Os Comitês de Luta estão convocando para amanhã, quinta-feira (22), um novo ato em defesa da Palestina e contra o genocídio que “Israel” está cometendo na Faixa de Gaza.
O ato será no Rio de Janeiro, na Cinelândia, a partir das 10h da manhã, e ocorrerá em resposta ao encontro dos chanceleres dos países do G20, encontro este no qual estará Antony Blinken, secretário de estado norte-americano, um funcionário do imperialismo e notório defensor do sionismo, dentre outros representantes de países imperialistas.
Blinken chegou em Brasília nessa terça-feira (20). Esse imperialista, defensor do sionismo, não é bem-vindo no Brasil, e sua presença em território nacional, participando da reunião ministerial do G20, é uma oportunidade para fazer avançar a luta em defesa do povo palestino, contra o genocídio que “Israel” segue perpetrando todos os dias.
O ato contará com a participação do Partido da Causa Operária (PCO), que está organizando caravanas de São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e também da região sul para levar centenas de militantes para o ato, no Rio de Janeiro. Para participar, entre em contato com o número (11) 99741-0436.
Esse é um ato de grande importância, em razão da visibilidade internacional que terá. Órgãos de imprensa de todo o mundo estarão presentes, e será uma oportunidade única para impulsionar a luta em defesa da Palestina no Brasil.
Ainda, a importância do ato é em razão dos acontecimentos mais recentes: a visita do secretário de Estado ocorre dias após Lula ter declarado que “Israel” comete um genocídio contra os palestinos em Gaza, e que a ação dos sionistas só pode ser comparada à de Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.
Conforme já noticiado por este Diário, a declaração acertada do presidente o tornou alvo de ataques de toda a burguesia brasileira e de todos os funcionários do sionismo no Brasil. Igualmente, virou quase que um inimigo declarado de “Israel”.
Apesar da pressão, Lula deixou claro que não irá se retratar. Diante dos ataques que vem sofrendo por parte dos sionistas e seus aliados, o presidente convocou reunião com Celso Amorim (principal assessor de Lula no Planalto para assuntos internacionais) e Paulo Pimenta (ministro da Secretaria de Comunicação Social) no Palácio da Alvorada, com o objetivo de elaborar uma estratégia para revidar aos ataques.
Além disso, durante audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, o governo brasileiro denunciou “Israel” pela invasão dos territórios palestinos. Segundo a delegação do Itamaraty, as invasões sionistas “não podem ser aceitas ou normalizadas pela comunidade internacional”, pois são “ilegais”. Dessa forma, “a ocupação viola o direito do povo palestino por autodeterminação”, declarou o governo na CIJ, concluindo que “Israel deve colocar fim à ocupação da Palestina”.
Ou seja, ao que tudo indica, o presidente Lula não está recuando em sua defesa do povo palestino. Pelo contrário, está avançando. Em razão disso, sofre represálias de toda a burguesia brasileira, do sionismo e do imperialismo.
“Israel”, após ter declarado Lula como persona non grata, novamente exigiu que o presidente peça desculpas. O ministro das Relações Exteriores de “Israel” disse que a declaração de Lula é “promíscua e delirante” e “uma vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”. Ademais, conforme já noticiado, quarenta deputados bolsonaristas protocolaram pedido de impeachment contra o presidente Lula.
Tudo isso aumenta ainda mais a importância do ato em frente à reunião do G20, pois o sionismo, a direita e a extrema direita estão unificados em seus ataques contra Lula, pela defesa que fez do povo palestino. E essa unidade entre o que há de mais reacionário só pode ser combatida com a mobilização popular.