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Segurança Pública

‘Brasil Unido contra o Crime’, uma campanha bolsonarista

Campanha repressiva é típica campanha da direita e não vai fazer o PT ter mais votos entre os bolsonaristas

Historicamente, a campanha em defesa de mais repressão tem na direita a sua principal defensora. Estamos falando da política do “bandido bom, é bandido morto”, da redução da maioridade penal, da defesa da pena de morte etc. Foram essas as principais bandeiras de campanha da direita muito antes do golpe de Estado de 2016.

À esquerda é atribuído um papel de lutar contra a repressão, um papel de tipo humanista. Mas isso, como se diz, é coisa do passado. Atualmente, a esquerda pequeno-burguesa, pressionada pela direita, encampou uma série de campanhas repressivas, como a censura à liberdade de expressão, dentre outros.

O governo do PT tomou posse com essa pressão repressiva dentro do próprio governo, e, na tentativa de fazer demagogia com um setor conservador e bolsonarista da população, tem levado adiante campanhas conservadoras nessa seara.

A novidade agora é a campanha “Brasil unido contra o Crime”, que tem todo o ar conservador e repressivo de qualquer campanha direitista. A “união contra o crime” é uma clássica política da direita fascista brasileira para levar adiante a repressão policial contra a população pobre.

Diante da campanha, que exibe números do governo federal no combate ao crime, o agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que “o presidente Lula fixou essa diretriz de combate ao armamentismo irresponsável no nosso país. E nós sabemos que isso é vital para que nós tenhamos armas nas mãos certas e não uma política armamentista demagógica que não produz efeitos positivos para a sociedade”.

“Armas nas mãos certas” são armas nas mãos das forças repressivas e nas mãos da própria direita. É de conhecimento amplo que a direita, ou seja, empresários, latifundiários, banqueiros etc. sempre estiveram armados. O direito ao armamento para eles seria apenas para regularizar uma questão que já é fato.

Em sua matéria de divulgação, o governo ainda comemora a “prisão de mais de 50 mil suspeitos de crimes”. Coisa que, se fosse publicada durante a gestão de Bolsonaro, ninguém diria que faz parte de um programa de esquerda.

O aumento de recursos e ações contra o crime, tal como colocado, representa somente um aumento da repressão contra o povo. Investir em repressão enquanto o povo está desempregado é uma típica campanha bolsonarista, que o governo Lula não conseguiu se livrar.

Ora, se existe uma campanha ampla a ser feita é em defesa do patrimônio nacional, que foi dissolvido com os anos em que a direita esteve no poder. Todas as privatizações precisam ser revertidas, devolvidas às mãos do governo federal. É preciso defender o petróleo e sua exploração pelo Estado brasileiro, a Petrobrás, 100% estatal. Enfim, isso deveria ser parte de uma campanha ampla, deveria ser o foco do governo, e não a repressão.

Por outro lado, o crime só se reduz na medida em que a condição social do povo melhora. Enquanto houver arrocho salarial, desemprego, fome, inflação, endividamento, tudo isso em troca da boa vida dos banqueiros, vai haver crime.

A política repressiva levará a um maior número de presos e esmagados pelo sistema Judiciário. Se hoje são mais de 800 mil almas nas cadeias brasileiras, com o investimento na repressão, esse número tende a duplicar. E isso não terá absolutamente nada a ver com o combate ao crime, mas com a prisão de todo um amplo setor da classe trabalhadora que perdeu a perspectiva.  

Por fim, se a medida visa agradar alguma parcela dos bolsonaristas, isso também não vai dar resultado. O eleitor bolsonarista não vai trocar de voto ou lado em razão de uma campanha repressiva, pois Lula nunca conseguirá superar Bolsonaro no que diz respeito à repressão na segurança pública.

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