Nesta quarta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em Brasília, um decreto de garantia de Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) e nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). A medida está prevista para durar até maio do ano que vem, com possibilidade de reforço em novos portos e aeroportos.
“Esse decreto estabelece uma operação integrada de combate ao crime organizado”, afirmou Lula no Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. “A atuação das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ocorrerá em articulação com a PF (Polícia Federal)”, disse.
“Haverá comitê de acompanhamento das FFAA e PF, funcionando sob a coordenação de Dino e Múcio”, acrescentou o presidente em referência aos ministros José Mucio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).
Na semana passada, Lula havia rejeitado a aplicação de uma GLO com as Forças Armadas nas favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Agora, sua “solução” para combater o chamado “crime organizado” é limitar o decreto em questão a portos e aeroportos. Ele também determinou que “Exército e Aeronáutica fortalecerão as fronteiras, com ênfase no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, não sendo necessária uma GLO para isso.
O anúncio em questão representa mais uma vitória de Flávio Dino dentro do governo Lula e, consequentemente, mais uma derrota para o povo brasileiro. Finalmente, no que diz respeito à Segurança Pública, o governo defende uma política muito reacionária que pode ser resumida em “dar mais poder à polícia e aos militares”.
O combate ao crime não pode ser feito por meio das forças de repressão do Estado, isso simplesmente não funciona. Mas Flávio Dino, um capacho do imperialismo que infestou seu Ministério de inimigos do povo, pensa o contrário, e leva o governo a armar cada vez mais as polícias.