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Guerra no Leste Europeu

Em estado terminal, Ucrânia muda leis de recrutamento

Nesta quinta-feira, dia 11 de abril, o parlamento ucraniano aprovou alterações na legislação de mobilização militar que, na prática, impõe recrudescimento do recrutamento.

Nesta quinta-feira (11), o parlamento ucraniano aprovou alterações na legislação de mobilização militar que, na prática, tornam ainda mais rígidas as leis sobre o recrutamento militar. A nova normativa trata apenas da mobilização, expondo um esforço desesperado de repor tropas no front.

Quais as alterações?

O novo texto exclui possibilidades de isenções ao serviço militar, impondo penalidades para os recrutas que burlarem a convocação. As novas regras seguem para sanção do presidente ucraniano fruto da “revolução colorida”, Volodymyr Zelensky, provavelmente entrando em vigência com as nova lei que prevê redução na idade mínima para o alistamento militar de 27 para 25 anos, sancionada com legislação que prevê compartilhamento de banco de dados de homens entre 17 e 60 anos, sem consentimento desdes.

A parte da legislação que tratava sobre desmobilização foi retirada a pedido do novo comandante das Forças Armadas, general Oleksandr Syrskyi. Inclusive a normativa de dispensar por tempo de serviço, após 36 messes de combate.

O Ministério da Defesa, ratificou a posição de Syrskyi, afirmando que este “compreende a situação operacional” e “as ameaças e riscos que o Estado enfrenta”. O Syrskyi afirmou que o contingente mobilizado “consideravelmente reduzido” com supostamente 500 mil homens.

Crise do alistamento

Segundo a BBC, 19.740 homens ucranianos cruzaram as fronteiras com países vizinhos, como Moldávia, Polônia, Hungria, Romênia e Eslováquia, para fugir da convocação de serviço na Guerra da Ucrânia desde fevereiro de 2022. Outros 21 mil homens ucranianos foram capturados ao tentarem sair do território ucraniano ilegalmente.

Uma fonte de combatentes das forças ucranianas vinha do exterior, era inicialmente estimado um corpo de 20 mil estrangeiros nesta. Atualmente as autoridades reconhecem que esse numero essas forças não ultrapassam os 3 mil homens.

Segundo o porta-voz do serviço de inteligência militar da Ucrânia, Andriy Cherniak, o perfil inicial desses combatentes estrangeiros tinha um viés ideológico, supostamente “a defesa do modelo de democracia ocidental contra o neoimperialismo russo” ou a “manutenção da soberania da Ucrânia”. Atualmente esses combatentes são reconhecidamente mercenários, lutando apenas pelo soldo.

Morte lenta

Não há nenhuma grande novidade na Guerra da Ucrânia e Rússia, uma guerra por procuração onde o imperialismo, grande sucesso, tentar utilizar seu Estado vassalo para desgastar a Rússia em sua luta pela independência e sobrevivência.

O enclave imperialista perturba a situação política região desde 2014, evoluindo para conflito aberto em fevereiro de 2022. Desde abertura do conflito, o quadro evoluir favorável a Rússia, com esta demonstrando sua supremacia no último período, não havendo nas últimas semanas nenhuma alteração significativa na situação.

Algumas forças políticas ucranianas reconhecem que utilizar recrutas mais jovens ocasionar um alto custo humano. Considerando esta política como “suicida” a médio prazo, prejudicando a reconstrução do país após cessar-fogo ou fim do conflito.

Sufocando

As forças militares ucranianos estão asfixiados pela escassez de munições e armamentos, tornando os fronte em moedores de combatentes ucranianos. Este sofrem ainda mais com a retirada da limitação do tempo de serviço, nas palavras de Inna Sovsun há “a impressão de uma passagem só de ida”.

Mesmo com as baixas do contingente sendo mantidas em segredo, a eficiência das Forças Armadas ucranianas despenca. Sua taxa de interceptação dos foguetes russos caiu de 80% em 2023, para 60% em 2024.

Desgaste estratégico

A baixa na interceptação de projéteis ucraniana, permitiu que Exército russo siga desde março, destruindo sistematicamente o sistema energético ucraniano. Segundo o ministro da Energia do ucraniano, Herman Galushchenko, em 8 de abril, a Força Aérea russa havia nas últimas semanas danificado 80% das centrais térmicas e mais de 50% das centrais hidroelétricas.

O setor elétrico, entre outros estratégicos da Ucrânia, sofrem sob ação das forças russas, que agem quase cirurgicamente para atingir alvos estratégicos. Recentemente as forças russas atingiram instalações em Kiev, Zaporíjia, Odessa e Lviv.

Terrorismo de Estado

O ataque com aeronaves não tripuladas, a um dormitório de estudantes da Universidade Politécnica de Yelabuga. Alvo civil na região russa do Tartaristão, há mais de 1200 km da fronteira com a Ucrânia, denuncia uma política desesperada de terrorismo de Estado de Kiev.

“Esta manhã, empresas da república em Yelabuga e Nizhnekamsk foram atacadas por veículos aéreos não tripulados. Não há danos graves, o processo tecnológico das empresas não é perturbado. Em Yelabuga, infelizmente, há vítimas em consequência da destruição das instalações. Eles recebem toda a ajuda necessária”. Publicou no Telegram, o governador da região, Rustam Minnikhanov.

“O regime de Kiev continua a sua atividade terrorista. Nós e os nossos militares, em primeiro lugar, estamos trabalhando para minimizar esta ameaça e, posteriormente, eliminá-la completamente”, afirmou, o secretário de Imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov.

“Esta é mais uma questão da competência do Ministério da Defesa, dos nossos serviços especiais, que estão combatendo essa ameaça do regime de Kiev.” Completou Peskov.

Este não é um caso isolado, recentemente um atentado a uma casa de shows em Moscou deixou 143 mortos, os investigadores russos apontam haver “vínculos com os nacionalistas ucranianos” e que os autores receberam “importantes” somas de dinheiro da Ucrânia.

Quadro falimentar

As notícias recentes de desagregação das forças ucranianas somadas a táticas de terrorismo de Estado, apenas reforçam nossas avaliações anteriores, a situação da Ucrânia é falimentar.

Não há perspectivas de alterações favoráveis a Ucrânia, entretanto o imperialismo segue utilizando-a numa tentativa de desgaste da Rússia. O custo dessa política a população dos países dominados pelo imperialismo será imensurável, com suas consequências propagandas por gerações, assim como o sofrimento que lhe é imposto para defesa de interesses externos.

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