A direção do Banco do Brasil permanece na ofensiva contra os seus funcionários que exercem o cargo de Caixa Executivos.
Não para de chover denúncia do País inteiro dos trabalhadores da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) que, além de outras atribuições, é responsável pelo trabalho dos Caixas Executivos e Gerentes de Módulos. Conforme declaração do diretor da Secretaria dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Júlio César Castro, “tudo ficou bem pior para os colegas, quando houve, durante a pandemia, a reestruturação do setor, de um lado, com uma drástica redução de pessoal, e de outro, a imposição de várias outras tarefas, fruto da falta de um dimensionamento real entre o número de funcionários e as funções que poderiam cumprir“. (Site bancariosrio, 20/5/2024)
No governo do golpista Bolsonaro, a direção do banco, em 2021, anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e a extinção da função de Caixa. Na época a Contraf/Cut solicitou a tutela antecipada na justiça para impedir a decisão, decisão essa mantida até os dias de hoje, mas a situação dos Caixas permanecem as mesmas do governo anterior, além do risco do fim das suas funções gratificadas, já há o recurso do banco para ser julgada, os caixas estão sofrendo sobremaneira com a sobrecarga de trabalho e o banco vem impondo várias outras tarefas que não são atribuições deste tipo de atividade, como a venda de produtos e a obrigação de cumpri metas de vendas. Pior ainda é que o banco extinguiu com a figura dos Caixas lotadas nas dependências, ou seja, nas agências, estando eles lotados no PSO ficam a mercê de trabalhar onde houver “claros” nas agências, um dia esse mesmo funcionário pode estar numa dependência e no outro dia ser convocada a trabalhar do outro lado da cidade. Um verdadeiro absurdo.
A direção do Banco do Brasil vem, sistematicamente, persistindo em manter uma política cujo objetivo é atacar os funcionários lotados no PSO. Adotam a mesma política dos banqueiros privados, que estão numa ofensiva frenética de eliminar postos de trabalho, fechamento de agências, etc., o que vem ocasionando demissão em massa de trabalhadores e o aumento da superexploração daqueles que permanecem na empresa e que hoje, executam o serviço de três ou mais funcionários, além, é claro, do assédio moral imposto pelos chefetes de plantão, a mando dos banqueiros, uma situação que tem levado a categoria ao adoecimento por motivos laborais.
Para isso, as organizações de luta dos trabalhadores bancários, os seus sindicatos, devem, imediatamente, organizar uma gigantesca mobilização de toda a categoria contra essa medida. Os bancários do BB já se preparam para a próxima Campanha Salarial da Categoria e uma das pautas a ser discutida de extrema importância é a defesa dos trabalhadores do PSO contra a ofensiva reacionária dos banqueiros.