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Hamas

‘Com o sangue dos mártires, criamos nossa liberdade’, diz Hanié

Atentado responsável por matar filhos e netos do líder revolucionário reafirmam a fraqueza de "Israel" diante da grandeza do povo palestino em armas

Contrariando a propaganda para tolos de que os líderes da vanguarda palestina estariam distantes dos acontecimentos em Gaza, o chefe do birô político do partido Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla árabe), Ismail Hanié, teve três de seus filhos e quatro netos assassinados na última quarta-feira (10). O governo nazista de “Israel” assumiu a autoria do atentado, realizado por meio de um drone, que atingiu o carro em que a família se deslocava no campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave sitiado, próximo à cidade de Gaza. Segundo Hanié, eles viajavam para vistar parentes durante o feriado palestino de Eid al-Fitr (cerimônia que marca o fim do jejum do Ramadã).

Os sionistas anunciaram que tinham a intenção de matar Amir, Mohammed e Hazem Hanié, que segundo a ditadura, estariam “prestes a realizar um ato terrorista”, disseram as forças armadas da ocupação em nota. Sobre os netos de Hanié mortos (três meninas e um menino), nenhuma declaração foi dada pelo regime israelense. O dirigente do Hamas nega também que qualquer um dos assassinados tivesse ligação com o partido ou a Resistência Palestina.

No Telegram, o Hamas publicou uma nota, se solidarizando com o dirigente, cujos familiares foram assassinados:

“Em nome de Alá, o Misericordioso, o Compassivo

 

“Anuncia aos pacientes que, quando ocorre uma desgraça, dizem: ‘Certamente, pertencemos a Alá e a Ele retornaremos.’ São aqueles sobre os quais repousam bênçãos de seu Senhor e misericórdia. E são eles os guiados.’

 

Com sinais de orgulho e dignidade, com mais aceitação, submissão, fé, paciência e firmeza no caminho da adversidade, e continuando a jornada da heroica Enxurrada de Al-Aqsa, congratulamo-nos com o líder irmão e combatente, Ismail Hanié, chefe do bureau político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), pelo martírio de sete de seus filhos e netos, os mártires: Hazem, Amir, Mohammed, e seus filhos: Mona, Amal, Khaled e Razan, após um ataque sionista traiçoeiro e covarde que os alvejou no campo de Al-Shati’ no primeiro dia do Eid al-Fitr, enquanto estavam unidos com seu povo em uma trincheira, juntando-se ao cortejo de cerca de 60 mártires da nobreza heróica da família Al-Hanié, e os comboios de mártires de nosso nobre e justo povo na batalha do Dilúvio de Al-Aqsa.

Enquanto lamentamos os comboios de mártires de nosso povo que ascenderam no abençoado dia do Eid al-Fitr, e seu sangue puro misturado com a terra de Gaza da dignidade, e suas almas e corpos unidos na jornada da Enxurrada de Al-Aqsa, firmes na terra, defendendo as santidades, e sacrificando vidas e almas, afirmamos o seguinte:

Primeiro: Nosso povo, em todas as suas componentes e espectros, está unido no caminho da libertação e do retorno, na doação, paciência, sacrifício e martírio, apresentando o sangue e as almas de seus líderes, símbolos, seus filhos e netos, assim como todos os filhos do povo palestino nesta jornada abençoada.

Segundo: O direcionamento do exército de ocupação nazista aos líderes do movimento, seus filhos e famílias é apenas uma tentativa desesperada de um inimigo falido no campo de batalha, aterrorizado pelos golpes da resistência, bravura e emboscadas cerradas contra seu exército covarde, não conseguirá quebrar a vontade de resistência de todos os membros do movimento e do grande povo palestino na Faixa de Gaza, mas apenas aumentará sua firmeza e determinação em continuar a batalha até que a ocupação seja derrotada e as aspirações de nosso povo pela libertação e retorno sejam alcançadas.

