Palestina

A Cisjordânia vai se levantar no mês do Ramadã?

Com a aproximação do Ramadã, governo de "Israel" teme um grande levante palestino e muçulmano, especialmente na Cisjordânia

A Cisjordânia vai explodir no mês do Ramadã?

De acordo com veículos de comunicação locais, há a possibilidade de a ferocidade extremada dos fascistas israelenses desencadear uma escalada de violência durante o Ramadã. As agências de espionagem sionistas temem que haja um ascenso na mobilização muçulmana gerado pelo mês sagrado para a religião do Islã, que corresponde ao início do mês de março no calendário gregoriano.

Nos últimos anos, o Ramadã foi marcado por um acentuamento da opressão israelense contra os palestinos. Em virtude da operação de 7 de outubro, há a consideração de que a mobilização muçulmana, somada à luta do Hamas, possa intensificar a crise política do regime sionista.

De acordo com o portal de notícias israelense Ynet, um grupo de oficiais de inteligência e militares israelenses chegou a recomendar que as restrições ao acesso à Mesquita de Al-Aqsa fossem aliviadas com medo de que, nas palavras deles, “o Hamas aproveite o momento mais importante para os muçulmanos como uma chance de inflamar a Cisjordânia”.

No entanto, um setor ainda mais radical da extrema-direita sionista é contra a flexibilização do acesso à Mesquita de Al-Aqsa. Tanto que há um movimento do FDI, o exército sionista, para se preparar militarmente para o mês que está por vir por meio de incursões militares na Cisjordânia. Foi tal o objetivo da operação militar criminosa na cidade de Tulcarém: servir como uma espécie de ensaio geral para a ofensiva que está por vir.

Basta lembrar que o presidente norte-americano, Joe Biden, havia prometido o fim da guerra para o mês de janeiro deste ano, fracassando totalmente. Os ataques das forças de ocupação à Tulcarém e a cidades próximas são um indicativo muito claro do acentuamento das tensões, bem como do ímpeto genocida de “Israel”, que decide continuar o genocídio — o que abre, por outro lado, espaço para uma explosão social que pode abalar profundamente as bases do regime sionista.

Portanto, a possibilidade de uma ampla incursão militar sionista no próximo período não está descartada. É o que demonstram, além de Tulcarém, a cidade de Ramin e a província de al-Khalil, vítima de ataques em que foram utilizadas bombas sonoras e gás lacrimogênio tóxico.

De acordo com os meios de comunicação israelenses, as forças de ocupação sionistas estão preparando essa ofensiva militar para segunda ou terça-feira. O principal ponto de tensão é, justamente, a Cisjordânia.

Ademais, a possibilidade de explosão da Cisjordânia no Ramadã é intensificada pelas agudas contradições que a região enfrenta, sobretudo o índice de colonos israelenses na região. A região é tomada por assentamentos sionistas, compostos apenas pelo setor mais reacionário e mais cheio de ódio contra os palestinos.

Tanto é verdade tal fato que, só a partir desse dado, se pode explicar a inflexibilidade de Netaniahu. À primeira vista, manter as hostilidades e as perversidades de “Israel” seria uma característica estranha, na medida em que eles estão perdendo a guerra e a manutenção das hostilidades os prejudicam; entretanto, deve-se entender que a extrema direita israelense é uma besta fera furiosa. Netaniahu, inclusive, chega a ser mais moderado pelo fato de ser um político profissional. O restante da base de Netanhiahu, principalmente a localizada na Cisjordânia, é ainda mais fortemente imbuída de uma ideologia de superioridade racial, de ódio aos palestinos e significativamente mais descontrolada.

Diante disso, o regime de Telavive sequer leva adiante qualquer processo de “moderação” (isto é, de parar de realizar atentados perversos mesmo sem ganho militar), apesar da pressão dos EUA por motivos pragmáticos. Nem mesmo a pressão para derrubar Netanhiahu é efetiva, pois, em seu lugar, só restariam pessoas ainda mais tresloucadas. Tais fatos colocam a situação de forma muito complicada, indicando por todos os meios que a tendência é de intensificação da guerra. A grande questão é: a ocupação sionista terá condições de vencer o Hamas e o Hesbolá nessa ofensiva ou o regime sionista será balançado até as suas mais basilares estruturas?

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