Aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobrás no dia 24 de maio para a presidência da empresa, Magda Chambriard, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a demissão de Jean Paul Prates – também eleita como membro do conselho -, passou a ser um dos novos alvos prediletos da imprensa capitalista e de demais defensores dos interesses dos especuladores que roubam bilhões da Petrobrás e do povo brasileiro.
Ataques especulativos
Sua nomeação foi precedida de um ataque especulativo no qual a Petrobrás perdeu cerca de 10% do seu valor de mercado (cerca de R$50 bilhões), na jogatina da Bolsa de Valores, mostrando a insatisfação dos abutres capitalistas com a demissão do ex-presidente Jean Prates.
Ela, que foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff, fez declarações, em sua primeira entrevista coletiva, assumindo posições que foram atacadas pelos “analistas” do “Partido da Imprensa Golpista” (PIG), ardorosos defensores dos interesses dos acionistas privados da Petrobrás.
Dentre elas, está a de que pretende “expandir a produção, explorando novas fronteiras para a extração de óleo e gás, mostrando-se disposta cumprir essa promessa de forma rápida – aliás, ‘tempestiva’, expressão que repetiu seis vezes no seu curto pronunciamento“, segundo assinalou o jornal Valor Econômico, do direitista grupo O Globo.
Fica evidente que, pressionado pelo cerco que sofre da burguesia golpista, o governo Lula, no caso da Petrobrás, deu uma guinada à esquerda. A nova presidenta, bem como o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), intensificaram a defesa da exploração do petróleo na Margem Equatorial e a retomada de investimentos da companhia no mercado interno, principalmente no que diz respeito a “acelerar os investimentos na produção, refino e comercialização” (idem).
Magda x Marina?
Cinicamente, a direita travestiu seus ataques de “preocupação com questões ambientais”, falando de “segmentos sociais preocupados com a mudança climática“. E a principal “advogada” no governo dessa política contrária aos interesses do povo brasileiro é – desde a posse – a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
O tucano grupo Folha insinuou que “o Palácio do Planalto avalia que a permanência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no governo será colocada em teste com a posse da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard“.
Não vai demorar para que Silva ganhe ainda maior destaque para atacar a política do governo Lula a favor da exploração da riqueza nacional, como já vem fazendo há tempos.
Uma política dos trabalhadores
É preciso deixar totalmente para trás a política de favorecimento dos tubarões e a favor do imperialismo, é preciso garantir a exploração de 100% do nosso petróleo, a nacionalização do petróleo e de todas as riquezas minerais, para que a imensa riqueza do petróleo seja destinada à melhoria de vida do povo brasileiro.
É necessária uma ampla mobilização de toda a esquerda, das organizações do movimento operário, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação Única dos Petroleiros (FUP), dos sindicatos e de demais organizações populares para se contrapor à pressão da direita e lutar, defendendo, também, a reestatização da Petrobrás (100% estatal), sob o controle dos trabalhadores, e a volta do monopólio da Petrobrás na exploração do petróleo.