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Futebol feminino

Vencer a Copa, derrotar o esquema do imperialismo

Com todas as dificuldades, que vençamos o esquema do imperialismo e sejamos campeões para reforçar nossa principal afirmação nacional, o futebol

Por mais problemas que estejam envolvidos na Copa do Mundo de Futebol Feminino, que foram colocados por esse Diário, o Brasil é o país do futebol e isso precisa se refletir na modalidade também. Como foi denunciado, o futebol feminino foi criado na década de 1990 e já completamente dominado pelos monopólios imperialistas. Dessa forma, a modalidade não reflete a real qualidade futebolística das nações no esporte em geral.

Os países sul-americanos, países capitalistas pobres, assim como as outras nações atrasadas, têm muita dificuldade em se erguerem no futebol feminino. Os únicos campeões do mundo (nas oito edições finalizadas até o momento) são países imperialistas. De forma impressionante, os Estados Unidos, sem nenhuma tradição no futebol, são os maiores campeões, com quatro Copas do Mundo. Eles são seguidos pela Alemanha, com duas copas, e por dois países totalmente irrelevantes no futebol mundial: Noruega e Japão, com uma conquista cada um.

Isso é revelador. Por ser uma modalidade nova, onde a questão cultural não tem tanta influência, ganha quem tiver mais investimento e estrutura. No futebol masculino, por mais que a questão financeira seja essencial, outras questões também influenciam. Caso contrário, seria impossível o Brasil ser a maior potência que é, tendo em vista que é um país pobre, atrasado. Da mesma forma, Argentina e Uruguai, ainda mais pobres que o Brasil, não estariam entre os melhores países do mundo em relação a futebol.

No futebol feminino, isso não ocorre dessa forma. Mesmo assim, para nós, brasileiros, é importante conquistar a modalidade — dominá-la e comprovar, novamente, que somos o país do futebol, independentemente de como ele for jogado. Ou seja, da mesma forma que torcemos para sermos campeões do futebol de areia, do futsal, das categorias de base, etc., devemos criar as condições para sermos campeões do mundo no futebol feminino.

Aí, a questão da tradição pesa um pouco. Dos países capitalistas atrasados, a Seleção Brasileira é a única que mantém uma certa regularidade boa em suas atuações. Isso significa que é dela que pode surgir o futebol para romper o esquema de dominação imperialista no futebol feminino.

Isso significa, naturalmente, investir na modalidade, utilizar o Estado para desenvolver o futebol feminino: criar estruturas, melhorar salários, investir em clubes, etc. Apenas dessa forma o futebol feminino poderá se desenvolver. Não adianta, como faz a imprensa e os identitários, empurrá-lo goela abaixo da população e forçar a barra, colocando em grau de igualdade (e, até — os mais loucos — de superioridade) com o futebol masculino. Isso, ao contrário, afastará o público geral de acompanhar a modalidade. Nesse sentido, a tática atualmente utilizada apenas impede o desenvolvimento do futebol feminino. Sem falar que isso só ocorre porque os capitalistas querem fazer crescer a modalidade esportiva de forma artificial para que o imperialismo tenha o controle de recursos milionários relacionados ao futebol feminino — como tentam com o masculino, mas encontram resistência das potências sul-americanas.

O que propomos, ao contrário, é um trabalho de maior período, mas que deve ser iniciado imediatamente para desenvolver a modalidade.

No entanto, agora, momento de Copa do Mundo, não nos resta muito a fazer a não ser torcer pelas guerreiras que representam o país na Austrália e Nova Zelândia. São elas:

Goleiras: Letícia Izidoro (Corinthians), Bárbara (Flamengo) e Camila (Santos);

Defensoras: Antônia (Levante), Bruninha (Gotham FC), Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Mônica Hickman (Madrid CFF), Rafaelle (Orlando Pride) e Tamires (Corinthians);

Meio-campistas: Duda Sampaio (Corinthians), Kerolin (North Carolina Courage), Luana (Corinthians), Adriana (Orlando Pride), Ana Vitória (PSG) e Ary Borges (Racing Louisville);

Atacantes: Andressa Alves (Houston Dash), Geyse (Barcelona), Nycole (Benfica), Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Gabi Nunes (Levante) e Marta (Orlando Pride).

Suplentes: Tainara (Bayern de Munique), Aline Gomes (Ferroviária) e Angelina (OL Reign).

Nossas jogadoras vão estrear na Copa do Mundo nessa segunda-feira (24), às 8h da manhã (horário de Brasília) contra o Panamá, pelo Grupo F. O grupo conta ainda com os times da França e da Jamaica, que empataram na primeira partida, nesse domingo (23). Vencendo, a Seleção Brasileira será líder do grupo.

Com todas as dificuldades, que vençamos o esquema do imperialismo e sejamos campeões para reforçar nossa principal afirmação nacional, o futebol.

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