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Oriente Médio

Bombardeio desesperado do Iêmen demonstra vitória da resistência

O Estado de “Israel” ao bombardear o Iêmen aumenta a força política dos iemenitas, isso irá se traduzir militarmente em mais derrotas para os sionistas

Na noite de quinta-feira (18), o Iêmen inaugurou uma nova etapa política da guerra contra o Estado de “Israel”, bombardeou diretamente a cidade de Telavive, economicamente a cidade mais importante para os sionistas. O efeito político foi gigantesco, os jornais israelenses imediatamente denunciaram a falência dos sistemas de defesa israelenses. O país mais distante e mais pobre do Eixo da Resistência foi capaz de atingir as proximidades da Embaixada dos EUA. A resposta do exército sionista mostrou também o tamanho da crise.

Na manhã de sábado (20), o Estado de “Israel” bombardeou diretamente pela primeira vez o Iêmen, o alvo foi a cidade de Hodeida. “Israel” assim se une ao grupo de países que bombardeia o Iêmen, mas não consegue nenhuma vitória militar e política. Nos últimos anos os principais foram: Arábia Saudita, Inglaterra e Estados Unidos. O Ansar Alá, partido que governa o Iêmen, imediatamente anunciou a retaliação, e realizou duas operações. Uma contra a cidade de Eilat, no sul da Palestina ocupada, e outra contra uma embarcação dos EUA no Mar Vermelho.

O portal de imprensa iemenita Al Masira analisou o ataque: “em sua tentativa de criar uma ‘imagem’ de dissuasão falsa contra a frente de apoio iemenita, que se tornou uma grande ameaça existencial para ele, o inimigo sionista abriu mais portas para uma escalada estratégica sem precedentes que abalará sua economia, segurança e frente interna”. Isso é importante, pois os bombardeios para o Iêmen não são uma novidade. Em última instância, o país está sendo atacado constantemente nos últimos 9 anos e só se torna mais forte.

O artigo continua: “essas confirmações vêm acompanhadas de uma nova e abaladora equação que as forças armadas estabeleceram dois dias antes, ao atingir com sucesso Jafa ocupada (Telavive), fazendo o inimigo reconhecer que seus parceiros internacionais e regionais, encarregados de conter a frente iemenita, não conseguiram fazer nada; o que significa que ele próprio está ainda mais incapacitado. Isso também indica que sua agressão ao Iêmen apenas piorará sua posição, o que até mesmo os meios de comunicação e centros de estudos israelenses perceberam rapidamente”.

O ataque israelense de fato é uma demonstração de grande fraqueza do imperialismo. Desde o início das operações iemenitas no Mar Vermelho, em novembro de 2023, os EUA se encarregaram de acabar com a frente iemenita. No entanto, a operação imperialista no Mar Vermelho falhou completamente. Agora o Iêmen consegue atingir diretamente Telavive, ou seja, a única força de contenção imperialista que existia, a de defender o território israelense, caiu por terra.

O portal de imprensa iemenita analisa: “a interpretação confusa da agressão fornece uma visão suficiente do dilema que levou o inimigo sionista a atacar Hodeida. Fica claro que a operação histórica Jafa bagunçou todos os seus cálculos, fazendo-o sentir a necessidade de agir impulsivamente para atenuar um pouco o impacto do escândalo de violação de sua frente interna.  Também para fugir para frente, incendiando mais a situação, na esperança de reunir mais esforços de seus aliados, que ele considera insuficientes, pois não só falharam em 1conter1 a ameaça marítima, mas também não conseguiram estabelecer cinturões defensivos para proteger a capital da entidade, que fica a mais de dois mil quilômetros do Iêmen”. As conclusões são muito precisas.

Diante desse escalada entre o confronto direto entre Iêmen e “Israel” todo o Eixo da Resistência se posicionou de forma firme a favor dos iemenitas. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, afirmou: “o regime sionista e seus apoiadores, incluindo o governo dos EUA, são diretamente responsáveis pelas consequências perigosas e imprevisíveis da continuação dos crimes em Gaza, bem como pelos ataques aventureiros ao Iêmen”.

