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Marcelo Marcelino

Membro Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) nacional, sociólogo, economista e cientista político, pesquisador do Núcleo de Estudos Paranaenses – análise sociológica das famílias históricas da classe dominante do Brasil e membro do Partido da Causa Operária – Curitiba.

Coluna

BC independente com Campos Neto prevê recessão econômica

"A denúncia do presidente Lula clama por uma ação imediata de expurgo de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central e revogação imediata da lei reacionária"

O Banco Central do Brasil nasceu como instituição tecnocrática estratégica em 1964, no início da ditadura civil-militar, mas começou a funcionar em abril de 1965 sob o comando do primeiro presidente Dênio Chagas Nogueira, um capacho do imperialismo, entusiasta do liberalismo de Friedman e de toda uma política de defesa dos mercados financeiros internacionais. Essa coação do imperialismo, que impôs a criação de uma instituição estratégica, para que aos poucos comandasse a economia nacional de maneira centralizada, só fez crescer os grandes grupos bancários do país em sintonia com o sistema financeiro global.

Já na década de 1970 diversas instituições bancárias haviam sido varridas do sistema financeiro, fruto de uma política de apoio aos monopólios bancários, e, na ditadura dos Planos Nacionais de Desenvolvimento, muitos empréstimos haviam sido tomados do imperialismo, que tornaram a economia nacional e dos demais países latino-americanos reféns da dívida externa, principalmente dos Estados Unidos.

Desde então, o Banco Central tornou-se ainda mais poderoso e com cada vez mais “autonomia” perante aos governos, principalmente a partir da redemocratização (1985). A criação do Plano Real na sua fase inicial com Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso seguiram a risca as diretrizes do “Consenso de Washington” colocando as regras fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI) pra dentro da política econômica do governo, tendo o Banco Central como instituição chave estratégica para os planos de imperialismo serem viabilizados. O Comitê de Política Monetária (COPOM) criado logo após o início do Plano Real em 1994, foi incorporando a decisão de aumento de juros de acordo com as exigências da globalização econômica e financeira neoliberal. Abertura comercial com facilidades excessivas às importações, um plano de privatização em massa das nossas empresas estratégicas “soberanas”, a terceirização dos serviços públicos, a “entrega da Vale do Rio Doce, a queda brutal dos investimentos públicos sociais e de infraestrutura, todas políticas neoliberais da agenda do FMI em consonância com as diretrizes da Era FHC.

Com o golpe de 2016 todas essas exigências foram retomadas, como a aceleração da privatização da Petrobrás, da reforma trabalhista, da previdência, a privatização do saneamento e das águas, da Eletrobrás e talvez do ponto principal e mais estratégico para o imperialismo ultraliberal a “independência do Banco Central que hoje se tornou a instituição mais poderosa do país, responsável por centralizar as decisões mais importantes da política econômica nacional. Campos Neto, além de representar o capachismo familiar aos donos da dívida pública, aos marginais rentistas globais, ele ainda é um bolsonarista de carteirinha, inspirado por Bolsonaro desde que foi chamado para assumir a presidência do Banco Central em 2019. Mas o Banco Central não pertence à família Campos e nem aos agiotas especuladores parasitários do rentismo nacional e estrangeiro, ela pertence ao povo brasileiro.

A denúncia do presidente Lula clama por uma ação imediata de expurgo de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central e revogação imediata da lei reacionária, contrária aos interesses da população, que é a lei que concede a “independência” do Banco Central do Brasil. Aprovada pela maioria do Congresso golpista e bolsonarista, que arrocha a população com juros criminosos e beneficia os capitalistas selvagens de dentro e de fora do país, comandados pelo imperialismo a partir da matriz estadunidense

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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