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Funcionalismo público

Cantalice sai em defesa do ‘direito de greve’ dos especuladores

Integrante do PT e da Fundação Perseu Abramo volta a atacar o movimento paradista dos servidores

Em sua dose diária da campanha contra a greve dos servidores federais, Aberto Cantalice, integrante do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Fundação Perseu Abramo, voltou a atacar o movimento paredista em seu perfil no X. No texto O Governo Popular e as Greves, publicado nesta segunda-feira (22), Cantalice destaca que “há uma clara diferença entre um servidor público estável, cuja clientela é o povo todo, e um empregado privado, sujeito ao desemprego, ao subemprego, as oscilações do mercado e ao lucro dos patrões”.

Podemos resumir a colocação de Cantalice da seguinte forma: para ele, os servidores públicos são uns folgados que, portanto, não deveriam ter direito de greve. A desculpa seria que, enquanto um pedreiro tem um piso salarial de R$2.013,33, e uma média de R$ 2.069,86, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), um servidor público que ingressasse agora na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) poderia receber um salário entre R$2.667,19 a R$4.556,92.

Uma coisa nada tem a ver com a outra. Os pedreiros, trabalhadores informais, operários e demais brasileiros que recebem um salário de fome não estão na miséria por causa do salário dos funcionários públicos. É perfeitamente possível aumentar o salário dos servidores federais, sem que isso afete economicamente outros setores da população. O problema central para todos os trabalhadores do País é que mais da metade do orçamento público é desviado pelos banqueiros e especuladores.

Neste exato momento, o próprio governo, pressionado pela direita, acaba de tornar esses vampiros ainda mais ricos. O governo Lula, após ser chantageado por dezenas de editoriais da Folha de S.Paulo, de O Estado de S.Paulo e de O Globo, pagou 50% dos dividendos extraordinários da Petrobrás. Ou seja, destinou bilhões e bilhões de reais do patrimônio brasileiro a pessoas que sequer moram no País.

Colocado nesses termos, o que Cantalice está fazendo não é defender o direito de greve do pedreiro. Ele está defendendo o “direito de greve” dos especuladores da Petrobrás, que pressionam o governo por meio da imprensa, do Congresso, do Judiciário, de todas as formas possíveis, até que ele se dobre às suas demandas.

Não dar um pio sobre os verdadeiros responsáveis pela falta de dinheiro disponível para o governo e reclamar quando os servidores protestam por aumento salarial é uma vergonha. Em seu texto, Cantalice ainda insinua que o movimento grevista tem como intenção desgastar o governo Lula para favorecer a direita, ao dizer que “nos 6 anos de Temer/Bolsonaro a Academia protestou mas não paralisou as atividades. Foi um ciclo de reajuste zero, e ainda mais com o Guedes falando em ‘botar’ granada no bolso do servidor”.

O fato é que nenhuma categoria de trabalhador deve atrelar a luta por suas necessidades ao assalto promovido pelos capitalistas operam sobre o Estado nacional. Os servidores, bem como qualquer categoria, devem, sim, entrar em greve todas as vezes que seus direitos trabalhistas ou democráticos não estiverem sendo respeitados. Nada têm a ver com a predação do Estado nacional por parte dos especuladores e banqueiros.

A luta dos servidores não é uma luta contra o governo. Pelo contrário: é uma luta contra a política neoliberal, contra a política de fechar os cofres públicos para aumentar as benesses para os capitalistas. Neste sentido, a mobilização favorece o governo na luta contra a direita.

Cantalice, por outro lado, ao sair ao ataque contra um movimento de greve, é quem está jogando o governo no colo de seus inimigos. Sem o apoio dos servidores e de todos os que acham sua greve justa e permitindo a roubalheira da Petrobrás, o governo ficará cada vez mais refém de seus inimigos.

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