Na última terça-feira (28), o embaixador da República do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam Ghadiri, recebeu na sede da representação diplomática representantes das principais organizações sociais do País, tais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de partidos políticos, como PT, PCO, PSB, PCdoB, PSOL, PCB e da Secretaria Geral da Presidência da República (responsável pela articulação com os movimentos sociais), para um jantar.
O evento, previsto desde a posse do embaixador, poucos meses atrás, ocorreu no momento em que o Irã passa por um luto diante da morte de seu presidente e de outras autoridades iranianas há duas semanas.
Estreitando laços
Em seu discurso, o embaixador destacou a disposição de seu país em aprofundar as relações com o Brasil, reconhecendo a importância do nosso país no cenário internacional. Ele ressaltou o caráter complementar das economias de ambos os países, destacando que as relações bilaterais superaram a marca de oito bilhões de euros, superior às do Brasil com vários países da Europa. Também enfatizou a visão compartilhada sobre as questões globais e internacionais, sobretudo na área do multilateralismo, destacando a importância da adesão do Irã ao BRICS.
Dentre os seis dirigentes de movimentos sociais e da esquerda que usaram da palavra, o dirigente do PCO, Antônio Carlos Silva, além de, mais uma vez, expressar as condolências e a solidariedade diante das perdas do povo e da República do Irã e agradecer o convite, destacou que os inimigos dos povos de todo o mundo, em meio à dor do povo iraniano, procuraram – sem sucesso – semear cizânia e divisão entre os iranianos e, por meio de seus servos, o regime fascista sionista de “Israel”, cometeram outro enorme crime de guerra, bombardeando um acampamento de refugiados.
Eixo da Resistência
Antônio Carlos reafirmou a importância de somar forças ao lado do Irã que, neste momento, é a mola mestra da luta do Eixo da Resistência, que reúne, além da heroica resistência palestina, vários outros combativos movimentos e países da região no mais importante processo revolucionária de luta de massas contra a dominação imperialista de todo o mundo. Isso enquanto os países imperialistas intensificam seus ataques e provocações que devem levar o planeta, infelizmente, a novos conflitos, para fazer valer seus interesses contra a maioria da humanidade.
Bem ao contrário do que diz a propaganda imperialista e até mesmo setores da esquerda, que se confundem com as aparências, defender o Irã e somar forças com sua luta é parte fundamental da luta contra o imperialismo, questão decisiva para a vitória dos povos oprimidos sobre a dominação imperialista e a destruição do capitalismo.
O companheiro conclui com saudações à Revolução e à República do Irã, à luta do povo Palestino e à unidade na luta dos povos oprimidos pelo imperialismo.
Abaixo, o vídeo com a intervenção do dirigente do PCO: