“Um grama de ação vale uma tonelada de teoria”. Ha pouco tempo revi essa citação de Friedrich Engels e é com ela de gostaria de dialogar com os companheiros da frente em defesa da Palestina e demais militantes, simpatizantes dessa causa.
Se faz necessário dizer o obvio
Embora seja obvio, se estamos em organizações diferentes, no mínimo temos interesses, conceitos diferentes. Algo natural. Mas se estamos numa frente, é porque temos um objetivo em comum o qual desejamos cumprir.
No caso, no comitê de luta em defesa da Palestina, o ponto comum é a defesa desse povo perante a ofensiva do imperialismo. Inclusive esse talvez seja o único ponto comum entre muitas das organizações políticas presentes.
Acho que não há frase melhor para iniciar esse debate que a de Lênin: “a teoria sem prática de nada vale, a prática sem teoria é cega”.
Apenas o trabalho conta
Discurso vazios de ações são estéreis; criticar e não agir, indefere de omitir-se. Se discordamos da ocupação sionista, devemos nos opor politicamente a isso. Quando digo politicamente, não me refiro a apenas uma postagem nas redes sociais, mas a um trabalho de denúncias e organização contra o sionismo.
É preciso unir as pessoas contra o que é a maior mancha na história da humanidade até então, a ocupação sionista da Palestina. Para tanto, se faz necessário superarmos a forma de organização de grupo de universitário de discussão e evoluirmos para uma verdadeira campanha política.
O sionismo e toda a direita imperialista faz campanha política, tem uma máquina gigantesca de propaganda, um trabalho político profissional para defender seus crimes. Entretanto, a maioria da esquerda se satisfaz com no máximo reunir algumas dezenas de iniciados ou distribuir algumas centenas de panfletos.
O objetivo do PCO é claro: temos que distribuir não centenas, mas centenas de milhares de panfletos. Não devemos fazer apenas pequenas reuniões, nosso dever é tentar organizar o maior número de pessoas possível. Para tanto, é necessário uma série de ações regulares como reuniões públicas, debates, panfletagem, colagem de cartazes etc.
Ofensiva do sionismo
A perseguição do sionismo, aqueles que denunciam seus crimes, não respeita fronteiras, avança pelo mundo afora e se desenvolve nas terras tupiniquins. Militantes do PCO foram querelados em queixa-crime, entretanto as garras do sionismo foram ainda mais agressivas com os militantes do PT Breno Altman e José Dirceu.
É preciso se perguntar por que, embora as críticas do PCO sejam mais ácidas, a reação maior se dá contra lideranças do PT? O PT é o 18º partido do mundo em número de filiados, embora a política de sua Direção o tenha deixado paralisado até o momento, a tendência é que a oposição deste com o sionismo evolua.
Quando Altman e Dirceu criticam o sionismo, estimulam a militância do PT nesta política, por isso a ferocidade da reação sionista. Dividir e paralisar a esquerda é um interesse imediato do sionismo e de demais serviçais do imperialismo.
Melhor resposta
Acredito não haver resposta política melhor que desenvolver a campanha em defesa da Palestina. Unificando na ação todos que são contrários ao sionismo, essa manifestação da política imperialista. Os últimos acontecimentos apontam para a mobilização da base do PT e o restante da esquerda, uma ação da classe trabalhadora, como bastante próxima da realidade.
Foi assim que fizemos a campanha Fora Bolsonaro, levantando a palavra de ordem durante a pandemia, com o restante da esquerda divergindo até que a pressão popular unificou neste ponto. Foi assim que defendemos a candidatura de Lula em 2022, contra o regime golpista estabelecido no País, antes mesmo do PT concordar com esta candidatura.
Esse também é o método eficaz para a derrota do bolsonarismo: o fascismo é a expressão política acabada do imperialismo, assim como a democracia burguesa foi da fase anterior do capitalismo. Apenas lutando contra imperialismo através da mobilização popular conseguiremos alterar essa realidade. Além de ser o melhor caminho a ser trilhado por qualquer organização que queira orientar a classe trabalhadora.
Lutemos juntos
Aqui, gostaria de deixar um chamado a todos: que lutemos juntos, sigamos o exemplo da resistência do povo palestino. Se aqui ainda não precisamos ter armas em pulso para defender nossos direitos, como o Hamas, devemos ter nosso discurso afinado com a realidade, e nos organizar reivindicando o fim da ocupação sionista.
Em João Pessoa, os militantes do PCO e simpatizante realizam uma série de debates sobre o tema, além de panfletagens e colagens de cartazes. O comitê em João Pessoa promoveu um abaixo-assinado solicitando o rompimento de relações com “Israel” enquanto houver beligerância.
Como comitê, estaremos nos reunidos no Centro Islâmico em João Pessoa nos sábados, às 15h, para organizar essa resistência. Convidamos os companheiros a participarem dessa reunião, entrarem em contato com algumas de nossa células militantes para organizar essa Luta por meio do número (83) 99308-2958.