De acordo com informações da Agência Anadolu, veiculada no dia 29 de fevereiro, quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da França declarou que não “há justificativa” (se houvesse justificativa, os disparos estariam legitimados?) para os soldados israelenses que atiraram e mataram mais de 100 palestinos que faziam fila para receber ajuda humanitária em Gaza.
A pasta expressou “profunda tristeza” pela perda de muitas vidas de civis palestinos durante a distribuição de ajuda humanitária em Gaza e pediu para destacar essas ações “extremamente perigosas”. Ora, as ações “extremamente perigosas” e genocidas ocorrem desde o dia 07 de outubro e não somente a França, como a maioria dos demais governos europeus não só assistem à bárbara carnificina contra civis desarmados e inocentes em Gaza e na Cisjordânia, como, na prática, apoiam as ações “extremamente perigosas” dos nazi-sionistas israelenses, chancelando os crimes de “Israel” que já assassinou mais de 25 mil mulheres e crianças, num total de mais de 30 mil mortos, sem contar os feridos, mutilados e desaparecidos debaixo dos escombros de casas, escolas, creches, hospitais, universidades, prédios públicos etc.
A declaração acrescentou que Israel deve aderir às regras da lei internacional e proteger a distribuição de ajuda humanitária aos civis, enfatizando que o número de civis que sofrem de fome e doenças em Gaza está aumentando constantemente. Ora senhores governantes franceses, a população de Gaza vem sofrendo há quase cinco meses uma verdadeira chacina, uma das maiores atrocidades já perpetradas contra um povo e somos obrigados agora a ler e ouvir que os senhores estão preocupados com a fome e as doenças que acometem os palestinos. É, no mínimo, uma desfaçatez.
A França reiterou ainda seu apelo por um “cessar-fogo imediato e a proteção dos civis”, considerando isso uma “prioridade”. O fato curioso fica por conta de que a França, através do seu próprio presidente, o direitista Emmanuel Macron, declarou recentemente que poderia enviar tropas francesas para combater ao lado dos soldados ucranianos contra o exército russo. Por que não fazer isso enviando tropas para proteger os palestinos das bombas sionistas que massacram civis indefesos e destroem toda a infraestrutura de Gaza? O que seria mais prioritário, senhor Macron? Tentar salvar um exército que os próprios “aliados” reconhecem como incapaz de se reerguer e derrotar os russos ou pelo menos fazer demagogia, oferecendo seus soldados para impedir um massacre ainda maior em Gaza?
Se as potências ocidentais “democráticas” estão assim tão preocupadas com as monstruosidades dos sionistas contra os palestinos, já deveriam ter adotado medidas para um cessar-fogo verdadeiro, duradouro e não somente quando acontece algum fato escandaloso, como os disparos covardes do exército de ocupação contra civis desesperados e famintos que buscavam um saco de farinha para atenuar a fome de semanas sem ter o que comer.