Segundo o portal independente de notícia, The Grayzone, mais de 25.000 ONG’S estão ativas na Geórgia. Muitas são financiadas pela UE, que financia mais de 130 “projetos ativos” e 19.000 pequenas e médias empresas no país. Entidades de inteligência norte-americanas como a USAID e a fachada da CIA, NED, também são apoiadores proeminentes do setor.
O país do leste-europeu portnato é alvo de uma clássica “revolução colorida”, ou seja, um golpe de Estado organizado pelo imperialismo por meio das ONGs. As manifestações golpistas explodiram após o governo georgiano aprovar um novo projeto de lei contra a interferência do imperialismo no país. A “lei de transparência de influência estrangeira” obrigaria organizações a divulgar publicamente seu financiamento estrangeiro.
A capital, Tiblíssi está em chamas com os protestos estimulados pelas ONGs. Há semanas, as ruas de Tibilíssi estão cheias de manifestantes que exigem que as autoridades abandonem a lei, que supostamente comprometerá o caminho da Geórgia para a adesão à UE. Apesar da enorme campanha da UE e dos EUA, o projeto foi aprovado. Em retalaliação, os EUA chegaram a ameaçar impor restrições de visto aos legisladores que apoiaram a legislação.
O primeiro-ministro Irakli Kobakhidze foi avisado por um comissário da UE que pode enfrentar o mesmo destino de Robert Fico, o líder eslovaco que ainda está no hospital após uma tentativa de assassinato por ser um opositor da OTAN e da guerra na Ucrânia. No parlamento georgiano, em 14 de maio, a deputada de oposição Tako Charkviani ameaçou: “acreditem, haverá uma revolução colorida na Geórgia”.
Objetivo: derrubar o governo para atacar a Rússia
Nos protestos financiado pelo imperialismo, manifestantes levantam a bandeira dos Estados Unidos e da Ucrânia, revelando o caráter farsesco das manifestações. As ONG’S responsáveis pelo financiamento recebem um amplo financiamento, entre elas está o Movimento Vergonha, que tem estado na linha de frente do processo golpista.
O Movimento Vergonha recebeu cerca de US$ 80.000 do NED no último ano “para promover a responsabilização democrática e a supervisão eficaz do parlamento georgiano” e “engajar ativistas regionais jovens” – instigando-os, em última instância, a remover o atual governo em prol de um lacaio do imperialismo.
O Movimento Vergonha também esteve envolvido na agitação em 2023, quando o Sonho Georgiano, partido do governo atual, tentou implementar a prmeira veresão da legislação da “lei de transparência de influência estrangeira”. Protestos violentos ameaçaram invadir o parlamento.
Um relatório do Wall Street Journal na época deixou claro o ódio da organização pelo governo, citando um porta-voz do Movimento Vergonha descrevendo o Sonho Georgiano como um procurador do Kremlin “visando aproximar a nação da Rússia e afastá-la da UE”.
Eles afirmaram que o governo “não pode sair e dizer que são pró-Rússia e anti-integração na UE porque receberiam uma enorme quantidade de reação pública, então estão tentando nos cozinhar como sapos lentamente. Eles estão tentando e fazendo tudo o que podem para sabotar o processo de integração da Geórgia na UE”.
O imperialismo arma um palco rumo a uma guerra generalizada contra a Rússia e demais países que lutam contra o imperialismo.
Nas últimas décadas, o imperialismo tem sofrido derrotas que puseram em cheque a dominação mundial. Desde 1999, quando Putin assumiu o poder e recuperou o país russo da devastação neoliberal, somado ao crescimento da China e as derrotas militares nas guerras coloniais, resultou na perda parcial da dominação imperialista.
A operação de autodefesa lançado por Putin em 24 de fevereiro de 2022 e a atual operação do Hamas e demais palestinos no Oriente Médio colocando em xeque a existência de “Israel” aumentaram drasticamente a crise. Para recuperar os “mercados” perdidos, o imperialismo anda cada vez mais rumo a uma guerra desesperada e sanguinolenta contra a humanidade.