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Governo Erdogan

Golpe fracassado na Turquia, sinal que a guerra se aproxima

Crises em diversos países mostram que o imperialismo está enfrentando um dos seus piores momento o que pode levar a uma reação brutal e violenta contra os países oprimidos

De acordo com o jornal russo RT, em 15 de maio, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, dirigiu-se aos membros do parlamento com uma declaração sobre uma nova tentativa de golpe no país. Ele disse que os supostos conspiradores eram apoiadores do pregador Fethullah Gulen, que reside nos EUA.

No dia anterior, de acordo com relatos da imprensa turca, as autoridades policiais realizaram buscas na Diretoria de Segurança de Ancara, capital do país, e nas casas de funcionários de alto escalão. Como resultado das operações, um grupo de policiais foi detido sob suspeita de “conspiração para cometer um crime”. 

O Ministro do Interior, Ali Yerlikaya, publicou no X (antigo Twitter) sobre uma operação policial em grande escala em 62 províncias do país, durante a qual 544 pessoas, presumivelmente ligadas a Gülen, foram detidas. No dia seguinte, Yerlikaya alertou nas redes sociais que as autoridades turcas identificaram e vão responsabilizar todos os conspiradores dentro das instituições governamentais. 

Fethullah Gulen, é um clérigo turco nascido em 1941, fundou o movimento Hizmet, também conhecido como movimento Gülen, no final dos anos 1960. Gulen vive em exílio autoimposto na Pensilvânia, EUA. O movimento Hizmet continua a operar em todo o mundo, embora as suas atividades na Turquia sejam restringidas. Ainda segundo a RT, nos últimos anos, as autoridades turcas têm falado frequentemente sobre os gulenistas que “não conseguiram atingir os seus objetivos em 2016 e continuam a prejudicar o país”.

Essa não é a primeira tentativa de golpe na Turquia, houve uma outra, também frustrada, em 2016. Nesse momento de extrema turbulência política mundial é praticamente natural que o imperialismo esteja agindo para retirar do poder governos que eles consideram seus inimigos ou hostis às suas políticas coloniais em países atrasados. 

Durante a Análise Política de Terça na Causa Operária TV Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, falou sobre a situação na Turquia, onde considera que é normal que imperialismo esteja ameaçando o governo de Erdogan. Para ele, a localização da Turquia é de extrema importância e o tamanho da população e do exército de Erdogan são características as quais devem ser levadas em consideração. 

“Turquia é parte da OTAN, diria até que é um dos países mais importantes da OTAN dada a posição geográfica da Turquia e dado o tamanho da população turca e do exército turco. O Erdogan tem apoiado a resistência palestina, não tomou nenhuma atitude a favor da OTAN na questão russa – os russos são vizinhos da Turquia, estão ambos ali no Mar Negro. Então, lógico que o imperialismo não está feliz com essa situação”, afirmou

A primeira tentativa frustrada de golpe em 2016, desenrolou-se rapidamente na noite de 15 de julho. Tarde da noite, uma facção das Forças Armadas Turcas tentou tomar o controle de instituições e infraestruturas importantes, incluindo pontes em Istambul, edifícios governamentais em Ancara e meios de comunicação social. Eles declararam a lei marcial e impuseram um toque de recolher. A resposta de Erdogan foi rápida e eficiente, convocou a população a sair às ruas e resistir, no dia seguinte o presidente começou a reprimir e prender militares e todas as outras pessoas envolvidas na tentativa de golpe.

Atualmente o imperialismo está em uma crise total, a derrota da Ucrânia para Rússia, a situação na África, a questão do Oriente Médio, enfim, os EUA e seus aliados parecem estar tentando deliberadamente retomar seus poder e controle em todos os países que têm se rebelado. Uma situação é bem óbvia, essa tentativa de retomada será bastante violenta e agressiva. Além da Turquia, o imperialismo tentou intervir com o golpe no Congo, na América Latina, vários países estão sob controle dos norte-americanos. 

Uma matéria publicada pelo Brasil 247, assinada por Pepe Escobar, deixa claro que a situação é tensa e que estaríamos caminhando para uma guerra gigantesca. Segundo Escobar: “Estamos em pleno modo Guerra Híbrida, aproximando-nos de uma Guerra Quente na maior parte do planeta”. Para ele, o maior problema do imperialismo são Rússia, China e Irã. Lideranças do governo russo se reuniram imediatamente após a queda do helicóptero que levou à morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, com o embaixador iraniano na Rússia, Jalali.

De acordo com Escobar: Todos estavam lá: o Ministro da Defesa Belousov, o Secretário do Conselho de Segurança Shoigu, o Chefe do Estado Maior Gerasimov; o Ministro das Emergências Kurenkov, o Assessor Especial do Presidente, Levitin. A mensagem: a Rússia está com o Irã para o que der e vier.”

Outro ponto que é preciso levar em consideração, é que as tentativas de golpe do imperialismo fracassadas ou não, radicaliza ainda mais a situação mundial e dentro dos próprios países afetados, o caso da Turquia é um deles, outro é o Congo, que também passou por uma tentativa de golpe na última semana. Por exemplo, o governo congolês não é um governo de esquerda, mas a tentativa de golpe coloca todo um setor da burguesia em alerta máximo. 

Sendo assim, Rui Pimenta conclui sua análise sobre o tema golpe de Estado na Turquia da seguinte forma: “O imperialismo está levando o mundo para uma guerra de grandes proporções, isso temos que deixar claro. É importante esse raciocínio porque ele serve para entender a situação que estamos vivendo no mundo inteiro e em cada país, não só a situação internacional. Porque se o imperialismo está levando o mundo para a guerra, isso vai afetar a situação política interna de todos os países. Por exemplo, o imperialismo vai permitir que o governo Lula permaneça de pé sendo um governo simpático à Rússia, China?”

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