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Faixa de Gaza

BBC desmascara mentira sionista sobre Massacre da Farinha

Rede britânica expõe manipulação em vídeo editado para isentar ‘Israel’ de ataque bárbaro que matou 116 palestinos que tentavam conseguir alimentos

Após o assassinato de 116 palestinos enquanto pegavam alimentos da ajuda humanitária levada por caminhões à cidade de Gaza, ocorrida no último dia 29, o governo de “Israel” espalhou boatos de que as mortes e os mais de 760 feridos no evento conhecido como Massacra da Farinha não teriam sido ocasionadas pela ação das Forças de Ocupação de “Israel” (FOI), mas por uma suposta selvageria dos próprios palestinos: “Na madrugada de hoje [29], durante a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, residentes de Gaza cercaram os caminhões e saquearam os suprimentos que estavam sendo entregues”, disse um comunicado emitido pelo exército sionista no Telegram e no X, acrescentando que “durante o incidente, dezenas de habitantes de Gaza ficaram feridos como resultado de empurrões e atropelamentos.” Para sustentar a versão, um vídeo foi divulgado, porém, o BBC Verify, serviço de checagem da rede britânica, atestou que o registro divulgado por “Israel” foi editado:

“O vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) não é uma sequência única. Ele foi editado em quatro seções”, diz o órgão britânico (What video and eyewitness accounts tell us about Gazans killed at aid drop, Paul Brown, 1/3/2024), informando que o mesmo “mostra eventos em dois locais, ambos dos quais a BBC Verify geolocalizou.

“As duas primeiras seções do vídeo mostram pessoas ao redor de dois ou mais caminhões logo ao sul da rotatória de Nabulsi.”
“As duas seções seguintes do vídeo mostram eventos cerca de 500 metros mais ao sul.
Elas mostram pelo menos quatro caminhões parados. Novamente, é possível ver pessoas se movendo ao redor deles, mas desta vez também é possível ver o que parecem ser figuras imóveis deitadas no chão.”
“Esta captura de tela anotada do vídeo da FDI destaca essas figuras com quadrados vermelhos.
Também mostra o que parecem ser veículos militares israelenses nas proximidades.”

O órgão britânico destaca que em outra declaração emitida pelas forças israelenses também no Telegram, os sionistas dizem que “durante a entrada de caminhões de ajuda humanitária na região norte da Faixa de Gaza, residentes de Gaza cercaram os caminhões e saquearam os suprimentos que estavam sendo entregues. Durante o incidente, dezenas de moradores de Gaza ficaram feridos devido a empurrões e pisoteamentos.” Contudo, uma testemunha ouvida pela rede apresenta uma versão mais próxima da realidade e condizente com um exército monstruoso o bastante para matar mais de 10 mil crianças deliberadamente.

Mahmoud Awadeyah, um jornalista que estava no local, disse à BBC que os veículos israelenses começaram a disparar contra os palestinos assim que chegaram aos caminhões com ajuda e alimentos. “Os israelenses atiraram de propósito nos homens… eles estavam tentando se aproximar dos caminhões que tinham a farinha”, disse Awadeyah. “Eles foram alvejados diretamente e [os israelenses] impediram as pessoas de se aproximarem dos mortos.”

Apesar da máquina de propaganda sionista espalhar as mentiras mais grotescas imagináveis, a tentativa de responsabilizar os palestinos pelo Massacre da Farinha e usar vídeos falsificados para sustentar a farsa foi demais até para seus apoiadores, normalmente ávidos por difundir tais falsificações com a máxima celeridade, caso da própria BBC. Nas redes sociais, o fenômeno não passou em branco:

“Israel é tão desgraçadamente maligno e incompetente que até mesmo os seus próprios impulsionadores de propaganda na BBC foram obrigados a chamar de bobagem as mentiras de Israel sobre o massacre da farinha de ontem, realizado pelas FDI contra os habitantes de Gaza que estão sendo deliberadamente mortos de fome.”

Não é a primeira e certamente não será a última mentira contada pela escória sionista e por seus apoiadores sobre o genocídio em andamento. A necessidade de recorrer a métodos monstruosos para sufocar a Revolução Palestina e também impedir o crescimento do apoio internacional à luta do martirizado povo árabe deve colocar a esquerda sob alerta.

Após quase cinco meses do conflito, tomar como verdade qualquer informação oriunda dos órgãos de propaganda imperialista só é aceitável para ingênuos e pessoas ideologicamente inclinadas a acreditar nas mentiras difundidas pelos sionistas, como os bolsonaristas. À esquerda, é preciso clareza sobre o quão mentirosos são os defensores de “Israel”, considerando qualquer coisa dita pelos sionistas como mentira, até que se prove o contrário.

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