O governo da Venezuela veio a público neste último dia 2 de março em um comunicado rechaçando a violenta política de agressão da União Europeia contra a Rússia, além de também pontuar o teor criminoso das investidas dos Estados Unidos contra o governo e o povo venezuelano.
O ministro do Poder Popular para as Relações Exteriores, Yván Gil, publicou nesta quinta-feira em sua conta no Twitter um comunicado oficial rejeitando a prorrogação do decreto de Obama, que classifica a Venezuela como uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos Estados da América.
Nesse sentido, parte do comunicado afirma que o governo também condena a afirmação infundada de que a Venezuela representa algum tipo de ameaça contra os Estados Unidos, “ainda mais quando é evidente que a Venezuela tem sido o país que teve que enfrentar uma multiplicidade de ameaças, chantagens, agressões e atentados que violam os direitos humanos de todo o povo venezuelano”.
Segue, na íntegra, o restante do comunicado traduzido:
“O Governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita veementemente a mais recente prorrogação da Ordem Executiva 13.962 de 8 de março de 2015 do Presidente dos Estados Unidos da América, dando assim continuidade à política criminosa de agressão contra o povo venezuelano por meio da imposição de medidas coercitivas unilaterais.
O Governo Bolivariano também condena a afirmação infundada de que a Venezuela representa algum tipo de ameaça contra os Estados Unidos, ainda mais quando é evidente que a Venezuela tem sido o país que teve que enfrentar uma multiplicidade de ameaças, chantagens, agressões e ataques que violam os direitos humanos de todo o povo venezuelano, violam as normas estabelecidas no direito internacional público e constituem um crime contra a humanidade.
Com esta extensão da política errática da Casa Branca, um governo que se vangloria de defender os direitos humanos e os princípios da democracia, apenas revela mais uma vez o seu carácter autoritário, cruel e mentiroso, o seu desrespeito pela soberania e pela autodeterminação dos povos , e sua condição essencialmente colonialista que pretende, através de todo tipo de pressão, subjugar pela força o povo livre da Venezuela.
O Governo da Venezuela conduz suas relações internacionais sob os princípios da solidariedade entre os povos e da diplomacia da paz. Nunca poderia ser classificado como uma ameaça, pelo contrário, o seu compromisso com a estabilidade regional, com a resolução pacífica dos conflitos e com as relações de cooperação e complementaridade, ficou registado na memória dos povos.
A soberania da Venezuela é inabalável. Nenhuma agressão, por maior que seja, subjugará a vontade democrática de seu povo. O seu legítimo e revolucionário governo constitucional espera que os Estados Unidos abandonem de vez esta política absurda, cheia de arrogância e fadada ao fracasso, optando por uma política civilizada onde prevaleçam os princípios da diplomacia e do respeito mútuo.”
Diante do fracasso do imperialismo na Ucrânia e Afeganistão, sua fragilidade está em um ponto alto de exposição. O significado disso pode ser que, para tentar assegurar suas condições de manutenção e reprodução, o imperialismo esteja visando reforçar seu controle sobre a América Latina. Caso isso aconteça, é provável que os alvos do imperialismo na América Latina sejam Nicarágua e Venezuela.
A solidariedade e apoio a luta do povo da Nicarágua e da Venezuela é imprescindível, tendo em vista que são faróis em escala internacional do movimento anti-imperialista, representando forte veia de luta.