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HISTÓRIA DA PALESTINA

A fundação da Organização para a Libertação da Palestina

A fundação da OLP, e assunção de sua liderança por Iasser Arafat e o Fatá foram capítulos fundamentais na luta da resistência palestina contra o sionismo

O povo palestino sofre nas mãos do imperialismo há mais de um século, ao menos desde 1920, quando foi criado o Mandato Britânico da Palestina. Sob “Israel” e o imperialismo norte-americano, essa ditadura dura mais de sete décadas.

Contudo, esse sofrimento sempre foi combatido através de uma luta aguerrida. Ao longo de todos esses anos, os palestinos criaram várias organizações para lutar contra o imperialismo e o sionismo.

Atualmente, as principais organizações que lideram a resistência palestina é o Hamas, um partido revolucionário, e seu braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Contudo, nem sempre foi assim, afinal o Movimento de Resistência Islâmica foi fundado na década de 1980, quando da Primeira Intifada.

Durante muitos anos, em especial nas décadas de 1960, 70 e 80, foi a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) que liderou a luta abnegada do povo palestino contra “Israel”

A OLP foi criada no ano de 1964, no dia 2 do mês de junho.

A conjuntura foi a da realização da Primeira Cúpula da Liga Árabe, sediada da cidade de Cairo, capital do Egito.

Participaram dela os seguintes países e seus respectivos representantes:

– Jordânia: Rei Hussein
– Tunísia: Bahi Ladgham (Primeiro-Ministro)
– Argélia: Ahmed Ben Bella (Presidente)
– Sudão: Presidente Ibrahim Aboud (Presidente)
– Iraque: Presidente Abdul Salam Arif
– Arábia Saudita: Príncipe Faisal da Arábia Saudita (eventualmente Rei)
– Síria: Presidente Amin al-Hafiz (Presidente)
– República Árabe Unida/Egito: Gamal Abdel Nasser (Presidente)
– República Árabe do Iêmen (Iêmen do Norte) Abdula as-Salal (Presidente)
– Kuwait: Príncipe Abdula III Al-Salim Al-Sabá
– Líbano: Charles Helou (Presidente)
– Líbia: Rei Idris
– Marrocos: Príncipe Moulai Abdala

A cúpula foi realizada para que os países decidissem sobre os conflitos que estavam ocorrendo entre os próprios países membros e, oficialmente, para adotar políticas anti-imperialistas e, igualmente, contra o Estado de “Israel”.

Nela, Ahmad al-Shukeiri, um antigo diplomata palestino na época do Mandato Britânico, recebeu a atribuição de estabelecer uma entidade palestina, para representar, oficialmente, o conjunto do povo palestino, na Liga.

Foi criado o Conselho Nacional Palestino, que se reuniu em Jerusalém, no dia 28 de maio de 1964, quando a cidade ainda fazia parte do Reino da Jordânia.

Composto de 422 representantes, no dia 2 de junho o Conselho adotou a Carta Nacional Palestina e estabeleceu a Organização para a Libertação da Palestina, esta sendo oficialmente a representação política do povo palestino. Basicamente um Estado palestino, mas sem o devido território.

Ahmad al-Shukeiri foi eleito o primeiro presidente do Comitê Executivo da OLP, sendo que estiveram presentes à conferência representantes dos palestinos vindos da Jordânia, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Síria, Líbano, Cuaite, Iraque, Egito, Catar, Líbia e Argélia.

Contudo, deve ser ressaltado que a OLP, originalmente, foi criada para conter o partido que à época liderava a mais aguerrida resistência palestin, isto é, o Fatá, de Iasser Arafat.

Antes de tornar-se oficialmente um partido, o Fatá foi criado no ano de 1959 por Arafat como um movimento de guerrilheiros palestinos.

Pouco antes de criar essa organização, o líder palestino já travava a luta guerrilheira contra “Israel” a partir da Faixa de Gaza. Logo após a Guerra de Suez, no ano de 1956, Gamal Abdel Nasser, apesar de ser um líder nacionalista, expulsa os guerrilheiros palestinos da Faixa de Gaza, incluindo o próprio Arafat, que foi se estabelecer no Cuaite

De forma que não é coincidência que na Primeira Cúpula Árabe, que foi pano de fundo para a criação da OLP, Nasser tinha uma posição oposta às Síria e aos guerrilheiros palestinos. Estes queriam uma luta consequente contra “Israel”, para reconquistar o que foi roubado dos palestinos na Naqba. Contudo, Nasser era contrário a um enfrentamento militar com “Israel” naquele momento.

Foi nessa conjuntura que a OLP foi criada.

Contudo, a tentativa de utilizar esse corpo político para conter a principal organização da resistência, o Fatá, não deu certo.

Afinal, com a Batalha de Caramé, Arafat e o Fatá se ergueram como a liderança incontestável do povo palestino. Naquele ocorrido, o líder palestino e seus guerrilheiros lideraram um combate vitorioso contra as forças israelenses de ocupação que invadiram a Jordânia em 1968, com o objetivo de aniquilá-los.

Em 1969, Arafat foi eleito presidente da OLP, e o Fatá tornou-se o partido à frente da organização.

A partir de então, a Organização para a Libertação da Palestina esteve à frente da aguerrida resistência do povo palestino durante muitos anos, englobando diversas organizações da resistência, tais como a Frente Popular para a Libertação da Palestina e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina.

Seus líderes e militantes enfrentaram a ditadura nazista de “Israel” em circunstâncias extremamente desfavoráveis, contra os assassinos do Mossad, e em batalhas sangrentas como o Setembro Negro e a Guerra Civil do Líbano.

E ainda assim conseguiram fazer avançar a luta do povo palestino.

De forma que a fundação da Organização para Libertação da Palestina, e assunção de sua liderança por Iasser Arafat e o Fatá foram capítulos fundamentais na luta da resistência palestina contra “Israel” e o sionismo.

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