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Explosão em Campinas

Esquerda aproveita acidente para fazer campanha contra armamento

Esquerda 190 faz campanha para aumentar as penas para quem tem armas e defende perseguição de quem se coloca a favor do armamento

O articulista da página Brasil 247, Moisés Mendes, aproveitou a repercussão do apartamento incendiado em Campinas devido ao arsenal de armas ali guardado pelo general reformado Virgílio Parras Dias para bradar contra o direito dos cidadãos brasileiros de se armarem em sua coluna com o título “Seu vizinho tem um barril de pólvora do outro lado da parede”.

Ele embarca em uma especulação tipicamente associado ao cidadão pequeno-burguês, que procura incutir o terror nas outras pessoas, através de projeções malucas de suas próprias paranoias. Segundo ele, “Pode existir um paiol com pólvora, armas e munições, como esse encontrado em Campinas, aí do lado da sua parede. No apartamento do seu vizinho cordial, aquele que todo o prédio respeita e até admira”.

Isso significaria, portanto, que todos devem viver apavorados e suspeitando de cada um de seus conhecidos porque é provável que eles tenham em sua posse armamentos que estejam prestes a causar algum tipo de acidente.

Além disso, Mendes já corre a tachar o cidadão de “bolsonarista” e insinua que este seria “depositário de armamento de manés dos CACs dispostos a formar o Exército de Bolsonaro”. Não ocorre a ela que o general possa simplesmente ser alguém que goste de armas, o que é natural tendo em vista sua profissão, e resolva colecioná-las, prática comum entre boa parte dos seres humanos.

Mendes clama para que a sociedade brasileira desenvolva uma preocupação de tipo policialesca com qualquer pessoa que apoie o direito básico dos cidadãos de se armarem. Ele diz: “É hora de se perguntar, como inquietação dos democratas, incluindo os que agora leem esse artigo: quantas armas e munições há no apartamento do seu vizinho armamentista?”.

A inquietação implicaria em chamar a polícia contra qualquer pessoa que afirme ser a favor de permitir que os cidadãos brasileiros tenham armas em casa, o que levaria a uma onda de perseguição contra uma boa parte da sociedade.

Ele continua, na tentativa de embarcar em uma campanha de total perseguição contra os CACs e pessoas que tenham armas legais: “Alguém imagina que CACs têm lugares apropriados para armazenar armas? Que tenham depósitos longe das residências? Que guardem revólveres, fuzis e munições em cofres e bunkers?

As armas deles estão aí ao seu lado. São 3 milhões de armas cadastradas no Brasil. A metade em situação irregular, com registro vencido. As armas clandestinas estão dentro das casas dos armamentistas”.

A campanha anti-armamentista da esquerda alcançou um patamar totalmente absurdo em seu direitismo. Cedendo a uma pressão da burguesia que quer desarmar toda a sociedade para que a sua dominação não corra nenhum risco, vê-se uma boa parte dos esquerdistas expressando sua paranoia com as armas e pedindo para aumentar as penas e perseguir todas as pessoas que defendam e que possuam seus próprios armamentos.

É preciso ter claro que o direito a se armar é algo pelo qual Lênin e qualquer revolucionário no mundo sempre lutou. Não existe revolução sem armas. A defesa do desarmamento é a defesa de um povo manso e que apanha sem revidar.

Além disso, se trata de um direito básico de todo cidadão. Uma reivindicação democrática e tradicional da esquerda revolucionária. Nos EUA, onde a Constituição tem um aspecto bem mais democrático do que a brasileira, é um direito de todos. Também lá, há uma luta, principalmente partido da esquerda pró-imperialista e confusa, para desarmar o povo, conforme os interesses da burguesia mais poderosa e criminosa do planeta.

Moisés Mendes, em sua cruzada, pede aumento de penas e punições para todos que estiverem armados: “O delito pela posse de arma com registro vencido não dá nada. Por decisão do STJ, quem tem arma ilegal em casa, porque não renovou a licença, comete apenas uma irregularidade administrativa, e não um delito penal”, queixa-se, indignado.

Trata-se de mais uma prática da esquerda atual que vem destruindo a sua relação com o povo e a sua confiabilidade diante da classe operária: a mania de chamar a polícia e de clamar aos legisladores e aos juízes que aumentem a punição para a população por tudo que eles considerem errado.

Dessa forma, não é possível travar uma luta política com o bolsonarismo. Defendendo pautas impopulares e defendendo que todo o povo se desarme diante de uma polícia armada até os dentes e de uma direita guardando armas e munição em seus apartamentos.

É preciso combater o anti-armamentismo dentro da esquerda e reivindicar que o povo possa se armar sem a ingerência do Estado. Trata-se de um princípio básico não só da esquerda revolucionária, mas dos defensores dos direitos democráticos mais básicos e portnato deve ser defendido a todo momento.

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