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Manutenção das sanções

Washington Post quer que os sírios morram após terremoto

Jornal porta-voz do imperialismo norte-americano defende que para as sanções não vão ajudar os sírios a lidarem com a catástrofe

Em matéria de opinião publicada no dia 9 de fevereiro, o The Washington Post, um dos principais porta-vozes da política imperialista norte-americana, defendeu que suspender as sanções à Síria não irá ajudar as vítimas do terremoto. Na última segunda-feira (6), o noroeste da Síria e também o sul da Turquia foram atingidos por terremotos que já causou a morte de mais de 25 mil pessoas.

O estado de calamidade nesses países, no entanto, não é suficiente para que os bandidos imperialistas se compadeçam. A porta-voz do governo sírio, Bouthaina Shaabam, disse à Sky News que, se os Estados Unidos e a União Europeia suspenderem as sanções, “o povo sírio poderá cuidar de seu país”. Os EUA impõem uma série de sanções a Síria desde 1979. Desde 2011, foram impostas ainda mais sanções para privar de recursos o regime sírio, bloqueando a propriedade de funcionários do governo e proibindo importação de petróleo sírio pelos EUA. As criminosas sanções são um ataque à política de Bashar al-Assad, que não se submete às imposições que o imperialismo coloca.

Na matéria em questão, é mencionado os supostos crimes de Assad e suas medidas “repressivas”. A motivação das sanções seria a de “limitar a capacidade de Assad de financiar militares e milícias”. O jornal ainda aponta que Rússia e Irã se esforçam para pôr a culpa da crise econômica nas sanções e não no papel de Assad. A declaração é de um cinismo inimaginável. Quando uma potência econômica mundial como os Estados Unidos impõe sanções a um país pobre, impedindo-o de comercializar e se desenvolver economicamente, fica muito explícito de quem é a culpa.

O imperialismo norte-americano, junto da União Europeia, são os maiores inimigos dos países atrasados. Para que suas economias se mantenham em pleno funcionamento, é necessário explorar até a última gota desses países oprimidos, inclusive impedindo-os de crescer. Essa política de impor com quem um país pode ou não comercializar é um crime contra os povos oprimidos.

A declaração do governo sírio demonstrou a gravidade do problema. Em meio a uma catástrofe natural, os Estados Unidos continuam sendo os maiores criminosos do mundo e acham que o povo sírio deve morrer com os terremotos.

O jornal ainda menciona que “em vez de apelos equivocados para suspender as sanções contra um regime que deslocou milhões de pessoas afetadas pelo terremoto, o que é necessário é um alcance imediato e direto e assistência aos sírios no canto noroeste do país, bem como uma onda de equipes especializadas e ajuda salva-vidas em todas as passagens de fronteira disponíveis da Turquia”.

Para o imperialismo norte-americano, o mais importante é penetrar na Síria para levar democracia e supostamente salvar a população. Não se considera sob nenhuma hipótese acabar com as sanções e deixar o país cuidar dos próprios problemas sozinhos.

Além disso, o jornal deixa bem evidente a sua ânsia golpista, ao mencionar que os únicos que podem ajudar as vítimas do terremoto estão ligadas ao Conselho Americano Sírio. Quem quer ajudar, deve entrar em contato com um órgão controlado pelo governo norte-americano. Para o jornal “não se pode confiar em Assad e seu regime para ajudar as mesmas pessoas que eles vêm tentando exterminar há mais de uma década”. E encerra o texto com uma frase de impacto: “só as boas pessoas do mundo podem”.

Ou seja, os sírios não podem ter sua economia livre para se desenvolver e cuidar dos próprios problemas, mas devem ser controlados pelos Estados Unidos. Os países não alinhados com o imperialismo só podem ajudar a Síria se for através dos órgãos norte-americanos. E, no fim das contas, as “boas pessoas” são os próprios Estados Unidos, os mesmos que impõem sanções no mundo inteiro. São realmente pessoas adoráveis. É muito “bom-mocismo” monopolizar ajuda a um país que sofreu terremoto e teve milhares de vítimas.

Os Estados Unidos são inimigos dos povos oprimidos no mundo inteiro. Essa é a democracia que eles exportam para todo o mundo. Os povos oprimidos devem se rebelar contra essa barbaridade, assim como fez o Talibã no Afeganistão, que deu fim a 20 anos de ocupação norte-americana no país. O povo sírio não deve se contentar com essa ajuda e deve denunciar os interesses mesquinhos dos EUA em seu país. O governo sírio está correto ao denunciar esse absurdo e deve exigir o fim das sanções para poder enfrentar a crise. Os Estados Unidos não devem ter o direito de infringir sobre a economia de nenhum país e deve ser expulso pela própria população.

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