Na última quarta-feira (28), acatando um pedido da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) deu 48 horas para o Google, que controla o YouTube, censure a entrevista na qual José Genoino defende que haja um boicote a empresas ligadas ao sionismo.
O desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos assina a decisão do TJ, determinando uma multa de R$100.000 à empresa caso ela descumpra a decisão de censura.
Trata-se de mais um caso em que o sionismo, por meio de seus agentes no Brasil, pressiona o Judiciário para que este censure toda e qualquer declaração que denuncie os crimes que “Israel” comete contra o povo palestino e que, no geral, seja contrária aos interesses da ocupação sionista.
É o mesmo que ocorreu com o Partido da Causa Operária (PCO), alvo de dezenas de processos, incluindo de cassação, por sua defesa da resistência palestina. É o mesmo que ocorreu com Breno Altman, impedido até mesmo de dar entrevistas sob a pena de prisão preventiva.
É isso que a Fierj é, uma representante do Estado mais genocida da história que defende e aplica a política do sionismo em território nacional. O mesmo vale para a Confederação Israelita do Brasil (Conib) que, após a declaração de Genoino, emitiu, assim como a Fierj, uma nota de repúdio.
A própria decisão do tribunal é absurda, comprovando ainda mais que se trata de perseguição contra o dirigente petista. Ela admite que, apesar de a declaração de Genoino apresentar “conotação política e não promova incitação ao discrímen”, “a manutenção da declaração em plataforma gratuita de vídeo online é suscetível de gerar dano grave irreparável, dado o acesso livre e continuado por quantidade indeterminada de usuários a conteúdo ofensivo e discriminatório”.
O caso mostra como é um erro tremendo a esquerda apoiar qualquer tipo de censura. O Judiciário brasileiro só possui a facilidade que tem em atender aos pedidos dos sionistas pela enorme campanha que foi feita contra a liberdade de expressão. Campanha que, impulsionada pela imprensa burguesa, pelo imperialismo, teve aval da esquerda.
Esse regime jurídico medieval cai como uma luva nas mãos dos sionistas que, mais do que nunca, precisam impedir que as atrocidades cometidas pelo Estado nazista de “Israel” não sejam vistas por ninguém.