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Valéria Guerra

Historiadora, artista (atriz) sob DRT 046699-RJ. Jornalismo UMESP-SP, término neste ano corrente. Bióloga e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Colaboradora textual do Site Brasil 247 há 4 anos. Escritora com livros publicados e textos para inúmeras Antologias, inclusive concursos de textos teatrais. Mestrando em psicologia da Educação. Escreveu o livro “Eu preciso de um Hulk” que se transformou em peça homônima

Coluna

Feliz resistência 2024!

O governo federal precisa atrelar o recebimento do Fundeb ao pagamento do piso, respeitando o plano de carreira e o tempo de serviço dos professores

Tragédia e farsa são versões dúbias de personagens mundiais. Personagens que se sentaram em cadeiras ou tronos de poder. Sim, a tragédia em seu conceito é um gênero literário e teatral que remonta à Grécia Antiga, mais especificamente ao século V a.C. Ela se caracteriza por apresentar histórias dramáticas, geralmente com finais trágicos, que exploram os conflitos humanos, as paixões desenfreadas e as consequências inevitáveis de ações impensadas.

E a farsa por sua vez consiste em uma forma de entretenimento que tem como principal objetivo fazer rir o público. Ela utiliza-se do humor e do exagero para criar situações cômicas e divertidas. Além disso, a farsa também possui um caráter crítico, pois muitas vezes utiliza-se do riso para questionar e criticar os costumes e autoridades da época.

E o filósofo germânico Hegel observou em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: “a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Realmente a história pode se repetir, e aí de nós povo, que fazemos parte dela como simplórios vilipendiados e debochados no palco das desigualdades sociais, devemos sorrir de fome, morrer de dor, gritar de medo ou trabalhar sob a chibata de um escravagismo tórrido, que não vê cor, sexo, religião, e sim gente que possa produzir mais-valia, sem saber nem sequer o que significa o termo.

E um novo ano está presente, e nos desafia a sobreviver para que “eles” gozem a vida. Até quando? A resistência, vai muito além do batismo de bichinhos queridos de estimação, mas é uma forma democrática de dizer NÃO a espoliação milenar do Homem.

Foi assim que ocorreu com o advento da Vigília LULA LIVRE, CONTESTADO, REVOLTA DA VACINA, A GREVE DE 1917, CANUDOS, QUILOMBOS, e tantas outras sublevações históricas em nosso país. Viver ou sobreviver? Eis a questão.

O teatro é uma forma de resistência, e dependendo da peça, poderá revolucionar. Infelizmente as novelas, minisséries, e reportagens diárias que soçobram na chamada Mídia tradicional, comprometida com os interesses burgueses de uma elite atrasada, e colonialistas, impede a população de conhecer a verdade por trás da grande FARSA, que ocasiona uma grande TRAGÉDIA, nas vidas funestas de pedintes, professores, profissionais liberais honestos, ou qualquer ser que vegeta em busca de novos horizontes, que nunca serão alcançados, pois o sistema vigente já está combinado, e se traduz na política do assistencialismo. Educar é resistir, resistir para melhor educar deve ser o lema de 2024, caso fosse eu ministra da Educação, sim, se tal sorte efêmera me contemplasse, os melhores salários da Casa federal, estadual e municipal, seriam dos professores. Através de decretos, ou o que o valha, realmente eu faria uma verdadeira revolução, e todo o desmando e clientelismo seria varrido das teias das governanças, do parlamento, e todas as secretarias comprometidas com uma deseducação (lamentavelmente) ainda vigente.

Vidas perdidas por balas achadas, tem o endereço de médicos (como foi com o irmão da deputada Sâmia Bonfim), e tantas outras centenas de vitimados. Não se tem nada a comemorar quando o piso do magistério sofre um tímido reajuste. E especialmente no Rio de Janeiro, onde o fragmento abaixo comprova o que eu afirmo:

“O Diário Oficial da União publicou, no dia 29 de dezembro, a Portaria Interministerial MF/MEC no 7, com a atualização do valor do piso nacional do magistério. Com a publicação, o valor do piso foi reajustado de R$ 4.420,55 para R$ 4.580,57, para uma jornada de 40 horas.

De acordo com a Lei Federal 11.738/2008, para se chegar a esta atualização, deve se definir a diferença percentual do Valor Aluno Ano do Ensino Fundamental Urbano – VAAF do FUNDEB, de dois anos anteriores.”

Mais triste e revoltante ainda é ler o depoimento de uma docente do Estado fluminense, ao lado:

“E continuaremos sem receber o piso nacional do magistério.

O governo federal precisa atrelar o recebimento do Fundeb ao pagamento do piso, respeitando o plano de carreira e o tempo de serviço dos professores.

O governo federal precisa punir os governos que continuam sem cumprir a LEI do piso.

Enquanto isso não acontecer, o dinheiro continuará sendo desviado.”

Neste momento estou de pé batendo palmas para esta profissional, que deu “sangue, suor e lágrimas” para se graduar, e concorrer a uma vaga pública, para exercer a profissão mais nobre do mundo, que é lecionar, ofertar conhecimento e cultura aos seres chamados de alunos, seres em processo de alumiação, que, no entanto, são debochados, ultrajados e subutilizados por governos que se sentem como monarcas. Ainda bem, que existe uma luz no final do túnel, ou estou enganada?

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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