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Rio Grande Sul

Com medo da imprensa, esquerda defende ‘autonomia’ de Leite

Jornalista do Brasil 247 escreve artigo contra a ideia de uma intervenção federal

No artigo Intervenção federal no Rio Grande do Sul é ideia de jerico, publicado no Brasil 247, o jornalista Moisés Mendes procura apresentar argumentos contra a ideia de uma intervenção federal do governo Lula no Rio Grande do Sul.

O primeiro argumento é simplesmente incompreensível:

“É desrespeitosa com o gaúcho, por ignorar sua história e sua índole belicista e também o drama que enfrenta hoje.”
“Desrespeitosa”? Alguém realmente acha que a prioridade do gaúcho hoje é preservar sua “índole belicista”? Seja lá o que isso signifique, o fato é que a população hoje se encontra sem casa, sem comida e futuramente estará, provavelmente, sem emprego. O povo gaúcho está abandonado à própria sorte. Neste sentido, qualquer governo sério deveria tomar medidas para reparar o povo gaúcho. E não é possível fazer isso sem uma intervenção federal, pois o governador do estado é um verdadeiro delinquente político.
Mendes, então, argumenta que:
“Seria o reconhecimento do fracasso da indicação de Pimenta para ajudar a gerir, com o aval de Lula e ao lado das forças do Estado (universidades, sindicatos, servidores públicos de todas as áreas, movimentos sociais, empresários), uma crise que o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, não conseguem enfrentar sozinhos.”
Nesse trecho, o jornalista revela realmente não compreender o nível do sofrimento do povo gaúcho. Estamos diante de uma das piores catástrofes da história do Brasil. Preocupar-se com a imagem de uma figura pública, como Paulo Pimenta, é a última coisa com a qual um governo popular deveria estar preocupado. Esse mesmo cálculo mesquinho aparecerá em outro momento:
“[…] uma intervenção acabaria com a chance real de a deputada Maria do Rosário ser a primeira prefeita de Porto Alegre.”
O problema é que, além de ser um cálculo mesquinho e ultra oportunista que supostamente privilegia a eleição de duas pessoas em relação ao sofrimento de milhões de pessoas, é também uma estupidez. Afinal, se o grande objetivo de Mendes é melhorar a imagem do governo federal junto aos gaúchos e, assim, elevar a capacidade eleitoral do PT, então ele deveria ser o defensor número um da intervenção, pois ela garantiria medidas muito mais profundas e diretamente vinculadas à presidência da República.
Mendes, por fim, destaca que:
“Quem seria o interventor? Um técnico ‘neutro’ sem poder político? Um político que potencializaria as reações de sabotagem já acionada contra Paulo Pimenta? Um militar teria a coragem de assumir essa missão suicida?”
É óbvio quem seria o interventor. A intervenção não era uma questão “técnica”, mas puramente política. Não faltam “técnicos” no Rio Grande do Sul. E obviamente não faltam militares.
O entrave no Rio Grande do Sul é justamente o fato de que o Estado está tomado por pessoas que não querem simplesmente sabotar o governo, mas sabotar toda a população. As mortes nas enchentes são o resultado do fato de que Eduardo Leite preferiu destinar o orçamento público não aos interesses da população, mas a seus amigos banqueiros.
Neste sentido, a única forma de não deixar que a população sofra ainda mais nas mãos dos neoliberais é travando uma dura luta contra esses sabotadores. Se Lula apenas nomear alguém para “colaborar” com os governos locais, o que vai acontecer é que ele próprio ficará desmoralizado diante da sabotagem da direita.
Moisés Mendes sabe de tudo isso. Sabe que, desde 8 de janeiro de 2023, a direita sabota abertamente o governo. Mas se volta contra a ideia de uma intervenção por um único motivo: por medo da pressão dos capitalistas, que, por meio de sua imprensa, estão em campanha contra qualquer medida que o governo tome contra a farra dos bancos.

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