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Rio Grande do Sul

Golpista em 2016, genocida em 2024

Presidente do MDB sai em defesa do psicopata responsável pelas enchentes

No dia 22 de maio, o portal Poder360 publicou um artigo assinado pelo ilustríssimo Luiz Felipe Baleia Tenuto Rossi. Uma figura que, até ontem, ninguém sequer sabia que era capaz de escrever, visto que passou as últimas três décadas de sua vida pública puxando o saco dos poderosos em troca de alguma esmola do regime político. Deputado federal pelo MDB desde 2015, Baleia Rossi era o líder da bancada do partido de Michel Temer quando aconteceu o golpe de Estado de 2016. Futuramente, em 2019, foi recompensado com a presidência do MDB, posição que ocupa até os dias de hoje.

Bastam apenas essas observações sobre a trajetória do excelentíssimo Baleia para se dar conta de que não estamos diante de um homem de ideias, mas sim um réptil dos vampiros que estão devastando o País. Seu artigo no Poder360, portanto, vai no mesmo sentido. Assim como fez o que estava a seu alcance para garantir que o governo de Dilma Rousseff fosse derrubado pelo partido do vice-presidente da República, Baleia Rossi escreve para servir aos interesses de seus patrões.

O texto em questão se chama Um Rio Grande contra a polarização. A tese aqui é óbvia: o presidente do MDB defende que, diante de uma das piores catástrofes que acometeu o Brasil, seria preciso deixar a polarização de lado, apostar na fraternidade entre todos os seres humanos do planeta Terra e blá blá blá. Trata-se, portanto, da repetição da ladainha pregada pelo conjunto da imprensa capitalista. Vejamos o que ele diz:

“Rio Grande do Sul talvez seja o Estado mais politizado do país. Disputa política é importante. É o que mantém viva a democracia. Não obstante, o momento atual não permite qualquer tipo de politização (menos ainda polarização) em torno da pior tragédia vivida pelos gaúchos em sua história.”

Não sabemos qual é o critério que Baleia utiliza para classificar o estado como “o mais politizado”. Provavelmente, nem ele mesmo sabe – não passa de demagogia para justificar o que ele dirá logo em seguida: que o momento atual não permitiria o debate político. Isto é, defender uma ditadura.

A polarização não é uma invenção, é um fenômeno social. É a expressão inevitável do acirramento da luta de classes. A polarização não opõe “torcidas diferentes”, mas interesses diferentes, necessidades diferentes. Diante de uma catástrofe, o natural não é que essas contradições se dissolvam – muito pelo contrário, é que elas se intensifiquem. O pobre precisa mais do que nunca da ajuda do Estado, pois, sem isso, estará condenado à fome ou mesmo à morte. O capitalista, diante da estagnação econômica, precisará roubar ainda mais o Estado, pois, sem isso, poderá assistir a uma falência após a outra.

O que Baleia Rossi defende ao falar em não permitir a “qualquer tipo de politização (menos ainda polarização)” pode ser traduzido, portanto, como uma tentativa de suprimir por completo a luta entre os diferentes interesses da sociedade. Em nome de quem? E quem seria responsável por essa supressão? Será que Baleia Rossi está propondo, por exemplo, a suspensão das demissões, para que, assim, diminua a tensão social? Será que o ilustre deputado está propondo o fim dos despejos? É claro que não. A supressão da politização se resume a manter a política criminosa de exploração da população enquanto o povo fica amordaçado, sem direito a reclamar do tratamento desumano que sofre.

A cada novo parágrafo, Baleia vai revelando o quanto a sua política é autoritária:

“Em tempos de vale-tudo nas redes sociais, os ânimos se aumentaram a níveis acima do suportável, causando transtornos desnecessários num momento em que, mais do que nunca, a razão precisa prevalecer sobre a emoção. Quem prefere apontar culpados pela tragédia age de forma vil e oportunista.”

O deputado fala como se, nas redes sociais, houvesse uma infestação de comentários acusando, por exemplo, o governador” do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de ter assassinado Jesus Cristo ou de ter provocado o desastre nuclear de Fucoxima. É isso o que ele dá a entender quando fala em apontar culpados de “forma vil e oportunista”. No entanto, essa discurseira toda só serve para ocultar o fato de que há um verdadeiro culpado e que há uma enxurrada de críticas a esse mesmo culpado. O próprio Eduardo Leite confessou em entrevista à Folha de S.Paulo que sabia dos riscos de enchente, mas preferiu não agir para economizar dinheiro para os bancos! O que Baleia Rossi quer, portanto, não é evitar “julgamentos vis”, mas evitar que uma figura verdadeiramente vil como Eduardo Leite seja exposta por seus crimes.

E por que será? Ora, porque Baleia Rossi vê, em Eduardo Leite, a si próprio. Ele faria exatamente o mesmo que o governador gaúcho. Assim como foi capaz de participar ativamente de um golpe de Estado que resultou em anos de destruição neoliberal, Baleia Rossi condenaria tranquilamente o próprio povo a morrer embaixo d’água.

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