O secretário-geral da ONU, Antônio Guterrez, também foi obrigado a se pronunciar diante da crise. Um comunicado do seu porta-voz afirmou sobre o bombardeio israelense em Hodeida: “relatos iniciais indicam várias fatalidades e mais de 80 pessoas feridas neste ataque, além de consideráveis danos à infraestrutura civil. O secretário-geral apela a todos os envolvidos para evitarem ataques que possam prejudicar civis e danificar a infraestrutura civil“. Guterres também “permanece profundamente preocupado com o risco de uma escalada maior na região e continua a instar todos a exercerem o máximo de restrição“.

O líder da revolução iemenita, Abdul Malic al-Huti, se pronunciou em um discurso no domingo (21).

“A agressão contra o Iêmen não vem de uma posição confortável para o inimigo israelense, o que o forçou a superar a estratégia de isolar Gaza e sua resistência, garantindo a proteção dos americanos e de seus aliados. O poder de dissuasão sionista se deteriorou e todas as formações que os norte-americanos criaram para proteger o regime falharam.

A agressão contra o Iêmen não beneficiará o inimigo em nada, não lhe proporcionará dissuasão e não nos impedirá de continuar na quinta fase de escalada para apoiar Gaza. Se os bombardeios e ataques a instalações civis em nosso país afetassem nosso querido povo, teriam feito isso com os bombardeios contínuos dos aliados norte-americanos ao longo de oito anos.

Os bombardeios em nosso país foram realizados com bombas norte-americanas, assim como na Palestina, tendo como alvo instalações civis. Os ataques ao nosso país pelos sauditas, sob supervisão  e com contribuição dos EUA, não pararam, e nosso povo não mudou sua escolha, decisão ou compromisso com a causa palestina.

Nosso querido povo nunca será afetado e não recuará de sua posição, decisão ou escolha, tendo levantado a bandeira da jiade para apoiar o povo palestino. O inimigo israelense não possuirá dissuasão e não a recuperará em relação às operações de apoio de nosso país, e os resultados serão mais escaladas e ataques.

O desenvolvimento de capacidades e a adaptação ao nível de desafio continuarão, assim como ocorreu no início da agressão norte-americana e britânica contra o Iêmen. As capacidades de nossas forças armadas se desenvolveram cada vez mais, e nossas operações se tornaram mais fortes e eficazes, resultando no envolvimento dos norte-americanos e britânicos sem que alcancem seus objetivos declarados.

A agressão israelense contra nosso país contribuirá para uma escalada maior em nossas operações contra eles e no desenvolvimento de nossas capacidades, e o inimigo perderá e atrairá mais riscos para si.

Os israelenses que ocupam a Palestina devem temer e se preocupar mais do que nunca e perceber que seus líderes tolos estão trazendo mais perigos para eles. Estamos muito satisfeitos com a batalha direta entre nós e o inimigo israelense, bem como o norte-americano, porque suas políticas eram de nos combater através de seus aliados.

Os norte-americanos e israelenses supervisionavam e orientavam, realizavam operações e colhiam dinheiro e lucros em troca de suas posturas agressivas e criminosas. Ter uma batalha direta com os EUA e “Israel” é um grande fracasso para seus aliados, como fica evidente em suas declarações de quão tolos e irritados estão.

Alguns expressaram em suas declarações sua insistência em continuar a lutar contra o povo iemenita, mostrando quanta amargura e sensação de fracasso sentem. Os aliados estão mais expostos nesta fase do que nunca em suas posições de apoio a ‘Israel’ e de expressar forte hostilidade ao nosso povo.

Um dos principais benefícios dos eventos e seus resultados é a revelação das verdadeiras faces das pessoas. Com o inimigo israelense entrando na agressão direta contra nosso país, é uma oportunidade para saber quem é o hipócrita, que odeia nosso povo e se apresenta como um recruta a serviço de ‘Israel’.

Alguns condenaram a agressão de maneira educada e depois expressaram forte hostilidade com a mesma lógica israelense ao descrever a posição iemenita. Nossa posição como povo iemenita é clara, estamos travando uma batalha sagrada e não fútil, e quem duvida de nossa posição deve se colocar à altura dela ou mais.

Repetir a lógica do inimigo israelense ao descrever a posição de nosso querido povo revela a extensão da traição e subserviência a esse inimigo. Falar sobre qualquer posição de apoio ao povo palestino como sendo por causa do Irã é lógica israelense, e quem diz isso é um agente de ‘Israel’ e desrespeita o povo palestino.

Nosso povo está na posição honrosa e justa que eleva as cabeças com orgulho e dignidade no mundo e no além.”

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