Terceiro: A ocupação sonha delirantemente que intensificar seu terrorismo, guerra de genocídio e bombardeio bárbaro contra os civis desarmados de nosso povo na Faixa de Gaza alcançará um marco no processo de negociação após o seu fracasso total em alcançar qualquer um de seus objetivos agressivos. Este sangue puro que jorrou na terra de Gaza da dignidade hoje, esses sacrifícios e heroísmos, alimentarão o apoio popular à resistência, incendiarão a resistência contra o inimigo sionista e inspirarão a determinação dos combatentes no terreno até a derrota e eliminação da ocupação.

Misericórdia para os comboios dos mártires de nosso justo povo, cura para os feridos e doentes, liberdade para os prisioneiros e detidos nas prisões do inimigo, e vitória para nosso povo e nossa resistência, é de fato um jiad de vitória ou martírio.

 

Movimento de Resistência Islâmica – Hamas

 

Quarta-feira: 1 Shawwal 1445 Hijri

Correspondendo a: 10 de abril de 2024”

 

Além do Hamas, líderes dos demais partidos da Resistência Palestina e de outros partidos revolucionários árabes, também envolvidos na luta contra a ditadura de “Israel”, expressaram condolências e solidariedade ao líder.

O líder revolucionário reagiu ao ataque e em entrevista à rede de TV do Catar Al Jazeera, informou que cerca de 60 membros de sua família, incluindo sobrinhas e sobrinhos, foram mortos desde o início da guerra, dizendo também que “com o sangue dos mártires e a dor dos feridos, criamos esperança, criamos o futuro, criamos independência e liberdade para nosso povo e nossa nação”.

Também à Al Jazeera, declarou que “o sangue de meus filhos não é mais caro do que o sangue de nosso povo” e acrescentou:

“O inimigo estará se iludindo se achar que atingir meus filhos, no clímax das negociações [de cessar-fogo] e antes que o movimento envie sua resposta, fará com que o Hamas mude sua posição”.

Nesta última declaração, reside uma questão importante do momento. Desde o ataque à manifestação dedicada à memória do ex-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, general Qasem Soleimani (morto em 2020 pelos EUA), “Israel” vem utilizando táticas terroristas para tentar arrefecer o espírito de luta dos povos do Oriente Médio. O atentado contra a manifestação iraniana foi um dos primeiros de muitos ataques realizados pelos sionistas, incapazes de qualquer ganho militar ou político, salvo a tentativa torpe de aterrorizar as vítimas.

Tradicionalmente, o terrorismo é uma tática usada por grupos mais fracos que, ante a incapacidade de enfrentar forças mais poderosas, recorrem a métodos que visam abalar o moral do oponente. É o que “Israel” reconhece ao fazer uso de atentados, uma tentativa desesperada de arrefecer o ímpeto revolucionário do povo palestino. O fenômeno é reforçado pela constância com que os sionistas usam táticas de terror.

Sabá Avad al-Salam Hanié, irmã do dirigente revolucionário, foi raptada pelas forças sionistas no último dia 1º em Tel Sheva, no sul de “Israel”. Em comunicado, a polícia israelense declarou que, durante uma batida na casa de Sabá Avad, os policiais encontraram documentos, jornais, telefones e outras evidências que a ligavam a “graves crimes de segurança”. Quais seriam os “graves crimes de segurança”, os sionistas não se dedicaram a elaborar, assim como uma explicação de porque uma mulher com o mesmo sobrenome de um dirigente do Hamas vivendo no território israelense seria uma ameaça, mas foi exatamente o que alegaram para sequestrá-la.

O assassinato dos filhos e netos de Hanié, embora monstruoso e trágico, é um reforço à percepção geral de que até mesmo no campo militar, “Israel” está sofrendo uma derrota monumental, amplamente reconhecida entre os dirigentes do Estado sionista. É um reconhecimento da própria fraqueza diante da grandeza e do heroísmo da insurreição revolucionária do povo palestino em armas.

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