Dia de Hoje na História

11/12/1981: ocorre o brutal massacre de El Mozote

Mais de 800 pessoas foram assassinadas pela ditadura salvadorenha

Em 11 de dezembro de 1981, cerca de 800 civis, incluindo mulheres e crianças, foram brutalmente assassinados na aldeia de El Mozote, departamento de Morazán, em El Salvador. O terrível episódio faz parte da guerra civil salvadorenha que durou de 1980 até 1992.

Em 10 de dezembro, unidades do Batalhão Atlacatl, do exército salvadorenho, chegaram à remota aldeia, formada por cerca de 20 casas, uma praça e uma igreja. Os saldados encontraram não apenas os moradores, mas também camponeses que ali se refugiavam. O batalhão teve um combate com a guerrilha popular antes de chegar ao pequeno vilarejo. Todas as pessoas foram colocadas na praça e revistadas, após receberam ordens de voltar para suas casas e não sair, sob pena de morte.

No dia seguinte, os soldados dividiram os homens, as mulheres e as crianças, passaram a torturar os homens e fuzilá-los, sob suspeita de qualquer ligação com a guerrilha. Logo, passaram a estuprar as mulheres e as crianças e a degolá-las. Após matarem toda a população do vilarejo, atearam fogo nos edifícios. Saíram de El Mazote no dia 12 e cometeram outro massacre em outro vilarejo. Essa é uma das mais cruéis e barbaras ações da ditadura salvadorenha.

Os jornais norte-americanos The New York Times e The Washington Post publicaram, em 1982, reportagens com jornalistas diferentes que visitaram a localidade e conversaram com moradores e viram os restos mortais produzidos pelo massacre. O governo salvadorenho negou o caso e o governo norte-americano afirmou que tudo era um grande exagero. Somente em 1993 se estabeleceu uma comissão da verdade, como parte do acordo de paz entre a ditadura e os guerrilheiros. Contudo, uma lei de anistia impediu a punição dos assassinos.

Em 1979 um golpe militar em El Salvador havia derrubado o governo de Carlos Humberto Romero e estabelecido uma junta militar, que vai governaria até 1982, com a eleição de um dos membros da junta. No ano seguinte, forma-se, a partir da unificação de diversos grupos, a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que se lança na luta armada de libertação contra a ditadura apoiada e sustentada pelos EUA.

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