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Imprensa burguesa

Globo quer um Lula anti-Lula

Vera Magalhães mente e tenta distorcer os interesses reais da população

No artigo Lula está com um foco, e o povo, com outro, publicado pelo jornal O Globo, a jornalista Vera Magalhães afirma que: “uma das piores coisas que podem acontecer a um governo é um presidente experimentado, que passou a vida sendo louvado pelo tino político e pela forma intuitiva como governa, se ver defendendo pautas e prioridades completamente desconectadas daquelas que a população considera mais importantes”.

Cínica como a imprensa capitalista sempre é, Magalhães finge respeitar o presidente Lula como um “estadista”, para então, desferir-lhe um golpe, criticando o presidente por defender determinadas “pautas”. E que “pautas” seriam essas? Ninguém esperaria nada diferente: “as recentes incursões de Lula em temas de política externa se mostraram completamente dissociadas das prioridades internas e mesmo da percepção que a maioria da população tem a respeito dos temas que ele aborda de improviso segundo um viés ideológico próprio, não submetido a crivos técnicos do Itamaraty, que parece ter virado um apêndice da influência do assessor especial Celso Amorim”.

Em resumo, segundo Vera Magalhães, Lula seria um bom presidente quando não falava de forma contundente sobre o genocídio na Faixa de Gaza. Quando chamou as ações de “Israel” pelo seu nome correto – de “nazismo” -, ele estaria, então, mostrando “prioridades” com um “viés ideológico”. Somos forçados a concluir, então, que presidente brasileiro bom é presidente que se cala diante do assassinato de 15 mil crianças. Presidente bom é aquele que só é capaz de dizer quatro palavras: “sim, senhor, Joe Biden”.

Vera Magalhães, além de se revelar uma jornalista com as mãos manchadas de sangue, cúmplice de uma das maiores monstruosidades da história humana, também se mostra uma mentirosa. Não é fato que a defesa da Palestina seja uma “pauta” “desconectada” do que interessa ao conjunto da população.

Muito pelo contrário. O povo brasileiro sempre foi um povo solidário aos povos oprimidos em geral. E no caso dos palestinos não é diferente: é o que os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) vêm constatando diariamente ao distribuir panfletos contra o genocídio em Gaza. O povo brasileiro é o mesmo povo oprimido e massacrado pelos capitalistas, pela polícia, pelos Estados Unidos. Para Vera Magalhães que não sai às ruas e não conversa com a população, vai aí mais uma prova de que mente: mesmo com a imprensa todos os dias caluniando aqueles que lutam e apoiam a Palestina, as mais recentes pesquisas elaboradas pelos institutos de pesquisa cujos donos são os mesmos que os dos jornais em que Magalhães trabalha, apontam que pelo menos 60% dos brasileiros têm uma visão negativa de “Israel”.

Quanto à acusação de Lula ser uma espécie de fantoche de seu assessor Celso Amorim, a jornalista teria de se decidir. Isso porque, no mesmo texto, ela afirma que “no primeiro mandato, o círculo próximo ao petista era composto de pessoas que tinham intimidade com ele e autoridade política para confrontar algumas de suas decisões”. Então, Lula seria um pau-mandado de Celso Amorim ou um ditador que não escuta ninguém?

Trata-se, pela própria incoerência do argumento, pura intriga contra o presidente da República. O que acontece é bastante evidente: a diferença entre o Lula do primeiro mandato e o Lula do terceiro mandato é o fato de que a situação política está muito mais polarizada. E isso, por sua vez, faz com que o presidente seja empurrado para tomar posições que chocam mais duramente com o imperialismo, para quem Magalhães abana o rabo.

Que o objetivo de Magalhães é tão somente defender os interesses dos bancos, e não os da população, fica claro também em outro trecho de seu artigo. Segundo ela, “bastou a arrecadação de janeiro e fevereiro crescer — fruto de fatores que podem ser sazonais, em razão de medidas adotadas pela Fazenda no ano passado, como a taxação de offshores e fundos exclusivos — para o presidente esfregar as mãos e sair defendendo mais gastos, como se o problema da percepção não tão positiva da população em relação a seu governo decorresse da falta de obras, entregas de casas ou outros projetos tradicionalmente defendidos por ele”.

Alguém realmente em sã consciência vai acreditar que a popularidade do presidente da República iria cair por falar em aumentar os gastos? Dito de outra forma: segundo a jornalista, o que o povo gostaria de ouvir de Lula é que o investimento em emprego, em saúde e em educação irá diminuir para aumentar o faturamento dos bancos. É ridículo.

E mais ridículo ainda é dizer que “a população não percebe o bom momento da economia e vê a corrupção e a segurança pública como os principais problemas do Brasil”. A população não percebe o bom momento da economia porque ele não existe: o governo é sabotado pelo Banco Central, pelo Congresso Nacional e pela imprensa golpista, de modo que não conseguiu até agora implementar sua política econômica. Mas dizer que a preocupação central da população seria segurança e corrupção seria o mesmo que dizer que a população baseia por um governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022, que é um defensor da Operação Lava Jato e da política do “bandido bom é bandido morto”.

Se fôssemos levar alguma palavra do texto de Magalhães a sério, chegaríamos à conclusão de que Lula deveria ser o anti-Lula. Isto é, um serviçal do imperialismo, como Michel Temer ou Vladimir Zelensky, que vire as costas para o próprio povo e aplauda crimes como os que acontecem em Gaza. É o que defende a jornalista de O Globo.

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