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Liberdade de expressão

Banimento da imprensa russa mostra que censura é arma de guerra

Diante da maior crise da dominação mundial do imperialismo, União Europeia decide pelo banimento do jornal oficial do governo da Federação Russa

Na última sexta-feira (19), o Conselho Europeu decidiu proibir mais quatro grandes meios de comunicação em língua russa entre os quais está o Rossiyskaya, o jornal oficial do governo da Federação Russa. A medida é parte do 14º pacote de sanções contra a Rússia em virtude da “Operação Militar Especial Russa na Ucrânia”, a qual é referida pela União Europeia como uma guerra de “agressão”. O pretexto do banimento de tais veículos de imprensa não poderia ser outro: o combate à “desinformação”, a qual teria impulsionado o apoio à “invasão” da Rússia no território ucraniano. 

A suposta ação de “desinformação” promovida pelo governo russo já foi usada como desculpa para justificar a derrota eleitoral do principal setor do imperialismo nos Estados Unidos, representado por Hillary Clinton, para o ex-presidente de extrema-direita Donald Trump em 2016. Agora, a Comissão da União Europeia, órgão executivo do bloco de países, declarou também que a Rússia representa uma grande ameaça para as sociedades “democráticas” às vésperas das eleições para o Parlamento Europeu marcadas para o próximo mês de junho. O ataque não seria à liberdade de opinião, uma vez que a medida não impediria os jornalistas de realizarem outras atividades. 

Está cada vez mais evidente que o avanço da censura nada tinha a ver com o combate à extrema-direita e das notícias falsas. Em 2021, o YouTube e o antigo Twitter (atual X) haviam banido as contas oficiais de Donald Trump, a histeria sobre o perigo do fascismo impulsionada pela imprensa porta-voz do imperialismo fez com um setor desavisado da esquerda apoiasse tal medida. Atualmente, as redes sociais estão censurando os perfis de pessoas e organizações que denunciam as monstruosidades do regime nazista israelense promovem contra a população palestina na Faixa de Gaza. 

O banimento dos canais de televisão e na internet russos RT e Sputnik na União Europeia, após completar um ano da ação militar russa na Ucrânia, já demonstrava que, além de uma arma política, a censura também se aplica na guerra. Essa relação ainda não estava compreendida em virtude da confusão de uma suposta ligação da extrema-direita com a Rússia, bem como da ideia de ingerência russa no que diz respeito à autodeterminação ucraniana. A recente lei de banimento do TikTok sancionada pelo presidente norte-americano Joe Biden deixa mais claro do que se trata a campanha pela censura, a rede social chinesa era o meio pelo qual grande parte da juventude se inteirava sobre a situação de terror na Palestina. 

A repressão contra as manifestações em defesa da Palestina em países como a Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos demonstram que é preciso manter o silêncio das pessoas diante das barbaridades cometidas pelo imperialismo. Na Câmara de Representantes norte-americana foi aprovada a “Lei de contra o antissemitismo” como forma de proibir as pessoas de denunciarem o caráter nazista do regime israelense sob pretexto de combater a suposta discriminação contra os “judeus”. Expressando a tendência mundial em torno desta questão, está em discussão a “Lei de danos virtuais” na Câmara dos Comuns do Canadá, que busca criar órgão regulatório para combater o “discurso do ódio” na internet e que pode aplicar prisão perpétua para que defender “genocídio”. 

O imperialismo se encontra em uma crise sem precedentes na história, tendo acumulado diversas derrotas no último período como no Afeganistão para o Talibã, para militares do Níger e Gabão na África. Pode-se acrescentar, ainda, a vitória iminente da Rússia sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia e do Hamas na Palestina. Além disso, “Israel” sofreu um duro golpe perpetrado pelo Irã na operação Promessa Cumprida, que colocou às claras sua impotência diante da nação persa. Há também uma crise que resulta do fechamento do Mar Vermelho pelo governo Ansar Alá do Iêmen, bem como das resistências no Líbano, Iraque e Síria. 

A crise da dominação mundial do imperialismo não pode ser revertida por outro caminho que não seja a guerra. Não há outra forma para combater a influência da China e da Rússia sobre os países de economia atrasada, assim como para enfrentar o Irã como maior poderio militar da região do Norte da Ásia. Porém, um conflito de enormes proporções precisa ser realizado de luzes apagadas, não se pode colocar em prática tais ações sem a garantia de que a única versão sobre os fatos seja a proferida pelo imperialismo. 

O atual genocídio televisionado contra a população da Palestina resultou num movimento mundial contra o regime sionista. Nos Estados Unidos, essa luta já se tornou a maior mobilização popular desde a guerra do Vietnã, onde dezenas de milhares de pessoas estiveram nas ruas em todo o país. É por representar um risco para o regime de dominação global que tais manifestações precisam ser contidas nos principais países do mundo, assim como os horrores de uma nova guerra precisam estar fora do alcance dos olhos da população mundial. A censura contra os meios de comunicação anti-imperialistas tem como objetivo diminuir o custo político das ações a ser implementadas pelo imperialismo. 

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