Na reunião das Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM) no último dia 27, foi deliberado convocar um Dia Nacional de Lutas, com atos em todo o País para o próximo dia 23 de março, o que representa um acerto diante não apenas do ato bolsonarista, mas principalmente frente à crise na qual os problemas mais prementes da classe trabalhadora não estão sendo resolvidos e quando há um enorme cerco de toda a direita golpista contra o governo Lula para que esse não atenda nenhuma das reivindicações fundamentais dos trabalhadores e suas organizações de luta que o elegeram.
A imprensa burguesa procurou, interessadamente, espalhar a fofoca – com o apoio de certos setores da esquerda – de que a manifestação teria como principal reivindicação a prisão de Bolsonaro, justamente o contrário do que foi analisado na reunião.
No encontro, o PCO, bem como outros setores, procuram apontar a necessidade de que o dia seja chamado em torno de um programa com as necessidades populares, que seja capaz de mobilizar os setores que podem reverter a situação em favor do povo trabalhador, se opondo à política vazia de ato em “defesa da democracia”, que não existe no País.
O ato dos bolsonaristas fez demagogia com os problemas do povo que os governos golpistas de Temer e Bolsonaro criaram após o golpe, com apoio de toda a direita que comanda o Congresso Nacional, o Judiciário, a imprensa burguesa, as Forças Armadas etc.,
Nesse sentido, a mobilização da esquerda precisa levantar um programa em torno de reivindicações concretas.
Ao invés de “defender a democracia”, é preciso convocar os trabalhadores às ruas para lutar por um programa com medidas efetivas tais como: por mais emprego, por aumento salarial, redução da jornada de trabalho, pelo cancelamento das privatizações, pela exploração de 100% do petróleo nacional e fim das medidas de restrição dos gastos sociais, para garantir investimentos maiores em áreas como a saúde e a educação, por mais moradias. Deve defender concretamente os direitos democráticos (como o fim de toda censura) e trabalhistas, com a revogação de todas as “reformas” do regime golpista. Dentre outras reivindicações.
A CUT, os sindicatos, partidos e as grandes organizações de luta dos trabalhadores, da cidade e do campo, precisam tomar a dianteira e mobilizar com base nas reivindicações mais sentidas do povo trabalhador.
O ato de Bolsonaro se colocou ao lado dos genocidas de “Israel”, que já vitimaram mais de 100 mil palestinos, entre mortos e feridos, em uma operação nazista contra a população civil. O PCO propôs e foi aprovado que a mobilização da esquerda se coloque contra o genocídio, em defesa da Palestina. A esquerda deve reivindicar que o Brasil rompa relações com o regime genocida de “Israel”.
No dia 23 de março, os movimentos de luta que apoiam a causa palestina devem convocar amplamente a mobilização junto com toda a esquerda e organizações dos explorados.