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Congresso Nacional

Deputados cúmplices do genocídio querem impeachment de Lula

Parlamentares bolsonaristas-sionistas prometem protocolar pedido de investigação do presidente da República até o dia 20 de fevereiro

No último domingo (18), deputados federais bolsonaristas e sionistas divulgaram uma lista de assinaturas com pedido de impeachment contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A alegação dos parlamentares é de que Lula teria cometido “crime de responsabilidade” ao comparar o que o Estado de “Israel” está fazendo na Faixa de Gaza às ações da Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

A declaração de Lula ocorreu na Etiópia, quando o presidente participava de uma reunião da cúpula da União Africana, no mesmo dia em que os deputados divulgaram seu pedido de impeachment. Disse o presidente:

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.”

Em entrevista ao portal Poder 360, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) prometeu protocolar o pedido de impeachment até o dia 20 de fevereiro. Disse ela:

“Lula incentiva a injúria racial, e incorre em crime de responsabilidade previsto no art 5° da Constituição Federal, o que corrobora também com a fala do 1° Ministro de Israel que demonstrou de imediato seu veemente repúdio.”

Mais que “veemente repúdio”, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, convocou seu embaixador no Brasil para Telavive. Além disso, impôs uma “reprimenda” ao embaixador brasileiro em “Israel”, Frederico Meyer, que foi constrangido a visitar o Museu do Holocausto. A medida foi considerada um “show” por integrantes do governo, de acordo com o jornal Valor Econômico. Além da convocação do embaixador no Brasil, o governo israelense ainda rotulou o presidente brasileiro como persona non grata – isto é, uma pessoa que não seria bem-vinda em “Israel”. Por meio de suas redes sociais, Israel Katz, ministro das Relações Exteriores da entidade sionista, declarou:

“Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate.”

O crime de responsabilidade é previsto pela Lei nº 1.079/1950. O trecho no qual os deputados deverão embasar o pedido de impeachment é o artigo 5º, inciso 3: “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Com exceção do próprio Estado de “Israel” e de seus apoiadores no Brasil, em que se incluem os deputados federais bolsonaristas e organizações como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), as palavras do presidente Lula foram vistas com normalidade e, inclusive, celebrada pelos que se opõem ao genocídio na Faixa de Gaza.

Breno Altman, jornalista filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e alvo de vários processos de censura impetrados pela Conib, afirmou, em suas redes sociais:

“Diante dos ataques abjetos do governo Netanyahu, ao considerar o presidente Lula ‘persona non grata’ para o regime sionista, o Brasil está absolutamente legitimado para expulsar o embaixador israelense e tomar outras medidas soberanas. Todo apoio ao presidente Lula!”

Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), também saudou o presidente da República:

“Muito bem! É preciso defender a posição de Lula sobre o nazismo israelense.”

Por fim, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), partido que governa a Faixa de Gaza, declarou:

“Apreciamos a declaração do Presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu aquilo a que o nosso povo palestino está a ser submetido na Faixa de Gaza como um Holocausto, e que o que os sionistas estão a fazer hoje em Gaza é o mesmo como o que Hitler nazista fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Esta declaração surge no contexto de uma descrição precisa daquilo a que o nosso povo está exposto e revela a enormidade do crime sionista cometido com disfarce e apoio aberto pela administração norte-americana liderada pelo presidente Joe Biden.”

O genocídio denunciado pelo presidente Lula já é responsável, em apenas quatro meses, por atingir diretamente cem mil pessoas – isto é, 5% de toda a população da Faixa de Gaza. Mais de 29 mil pessoas foram mortas pelos bombardeios de “Israel”, de acordo com as fontes oficiais. Em sua maioria, crianças e mulheres. Mais de 60 mil pessoas se encontram desaparecidas ou gravemente feridas.

Os números espantosos na Faixa de Gaza são o resultado da política deliberada de “Israel” de ter a população civil como principal alvo. Hospitais inteiros, escolas, prédios, mesquitas e ambulâncias foram destruídos pelas forças de ocupação. Assim como médicos e jornalistas estão entre os alvos prioritários da entidade sionista, de tal forma que a destruição em Gaza, além das mortes por bombardeios, também chega através da fome, de doenças contagiosas e pela supressão da vida cultural do povo palestino.

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