Educação alcançou uma pequena vitória. A categoria conseguiu aumentos no vale-alimentação, que passou a ser de R$1.000,00, saúde per capita no valor de R$215,00 e auxílio-creche de R$484,90. Esses reajustes nos auxílios vinham também amarrado o reajuste orçamentário para o movimento como 0% para 2024, 9% para 2025 e 3,5% para 2026.

Paralelamente ao reajuste, a categoria pleiteia a reestruturação da carreira que conta com outro orçamento e inclusive outra mesa de negociação diferente da mesa de reajuste, para que sejam implementados os valores em negociação. A carreira dos técnicos está profundamente defasada e a corrosão salarial chega a quase 70% para alguns cargos.

Um grande problema apresentado na proposta ao qual hoje o governo negocia com base nela são os valores de referência dos cargos. Na proposta, o nível superior (Nível E) passa a ser a base salarial dos demais cargos, de modo que a proposta estabelece que os técnicos de nível médio (Nível C e D) tenham remuneração de 60% do valor da remuneração dos cargos de nível superior e os técnicos de nível auxiliar (Nível A e B) tenham 40% em relação ao Nível E. O governo, em contrapartida, já se posicionou impedindo a aglutinação dos cargos D/C e B/A e propôs valores ainda menores para os cargos do PCCTAE, mas mantendo o valor de 60% como referência do nível D.

A questão é que mais de 80% do quadro de ativos são do nível D e E, ou seja, a carreira foi quase em sua totalidade terceirizada. Ao ponto que os aumentos para as categorias D e E são de fato o grosso das verbas e o grosso do impacto orçamentário do governo. Os demais cargos foram extintos e terceirizados e esse recurso tem impacto quase zero para o governo.

Na prática, reforçar essa diferença salarial entre os níveis A, B, C, D e E reforçam a política de terceirização dos cargos técnicos na universidade. É preciso lutar por mais e derrubar a proposta apresentada de 60%. A luta deve ser por percentuais maiores, de modo que os trabalhadores nível D e C correspondam a 80% do nível E e níveis B e C estejam a 60% do nível. Isso, sim, representaria ganhos reais para a categoria.

Apesar de ser de fato uma conquista do movimento sindical, ainda está aquém dos valores necessários para suprir a grande corrosão inflacionária dos salários há vários anos sem reajuste.

Os trabalhadores são o termômetro da greve e suas conquistas se devem exclusivamente a capacidade da categoria incomodar e dar prejuízo ao Estado no intuito de que suas reivindicações legítimas sejam atendidas.

A saída, infalivelmente na atual condição, é buscar incansavelmente a mesa de negociação, não pelo aparato burocrático dos Comandos Locais e Nacionais da greve apenas, mas exclusivamente chamar a mesa de negociação com o governo fruto de intensa e radical mobilização e pressão nas ruas pelos trabalhadores da base.

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