Após se destacar como o principal apoiador da resistência Palestina no Brasil, o Partido da Causa Operária (PCO) está em campanha para traduzir o apoio popular a essa política em números mais concretos. A campanha de filiação em marcha pretende filiar 10 mil simpatizantes da política revolucionária, para a Palestina e para o País.
O apoio dedicado à luta pela libertação da Palestina e contra o regime sionista valeu à direção do Partido um encontro inédito com os dirigentes do partido Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla árabe). No mês de fevereiro, no Catar, membros da direção do Partido passaram mais de 10 dias reunidos com líderes do movimento de resistência palestino, incluindo Ismail Hanié, chefe do birô político do Hamas e líder do partido árabe.
Presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta compartilhou os principais detalhes de sua viagem ao Catar e das reuniões com os líderes do Hamas, ajudando a esclarecer a natureza do Hamas e seu papel na luta do povo palestino por sua libertação nacional. Foram informações fundamentais para desmentir as falsificações disseminadas pelo sionismo e pela imprensa imperialista contra o Movimento de Resistência Islâmica.
Segundo o presidente do PCO, a reunião mais importante ocorreu no dia 17 e não foi com Ismail Hanié – que viajara na ocasião-, mas com o birô político do Hamas. “Com exceção do Dr. Abu Marzuk, que estava viajando, todos os principais dirigentes do Hamas participaram da reunião, o que nós interpretamos como um sinal de respeito muito grande por aquilo que nós estamos fazendo“, disse Pimenta
O encontro entre as direções dos dois partidos provocou uma celeuma no meio político brasileiro, com ataques de todos os setores da direita e também, da esquerda pequeno burguesa. “Dividendos do terror”, escreveu o sítio golpista O Antagonista, lembrando ainda que “o PCO esteve com seus perfis de redes sociais bloqueados de junho de 2022 a fevereiro de 2023. A medida foi imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o perfil da legenda no X, ex-Twitter, chamá-lo de ‘skinhead de toga’ e acusá-lo de preparar um //‘novo golpe nas eleições’” (“PCO calcula os dividendos do terror”, 7/3/2024).
“No sábado, 2”, continua, “o PCO compartilhou um vídeo em suas redes sociais do encontro realizado entre Rui Costa Pimenta e Hanié no Catar. Antes de o encontro vir ao ar, Pimenta tinha defendido o terrorismo como um ‘método de luta’, alegando que ‘não é um crime, não é uma maldição do inferno’”, antes de finalmente concluir: “o que dizer, então, do PCO?” (idem).
Além do Antagonista, o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) requisitou a cassação do registro do Partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, alegando não ser “permissível que o Partido da Causa Operária utilize de sua estrutura e militância para promover uma mobilização que defenda uma organização terrorista, marcada pela crueldade antissemita, assassinato de crianças e mulheres e a promoção de uma guerra santa. Defender a causa palestina é uma postura política, legitimar um grupo terrorista é um crime que não pode passar em branco”. (“Deputado quer cassação do PCO por apoio ao Hamas”, O Antagonista, 24/2/2024).
Não foi, contudo, a primeira posição frontalmente contrária ao senso comum espalhado pela máquina de propaganda imperialista.
Em 2022, logo após a eclosão do guerra entre Rússia e OTAN na Ucrânia, uma equipe de militantes fora enviada ao front trazer informações sobre o que realmente estava acontecendo no Donbas. À época, uma campanha de histeria contra a Rússia levara a absurdos como a censura dos órgãos de imprensa russos e até de pratos típicos do gigante eslavo. No Brasil, graças ao esforço do PCO, a campanha de censura do imperialismo e a tentativa de estabelecer uma só versão sobre os acontecimentos fracassou.
Ainda antes da Rússia, outro grupo revolucionário muito caluniado pela propaganda imperialista foi o Talibã. Após 20 anos de uma ocupação criminosa comandada pelos EUA, o povo afegão em armas, sob a liderança do Talibã, libertou a pobre nação asiática da submissão ao imperialismo norte-americano. O acontecimento heroico foi enviesado pela artilharia identitária, que demonstrava claramente ser uma doutrina orientada aos interesses do imperialismo, sendo por isso, defendido pelo PCO e mais nenhuma outra organização da esquerda nacional, que caíra na cilada identitária para atacar a revolução afegã e posicionar-se ao lado da direita, que atacava o levante afegão também, mas em uma defesa natural de seus próprios interesses.
Além destes eventos, o PCO também tem uma histórica e tradicional posição de defesa do regime venezuelano em sua luta contra o imperialismo. Em fevereiro de 2014, por exemplo, denunciando que “a extrema direita promoveu mobilizações estudantis com o objetivo de derrubar o governo nacionalista de Nicolás Maduro. “O PCO condena”, disse a nota, “a política dos governos burgueses, de desarmar os trabalhadores”, acrescentando: “essa política, que acontece devido ao medo das massas e à confiança na democracia burguesa, é suicida”.
Além disso, há as recorrentes atividades em favor de Cuba, como o Domingo Cultural, que desde 2023 – pelo menos -, tem sido realizado em apoio à luta do povo cubano por sua soberania, contra o embargo genocida promovido pelo imperialismo norte-americano contra a Ilha, contando com a participação do cônsul do País em São Paulo. São atividades que reforçam a determinação do PCO e de sua militância para enfrentar o imperialismo. Você também pode apoiar essa luta pelo simples fato de se filiar ao Partido, declarando assim seu apoio a política de luta contra a ditadura mundial, sem que isso represente algo além do apoio ao PCO.