Em 10 de julho de 1992, Manuel Antonio Noriega Moreno, político e militar panamenho, foi condenado a 40 anos de prisão nos Estados Unidos.
Durante muitos anos, Noriega foi um dos principais informantes da Agência Central de Inteligência (CIA) na América Central, facilitando até mesmo a compra e venda de armas ilegais e equipamentos militares entre o governo norte-americano e grupos anticomunistas.
Noriega era também um grande aliado dos norte-americanos na chamada guerra às drogas.
Enquanto Noriega servia aos interesses dos norte americanos, os mesmos faziam “vista-grossa” para o fato de que Noriega também estava envolvido com o tráfico internacional de drogas, fazendo fortuna no comércio ilegal.
Noriega passou a provocar a ira dos órgãos ligados ao governo norte-americano quando passou a estreitar relações com outras organizações não alinhadas aos interesses dos Estados Unidos e então passou a ser considerado um inimigo.
Então, em 1988, Noriega foi indiciado em um tribunal do júri federal em Miami, nos Estados Unidos, por extorsão, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de sofrer uma tentativa de golpe por parte do exército panamenho.
Noriega passou a acusar os Estados Unidos de estarem envolvidos em uma conspiração contra ele e as tensões entre o líder panamenho e o governo norte-americano escalaram.
Como líder nacionalista que era, Noriega se equilibrava entre o alinhamento com os norte-americanos e a aproximação com forças contrárias aos Estados Unidos.
Em dezembro de 1989, os Estados Unidos invadiram o Panamá e Noriega foi sequestrado e levado para os Estados Unidos para ser julgado pelos indiciamentos do tribunal de Miami.
O julgamento ocorreu entre setembro de 1991 a abril de 1992 e terminou por considerar Noriega culpado de todas as acusações que lhe eram feitas e sentenciando-o a 40 anos de prisão.