A jovem e ambiciosa advogada Cochav Elkayam-Levy foi a principal “investigadora” e divulgadora dos supostos estupros em massa que teriam sido praticados pelos combatentes do Movimento de Resistência Palestina (Hamas) e das outras organizações da resistência palestina, durante a operação Dilúvio de Al-Aqsa, no dia 7 de outubro de 2023.
Recentemente, a advogada Cochav recebeu a mais alta comenda do governo israelense, o “Israel Prize”, por seu trabalho à frente da “Comissão civil sobre os crimes de 7 de outubro contra mulheres e crianças”. A jovem advogada chegou a intitular-se presidente da comissão investigativa sobre a violência sexual que teria sido perpetrada em 7 de outubro pelos militantes da resistência palestina. A comissão era composta apenas por ela mesma.
Entretanto a tal comissão jamais entregou o que prometeu: um relatório confiável sobre os supostos crimes do Hamas em 7 de outubro. Ao aceitar a premiação “Israel Prize”, a advogada declarou à imprensa, em 21 de março passado, que “precisamos ficar firmes contra o negacionismo e a onda de antisemitismo”. Três dias depois dessa declaração da advogada, o tabloide YNet publicou uma reportagem acusando Cochav Elkayam-Levy de dar trambique nos principais doadores de sua “Comissão” e de espalhar notícias falsas
sobre as supostas atrocidades do Hamas, além de haver faltado com sua promessa de
entregar um relatório amplo sobre a “violência sexual” em 7 de outubro.
Conforme reportagem do portal “The Grayzone”, a advogada Cochav Elkayam- Levy baseou-se nos relatórios fraudulentos da organização Zaca, hoje bastante desacreditada, responsável pelo resgate dos corpos das vítimas israelenses em casos de guerra e acidentes. A organização Zaca se notabilizou por emitir relatórios falsos sobre as “monstruosidades” cometidas pelo Hamas, todas elas desmentidas posteriormente pelos órgãos periciais e pela própria imprensa israelense. A equipe do portal The Grayzone disse que começou a desconfiar da advogada Cochav Elkayam-Levy quando, em novembro de 2023, ela apresentou fotos de mulheres curdas mortas
como se fossem vítimas israelenses do 7 de outubro.
Cochav Elkayam-Levy recolheu doações milionárias ao obter a atenção da imprensa burguesa e imperialista, em especial da rede CNN, ao divulgar as terríveis notícias falsas da “violência feminicida” do Hamas. Um dos principais doadores para a “Comissão” liderada pela jovem advogada, Rahm Emanuel, milionário judeu americano, atualmente nomeado embaixador dos EUA no Japão pelo presidente Genocide Biden. Ao ser entrevistada pelo âncora da CNN, Jake Tapper, entusiasta do sionismo, Cochav foi apresentada pelo entrevistador como “uma especialista na legislação dos direitos humanos que organizou uma comissão civil para investigar os fatos…”
No governo dos EUA as atenções à jovem advogada foram extensas; em 6 de dezembro, membros do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca e a assistente do presidente e diretora do Conselho de Política de Gênero, Jennifer Klein, receberam Cochav Elkayam-Levy, com o objetivo de ouvir sobre seu trabalho de “obter
testemunhos e documentos dos eventos de 7 de outubro e desenvolver uma
compreensão ampla dos relatos de violência de gênero cometidos pelo Hamas.”
A ficha corrida de Cochav apresenta ainda uma tentativa, aparentemente bem sucedida, de obstruir o trabalho de uma comissão investigativa da ONU, conforme a Representante Especial para Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten; a representante da ONU disse que o relatório da advogada, aceito por “Israel”, não continha verdade factual e não podia ser aceito pela ONU.
Mais de cinco meses depois de iniciar seu trabalho “investigativo” Cochav Elkayam-Levy ainda não apresentou nada de substancial, além de agitação fraudulenta e notícias falsas. Apenas conseguiu cerca de 8 milhões de dólares de seus ricos doadores judeus, que agora se sentem lesados. Nada mal para uma jovem e desconhecida advogada.