Hoje, 5 de abril, é a última sexta-feira do Ramadã, o nono mês de acordo com a tradição muçulmana. E, portanto, é o dia de al-Quds, o dia de lutar por Jerusalém, cidade sagrada para os muçulmanos, que há décadas se encontra sitiada pela ocupação sionista.
Criado em 1979, logo após o triunfo da revolução iraniana, o dia de al-Quds é celebrado todos os anos. E, pelas próprias circunstâncias na qual o dia foi estabelecido, sempre tem sido um dia marcante na luta dos povos do Oriente Médio contra a dominação imperialista.
A cada última sexta-feira do Ramadã, milhares de muçulmanos marcham em defesa de Jerusalém – e, portanto, contra o sionismo. Não apenas no Irã, nem tampouco apenas nos países árabes, mas também nos próprios países imperialistas (especialmente onde há grande população muçulmana) e em vários países oprimidos pelo imperialismo. Trata-se de um dia de mobilização de massas em todo o mundo e contra a dominação imperialista.
O dia de al-Quds de 2024 será, no entanto, ainda mais especial. Afinal, ele acontecerá em meio à mais recente etapa do conflito entre “Israel” e os palestinos. Isto é, em meio à agonia final do sionismo. Nunca, desde que a data passou a ser celebrada, o mundo muçulmano esteve tão perto de finalmente libertar al-Quds de seus opressores.
É também por isso que o dia de hoje deve ser um dia de mobilização para entrar na história. Um dia que poderá ser o evento que falta para que o Estado de “Israel” entre em colapso de vez. Afinal, as mobilizações, que deverão ser grandes em várias partes do mundo, acontecem ao mesmo tempo em que o próprio imperialismo reconhece que a entidade sionista está isolada e que até mesmo os Estados Unidos se viram obrigado a se distanciar de sua criatura.
“O resultado da causa palestina é o fim inevitável e a queda da arrogância e corrupção ‘israelenses’ através da jiade pelo bem de Alá”, declarou um representante do governo iemenita, ao convocar as manifestações do dia de al-Quds.
No Brasil, não será diferente. No dia de hoje, o Partido da Causa Operária (PCO), junto com a comunidade xiita, marchará sobre o Rio de Janeiro em apoio ao povo palestino. O ato terá concentração no Bairro da Candelária e acontecerá no mesmo momento em que milhares de palestinos, iemenitas, iraquianos, jordanianos e tantos outros povos estarão nas ruas.
Mas não para por aí. Um dia depois, no dia 6 de abril, o PCO também organizará, em São Paulo, uma manifestação de rua em apoio ao povo palestino. Esse ato, por sua vez, promete servir como polo para reagrupar o movimento de apoio à Palestina, que se encontra em um impasse há meses.
Os atos de 5 e 6 de abril serão mais uma etapa fundamental na luta contra o sionismo no Brasil. É hora de mostrar aos cúmplices do genocídio a solidariedade que os brasileiros têm com os palestinos e com todos os oprimidos do planeta. Diante da mobilização mundial contra os crimes de guerra de “Israel”, é preciso dar o próximo passo para que o apoio à Palestina em nosso País se desenvolva na direção de um movimento de massas e contribua para pôr fim às piores monstruosidades dos dias de hoje.